A HISTÓRIA
DO KUNG FU
O Kung Fu, É um sistema de luta desenvolvido na china
antiga, e que se adaptou ao longo dos séculos. Surgiu das observações dos
animais e seus movimentos em combate. Porém, ninguém sabe ao certo quando
surgiu, acredita-se que quando as primeiras guerras imperiais aconteceram, os
primeiros estilos de kung fu começaram a ser desenvolver. Embora já tenha mais
de 2.000 anos, a verdade nele continua novinha porque,vai se adaptando de
tempos em tempos como uma arte tradicional. Diversos outros estilos foram
surgindo, e criando novos conceitos, agregando um movimento oriundo de um
estilo mais antigo, adaptando para a modernidade.
A história do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que
tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e
puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a
história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas
para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria dessas histórias,
passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para
comprovar. Sendo assim, tentarei cortar muito dos mitos e apresentar um relato
claro. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.
Os Primórdios
Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em
ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora
acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra,
facas e flechas foram desenterrados do período da China antiga, em recentes
escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono
(embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de
cobre para o combate. Ch’uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu
no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China
Ocidental,derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período
Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte
militar, juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens. O período de
770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o
Kung Fu foi chamado de ch’uan yung, e a arte começou a florescer. O período dos
Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam
a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme
mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), “Exercícios de luta romana e ataque
fortalecem o físico do guerreiro”. Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de
espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada
pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O
termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres
que os usados para o jujutsu japônes). As dinastias Ch’in (221-206 a.C.) e Han
(206 a.C. – 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo
(luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam
com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch’iao. Várias
novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a
filosofia de luta. Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e
do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu
com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de
poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua
T’o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de
movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos
movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T’o
recebeu ajuda de um sacerdote taoísta, chamado Chin Ch’ien. As obras de Hua T’o
e Ge Hong, foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu. O
seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu, também veio durante as
dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
A Lenda de Bodidharma
Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime
começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto
criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas
figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma.
Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As
fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests
(Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The
Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte
de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.). Apesar destas fontes
aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em
aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma
é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o
28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência. Bodhidharma (também
conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei
Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e
passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a
pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em
meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do
nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.
Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu
entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando
Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para
isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou
Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio
da verdadeira filosofia budista lá.
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam
consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan,
afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e
as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte
para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma,
segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em
colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma
posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores
de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da
China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos
diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade
mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483
d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional. Uma
variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de
Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo
lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang
(502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim). Quando Wu viu Bodhidharma (diz a
lenda), ele lhe perguntou: “Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu.
Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem
as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por
isso?”Bodhidharma replicou: “Nenhuma!” (referindo-se à crença budista de que se
você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou
tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu
para o norte. Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a
lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum)
no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.
Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a
uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch’an. A lenda diz
que além de formar o ch’an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos
que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da
China.
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse
muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis
tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma
série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo – exercícios que os
monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos,
Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma
ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram
empregos, da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante
esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas:
boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).
O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição
durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan
(também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou
técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li
Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também
estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para
inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo
Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai
Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito,
tendões e ch’i (energia interior).
Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram
eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e
o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu
grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o
estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na
capacidade de fluir o ch’i.
O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos.
Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original
veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as
províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung.
No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em
sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.
Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias
artes:
Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a
força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver
músculos e posturas fortes.
Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um
excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.
Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este
não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas
semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo
alcance.
Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema
usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.
Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu,
este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu
fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça
azul, o leopardo e a serpente.
A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas
para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés
complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no
qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca
registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito
alongado (chang ch’uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho
curto (tuan ch’uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de
chutes.
O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e
força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe
golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.
A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos
cinco animais (wu-chia ch’uan), já que desenvolve a misteriosa energia
intrínseca chamada ch’i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e
ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e
ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do
meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os
dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos
circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.
O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês,
desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções
do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O
estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve
espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de
Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus
movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou
kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna
e umas 28 séries de armas.
O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão
dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas
muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a
garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo,
exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.)
Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um
novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin,
como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da
influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser
categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é
tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).
Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna
e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são
ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de
acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas
fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar
roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era
difícil de se mover com rapidez.
Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos
acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se
aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e
chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é
mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que
como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que
desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu
baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus
ataques e defesas.
Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu
Shaolin são a palma de ferro (t’ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A
palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para
torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com
a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas
chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade
mortífera.
A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros
nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno
usam mais o ch’i (energia interior) do que condicionamento físico.
Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos;
contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.
O Nascimento do Wushu
Com o Kung Fu Shaolin firmemente plantado no solo da China,
a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos.
Durante a dinastia Sung (960-1279 d.C.), houve um grande
aparecimento da sociedade de Kung Fu, nem todas promovendo boas ações.
Sociedades tais como os Dragões Negros ou as Tríades eram muito fechadas –
quase como famílias. Seus objetivos iniciais não são claros, mas com o poder
vem a corrupção, e muitas sociedades de Kung Fu voltaram-se para o crime. Não
era raro encontrar um mestre de Kung Fu de uma determinada escola (kwoon) ou
província vagando de vilarejo em vilarejo, testando sua habilidade. Muitas
vezes havia duelos até a morte. Além de lutas mortais, havia muitas
demonstrações públicas para atrair novos praticantes. De acordo com a crônica
da capital de Kaifeng, estes “shows de rua” eram muito populares.
Na dinastia Ming (1368-1644 d.C.), o Kung Fu era conhecido
historicamente como chi yung e a arte floresceu, especialmente no Sul da China.
Os estilos de Shaolin do Sul concentravam-se no templo Shaolin, na província
Fukien. Wang Lang da província de Shang-tung criou o famoso estilo Louva-a-Deus
(Tang Lang), baseado nos movimentos do inseto de mesmo nome.
Os estilos da garça branca (pao-hoc) e do macaco (tsitsing
pi qua) surgiram também. Talvez, o maior evento internacional durante este
período tenha sido a introdução do Kung Fu no Japão. Ch’en Yuan-ping viajou ao
Japão e introduziu o ch’in-na, uma forma de manipulação das juntas que
acrescentou muito ao Jujutsu japonês. A maior documentação histórica desta era
ocorreu quando Qi Jiguang, um conhecido general, compilou um livro tratando de
16 diferentes estilos de exercícios com as mãos desarmadas e umas 40 técnicas
com lança e bastões de três partes. Ele criou também uma série completa de
teorias e métodos de treinamento, dando assim grandes contribuições ao Kung Fu.
Quando os Manchus derrubaram a dinastia Ming em 1644, eles
estabeleceram a dinastia Ch’ing, que caiu em 1911. O Kung Fu era chamado de pai
ta, e 18 sistemas de armas para combate foram praticados. Sociedades secretas
floresceram, especialmente a Sociedade da Lótus Branca, que era enfatizada no
taoísmo. As sociedades da dinastia Ch’ing eram organizações que desejavam
derrubar os Manchus ou afastar as influências européias ocidentais de seu país.
Muitas sociedades ensinavam a seus membros que suas técnicas
de Kung Fu os tornariam invencíveis, mesmo para balas de armas de fogo. Isto
provocou a Rebelião dos Boxers (chamados “boxers” pelos estrangeiros, porque os
chineses enfrentavam as balas desarmados). Naturalmente, mãos desarmadas não
enfrentam balas, e a rebelião foi esmagada. Isto trouxe desrespeito para a
validade do Kung Fu. Durante esta era, os métodos de Kung Fu interior
(nei-chia) começaram a se tornar populares.
A era comunista foi introduzida depois da queda dos Manchus.
O Kung Fu agora passava a chamar-se wushu ou kwo su. Poderosos chefes
guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu,
desenvolvendo muito respeito à arte.
Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito
tem sido feito desde então para promover o Kung Fu. Velhos métodos de luta
voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados
para combinar e restabelecer vários métodos antigos, e o Wushu nasceu.
Só no final da década de 1960 que o Kung Fu começou a ser
ensinado para os ocidentais, e arte se torna cada vez mais popular em todo o
mundo.
Nota: O registro histórico chinês menciona, pela primeira
vez, o Kung Fu no ano de 2674 a.C., ou seja, 4.676 anos já se passaram desde
esse registro até o ano de 2002.
Fonte: Livro Segredos do Kung Fu
A História do Wushu
Muitas pessoas, inclusive que praticam artes marciais
chinesas, ainda se perguntam o que é Wushu. Wushu é a palavra mandarim para
artes marciais, e é a expressão usada na China. Os ocidentais estão mais
familiarizados com o termo Kung fu que na verdade se traduz literal e
simplificadamente como “habilidade”. Wushu é um esporte tradicional chinês que se
atenta tanto para exercícios externos como internos, com movimentos de luta e
seus principais conteúdos. O Wushu inclui o Taolu (rotinas de exercícios) e
Sanshou (luta).
O Wushu Moderno, ou o que as pessoas chamam de Wushu
Contemporâneo, é baseado nas artes marciais chinesas tradicionais. Entretanto o
Wushu Moderno só foi criado nos anos 1950. O Presidente Mao determinou que o
velho deveria servir ao novo e instruiu os mestres tradicionais de Wushu a
criar um esporte novo para a sociedade socialista moderna.
A formação e o desenvolvimento do Wushu
Para entender como o Wushu Moderno se desenvolveu precisamos
examinar como a sociedade influenciou a prática das artes marciais. Wushu, um
esporte há muito respeitado na China, remonta aos tempos dos clãs nas
sociedades primitivas.
Nas Dinastias Shang e Zhou o Wushu serviu como treinamento
para os soldados e também se tornou parte da educação física na formação dos
estudantes nas escolas.
Na Primavera, Outono e Períodos dos Estados Combatentes as
aplicações de técnicas de luta nas batalhas foram muito enfatizadas. Para
escolher soldados, o Jiao – exame de luta – acontecia todos os anos na
primavera e outono e a atividade de luta com espada ficou muito popular.
Nas Dinastias Qin e Han esportes “dançantes” similares a
rotinas de exercícios (como de espada facão, espada reta, “punhal-machado”
dagger-axe, “alabarda dupla” double-halberd) apareceram sucessivamente.
Durante as Dinastias Tang e Sung muitas organizações civis
surgiram, e foram introduzidos os árbitros. Regras simples para as competições
já estavam em vigor e os vencedores eram agraciados com prêmios generosos.
As Dinastias Ming e Qing foram uma era de florescimento para
o Wushu, com várias escolas e diferentes estilos.
Em 1928 o Instituto Central de Wushu foi criado em Nanjing
pelo governo. Como conseqüência institutos locais de Wushu foram criados em
províncias, cidades e condados. Dois encontros de Wushu foram promovidos pelo
Instituto Central de Wushu em 1928 e 1932 em Nanjing.
Em 1936 a Delegação Chinesa de Wushu foi organizada para
visitar o sudeste da Ásia. No mesmo ano nove membros da equipe chinesa de Wushu
deram uma demonstração em Berlim nos XI Jogos Olímpicos. Desde 1936 muitos dos
nove membros infelizmente faleceram, mas alguns ainda estão vivos e desejando
que o Wushu se torne parte dos futuros Jogos Olímpicos.
O Atual Desenvolvimento do Wushu Moderno
Desde a fundação da República Popular da China o Wushu se
tornou um componente da cultura socialista e do desenvolvimento físico e
esportivo das pessoas, tendo se desenvolvido espetacularmente. No começo dos
anos 1950 muitos notáveis experts em artes marciais tradicionais como Zhang
Wen-Guang, Wang Zi-Ping, Sha Guo-Zeng e Chai Long-Yun revisaram as artes
marciais tradicionais chinesas para desenvolver o Wushu Contemporâneo.
As bases do Wushu Contemporâneo foram os estilos do Shaolin
do Norte, Cha Quan, Hua Quan, Hong Quan e muitos outros. Sob a direção do
Presidente Mao o novo esporte não enfatizou o combate, mas a saúde, o exercício
e o desenvolvimento atlético. Entretanto era importante ser capaz de demonstrar
intenção e espírito de luta.
Em 1953 uma Demonstração e Competição Nacional de Esportes
Tradicionais aconteceu em Tianjin, na qual o Wushu foi predominante. O Wushu
entrou como curso formal nos institutos locais de esporte e departamentos de
educação física. Em 1956 a Associação Chinesa de Wushu foi criada em Beijing e
assim o Wushu se tornou um evento oficial de competições.
O primeiro rascunho das regras de competição para o Wushu
foram compiladas pela Comissão de Cultura Física e Esportes do Estado em 1958.
Rotinas de exercícios como os simplificados Taijiquan, Changquan, espada facão,
espada reta, lança, e bastão avançados, intermediários e para iniciantes foram
publicados sucessivamente, o que ajudou muito a popularidade e promoção do
Wushu. Políticas genéricas e específicas para o desenvolvimento do Wushu nesse
novo período histórico foram definidas na Primeira Conferência Nacional de
Wushu que aconteceu em 1982 e levou o desenvolvimento do Wushu a um novo
clímax.
Sob a orientação da Comissão de Cultura Física e Esportes do
Estado e a Associação Chinesa de Wushu associações, escolas, sociedades,
sociedades de pesquisa, equipes de escolas amadoras de esportes e centros de
treinamento de Wushu se estabeleceram em muitos condados e todas províncias,
cidades e regiões autônomas formando uma vasta rede para atividades de massa de
Wushu um largo caminho para o desenvolvimento do Wushu.
Todas as escolas tornaram o Wushu parte do programa de
educação física. Sociedades e equipes foram formadas em algumas faculdades e
universidades. Programas de graduação foram estabelecidos em alguns Institutos
de Educação Física e para trazer graduandos e pós-graduandos para o Wushu. O
mestrado em Wushu foi criado em abril de 1996. Aprovado pelo governo em 1986 o
Instituto Chinês de Pesquisa de Wushu foi criado como uma corporação de alto
nível para a condução técnica e acadêmica das pesquisas em Wushu.
Para herdar e desenvolver esse precioso legado cultural uma
investigação de nível nacional foi feita revelando a situação do Wushu na China
nos últimos quinze anos. Os trabalhos de escavação, coleta e conferência foram
frutíferos. Nessas bases os livros “Esboço Detalhado da História Chinesa do
Wushu” e “Registro do Pugilismo e Armoaria Chineses” foram compilados e
publicados.
Todos os avanços do Wushu Moderno foram feitos somente nas
formas competitivas. Somente recentemente o Sanshou (luta) foi incluído nos
eventos nacionais.
A experimentação com competições de luta começaram em 1979,
que se tornaram eventos competitivos oficiais em 1989.
Para fazer uma contribuição para a saúde e bem estar de
todas as pessoas e dedicar o Wushu como um novo evento esportivo para o mundo,
foi feita uma promoção do Wushu no exterior através de projetos do tipo passo-a-passo
desde 1983.
Os governos central e local freqüentemente enviaram
delegações, equipes, instrutores e experts em Wushu ao exterior para dar
palestras e fazer demonstrações.
O primeiro Torneio-convite Internacional de Wushu aconteceu
em Xian em 1985 e o Comitê Preparatório para a Federação Internacional de Wushu
foi formado. Em 1986 o segundo Torneio-convite Internacional de Wushu aconteceu
em Tianjin.
Em 1987 o primeiro Campeonato Asiático de Wushu aconteceu em
Yokohama, Japão, e a Federação de Wushu da Ásia foi criada.
No ano de 1988 aconteceram em Hangzhou e Shenzhen o Festival
Internacional de Wushu da China, a Competição Internacional de Rotinas e o
Torneio Internacional de Wushu de Desafios de Luta, o que tornaram o Sanshou
formalmente reconhecido na arena internacional de Wushu.
O Segundo Campeonato Asiático de Wushu aconteceu em Hong
Kong em 1989. Em 1990, nos XI Jogos Asiáticos em Beijing, o Wushu foi
introduzido como evento competitivo oficial. As equipes de Wushu de onze países
e regiões participaram das competições. A Federação Internacional de Wushu foi
criada no mesmo ano.
O Wushu não só foi muito desenvolvido em seu local de
nascimento – a China – como também o grande objetivo de “levar o Wushu chinês
para o mundo” está sendo gradualmente realizado.
O Wushu Moderno na Arena Internacional
Com os esforços comuns feitos nos últimos dez anos a
Federação Internacional de Wushu se tornou uma organização influente no mundo,
com 77 membros de cinco continentes. Estamos felizes pelo fato da FIW ter sido
oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em junho de
1999, e agora somos membros da família da COI. Sessenta e quatro anos se
passaram desde que aqueles nove membros foram à XI Olimpíada. Os membros
sobreviventes ficarão felizes em ouvir essa ótima notícia.
Atualmente a Federação Internacional de Wushu organizou
cinco campeonatos mundiais na China, Malásia, EUA, Itália e Hong Kong,
respectivamente. O campeonato mundial (Taolu e Sanshou) acontece a cada dois
anos e é um evento reconhecido pela Federação Internacional de Wushu. O sexto
campeonato mundial de Wushu será na Armênia em outubro de 2001. Nesse
campeonato serão acrescentadas cinco novas rotinas compulsórias que foram
aprovadas pelos comitês técnico e executivo da FIW.
As regras para a competição internacional de Taolu,
sancionadas em 1997, cobre os as competições de Taolu e são as seguintes:
A. Somente rotinas compulsórias serão permitidas nas
competições.
Se uma rotina opcional for apresentada não será pontuada.
1. Homens – competição individual
a. Rotina de mãos livres: Changquan, Nanquan, Taijiquan –
somente uma
b. Rotina de armas curtas: Daoshu, Jianshu, Nandao, Taijijian
– somente uma
c. Rotina de armas longas: Qiangshu, Gunshu, Nangun –
somente uma
2. Mulheres – competição individual:
a. Rotina de mãos livres: Changquan, Nanquan, Taijiquan –
somente uma
b. Rotina de armas curtas: Daoshu, Jianshu, Nandao,
Taijijian – somente uma
c. Rotina de armas longas: Qiangshu, Gunshu, Nangun –
somente uma
Nota: Tanto as rotinas originais quanto as novas (Changquan,
Daoshu, Jianshu, Qiangshu and Gunshu) serão aceitas na competição de Taolu no
sexto Campeonato Mundial, o que significa que cada competidor pode escolher
entre as rotinas compulsórias nova e a original dentre os cinco eventos para
competir.
B. Eventos demonstrativos – todos os eventos fora das
categorias competitivas.
Somente um dos seguintes:
1. Eventos solo
2. Eventos em dupla
A partir de agora os campeonatos mundiais serão conduzidos
de acordo com as Regras para Competições Internacionais de Taolu e Regras para
Competições Internacionais de Sanshou sancionadas em 1997. (Este é o mais
completo conjunto de padrões e regras disponíveis e você pode encontrar muitos
outros requisitos)
Por exemplo, mas Regras para Competições Internacionais de
Taolu o limite de tempo para performances:
1. Para das rotinas de Changquan, Nanquan, Daoshu, Jianshu,
Qiangshu, Gunshu, Nandao e Nangun, a duração da performance não pode ser menor
do que 1 minuto e 20 segundos.
2. A duração da performance deve ser de 5-6 minutos para uma
rotina de Taijiquan e 3-4 minutos para uma rotina de Taijijian, com o juiz
principal soando um apito no quinto minuto para ao primeira forma e no terceiro
minuto para a segunda.
3. Outros eventos: a duração da performance não pode ser
menor que um minuto para eventos solo e 50 segundos para eventos em dupla.
Em 1995 o terceiro Campeonato Mundial aconteceu em
Baltimore, Maryland. O Wushu Moderno se tornou mais popular nos EUA nos últimos
cinco anos.
Wushu Moderno nos Estados Unidos
É importante lembrar que até a visita de Nixon à China em
1972 a Guerra Fria tinha mantido a China fechada para a América e para o
Ocidente. Conforme as portas do país foram se abrindo o Wushu se tornou uma
forma dos chineses fazerem amigos com o resto do mundo. Em 1974 a China enviou
sua equipe nacional com três técnicos e 32 atletas aos Estados Unidos em um
gesto de amizade. O Presidente Nixon e o Secretário de Estado Henry Kissinger
convidaram a equipe para o jardim de rosas da Casa Branca. O Jovem membro da
equipe Jet Li (Li Lian-ji) e outros fizeram uma demonstração na Casa Branca.
A equipe também esteve no Havaí de 23 a 25 de junho, em São
Francisco de 28 de junho a 1° de julho, em Nova York de 4 a 7 de julho e em
Washington DC de 10 a 13 de julho. Muitos artistas marciais foram inspirados
pela beleza, dificuldade e movimentos acrobáticos do Wushu Moderno. Hoje alguns
dos antigos membros da equipe vivem nos EUA. Dentre eles está o técnico Zhang
Ling-Mei, a capitã da equipe femininna Chen Dao-Yun, e os ex-membros da equipe
Ho Wei-Qi, Cheng Ai-Ling, e o famoso astro de filmes de kung fu, Jet Li.
Atualmente a equipe Americana de Wushu participou de todos
os cinco Campeonatos Mundiais e nos três Campeonatos Panamericanos ganhando
muitas medalhas tanto nos eventos de Taolu quanto de Sanshou. A equipe
americana tem muitos atletas ganhadores de medalhas e técnicos experientes de
Wushu Moderno.
Vamos aguardar ansiosamente pelo futuro do Wushu Moderno nos
Estados Unidos e lembrar que para onde quer que o Wushu vá no futuro dependerá
da sua contribuição e suporte.
Chi Kung
O Chi Kung (QiGong) é uma prática terapêutica em que se realizam exercícios que combinam movimento suave e respiração controlada, e na qual a atenção e a visualização do praticante estão concentradas nas várias partes do corpo, de modo a alterar o fluxo de energia. Chi Kung significa literalmente “energia” (Chi ou Qi) e “habilidade, treino” (Kung ou Gong), ou seja, treino e desenvolvimento da energia (do corpo humano). Durante milénios, o Chi Kung foi conhecido por outros nomes – Dao Yin ou Nei Gong, entre outros – e estava frequentemente ligado à prática das artes marciais, de sistemas esotéricos de meditação e desenvolvimento espiritual e de sistemas de medicina preventiva.
O Chi Kung: a arte que trabalha a energia interna do praticante, estimulando e promovendo sua melhor circulação no corpo. Seus principais objetivos são as melhorias na saúde, a eficiência em combate, a clareza mental e o engrandecimento espiritual. Seus exercícios dão grande ênfase na respiração, trabalhando o fluxo do ar em sincronia com os movimentos. O fortalecimento resultante da pratica destes exercícios se diferencia ao proporcionar uma força interna que se soma a força externa, possibilitando façanhas consideradas imprevisíveis ou até mesmo impossíveis.
O Chi Kung (treinamento de energia) é um termo utilizado para designar os exercícios respiratórios que ajudam a desenvolver os canais e o campo energético do praticante, visando à melhoria da saúde até a idade avançada. A origem do Chi Kung escapa aos registros históricos, sendo na verdade uma arte que surgiu dos conhecimentos da medicina oriental milenar. Possivelmente, esta é uma das práticas mais antigas conhecidas na China. Este exercício é derivado da Alquimia Taoísta que foi introduzido nas artes marciais e na Medicina Oriental como prática curativa e preventiva.
O Chi Kung é praticado há aproximadamente 5.000 anos, e sua origem está registrada no Nei-Ching (O Tratado Interior), de autoria de Huang Ti (O Imperador Amarelo), o primeiro livro da Medicina Chinesa. Durante a sua prática utilizam-se movimentos específicos associados à respiração, a qual varia em profundidade, velocidade, vigor e ritmo de acordo com o resultado esperado.
Existem três tipos de Chi Kung. São eles: o Terapêutico, Marcial e o Marcial com finalidade Terapêutica.
O Chi Kung Terapêutico tem o objetivo de equilibrar o corpo, a mente e a emoção. Distúrbios físicos, pressão emocional ou mental causam congestionamento energético, trazendo mal-estar, prejudicando o estado de saúde. Todos os sistemas do corpo são exercitados: os órgãos internos são suavemente massajados, as circulações de sangue e linfa são estimuladas, a capacidade respiratória é suavemente expandida e melhorada, as articulações são exercitadas de modo saudável, e assim por diante, ao mesmo tempo que o envolvimento mental do praticante representa um outro nível de exercício, com enormes benefícios a nível do relaxamento, da lateralidade do cérebro e da concentração. Todos estes benefícios fazem com que o Chi Kung seja um maravilhoso sistema de prevenção das doenças. Para que o Chi Kung seja verdadeiramente eficiente na manutenção da saúde e no combate ao stress, deve, no entanto, ser praticado regularmente, de referência todos os dias, para ir fortificando o corpo progressiva e suavemente.
O Chi Kung Marcial é baseado no fato de que ao contrário do corpo físico, o corpo energético não tem limites. O seu bom desenvolvimento proporciona ao praticante autoconfiança e domínio psicológico, podendo desestruturar a proteção psicológica do adversário antes mesmo de atingi-lo fisicamente. Sua prática possibilita o fortalecimento dos ossos e músculos, desenvolvimento do poder de atenção e melhora a capacidade de regeneração física e psíquica. Contudo, a prática deste tipo de Chi Kung deve ser orientada por profissional habilitado e conhecedor do método, pois sua prática de forma equivocada pode acarretar sérios problemas ao praticante. O Siu Cant Son “O Pequeno Sino de Ouro” é um poderosíssimo método de Chi Kung Marcial utilizado para o cultivo e desenvolvimento da energia vital para o combate, responsável pelo poder da lendária “Palma de Ferro e camisa de aço. O Chi Kung marcial, ensinado nas escolas de Kung Fu, tem como foco principal o desenvolvimento da força para utilização em defesa pessoal, mas também tem uma grande preocupação com a saúde física, mental e espiritual do praticante. O conjunto de técnicas conhecido como Pequeno Sino de Ouro é um grande exemplo de cultivo de energia Chi, que aliado a técnica da Palma de Ferro demonstra o potencial do treinamento do Chi Kung marcial.
O Chi Kung Marcial com Finalidade Terapêutica, jamais ultrapassa o conceito de equilíbrio. É o caso do Chi Kung que se utiliza no Tai Chi Chuan, cujo objetivo é harmonizar e atenuar os efeitos do treinamento intenso da arte marcial de Chi Kung por toda a China, e cada qual da ênfase a atributos diferentes em seu treinamento.
Estilos de Kung Fu
Ying
Zhao & Ying Kune (Faan Tzi Ying Chao)
Ó Fei é tido como
fundador do estilo, aprendeu com o Monge Chow do templo Shaolin a arte da
Águia. Ó Fei aperfeiçoou o estilo Garra de Águia e, como general, treinou seu
exército acumulando com isso várias vitórias em batalhas até ser injustamente
acusado de traição por um conselheiro da corte chinesa, que influenciou o
Imperador Sung a condená-lo a morte.
Após alguns anos
um monge chamado Lai Tchin reiniciou a prática da águia como é conhecida hoje,
com diversas técnicas de chaves, pegadas e imobilizações. Por ser um estilo do
Norte possui uma grande quantidade de chutes e saltos exigindo bastante do seu
praticante.
O estilo é
reconhecido pelas 108 técnicas de chaves e associado a isso o treinamento
específico que visa forlalecimento das mãos, braços e pernas do praticante em
conjunto com as técnicas de formas (Katis) existentes no estilo.
Atualmente o
estilo Garra de Águia se divide em duas linhagens básicas:
- A árvore do
mestre Lau Fat Man (Ying Zhao Chuan).
- A árvore do mestre Ng Wai Ngun (Ying Zhao Chuan).
- A árvore do mestre Ng Wai Ngun (Ying Zhao Chuan).
Luo
Han (Shaolin Eighteen Lohan Hands)
Mãos de Lo Han dos
Dezoito Shaolins. Compreendem exercícios fundamentais de Chi Kung (Qi Gogng)
que podem trazer incríveis benefícios para o praticante se praticado apenas
como Chi Kong. No templo Shaolin o estilo Lo han (Lohan Hands) aplicado ao Kung
Fu (Lohan Fist) forma o que poderíamos classificar como o protótipo dos
diversos estilos de Kung Fu atuais treinados na China. No entanto, o Lo Han,
como originalmente criado, continua sendo praticado como Chi Kung.
Estilo desenvolvido
dentro do Monastério de Shao Lin, foi praticado durante muitos anos só por
monges responsáveis pela proteção do Monastério e dos templos de meditação, e
por este motivo tais monges eram chamados de Guardas de Luo Han. Em homenagem
aos dezoito mestres budistas, ou arhats, que dominavam técnicas de luta e as
utilizavam para defender templos e monges indefesos; eram os verdadeiros
defensores do Dharma.
Tan
Tui
Possui pelo menos
12 katis que são utilizados dentro de diversos outros estilos como forma de
fortalecimento de membros inferiores devido a sua postura extremamente baixa e
forte. Chegou a China através dos muçulmanos para as regiões de pântanos e de
plantação de arroz, sendo portanto muito praticado por agricultores que, sempre
ao final dos trabalhos na lavoura, treinavam durante o trajeto de volta para
casa.
O estilo não
possui grandes acrobacias e saltos, caracteriza-se pela repetição de uma
pequena seqüência de movimentos, socos, chutes e rasteiras executados para
ambos os lados. Os chutes fortes e baixos são a principal característica deste
estilo, e por ter sido treinado/desenvolvido em regiões de rios e pântanos daí
o surge seu nome: Tan Tui (Pés na Lagoa).
Xing
Yi Quan (Liu He Quan)
É um dos mais antigos e
ortodoxos estilos internos de arte marcial chinesa (como Tai Chi e Ba Gua
Zhang). Xing refere-se a forna e Yi, normalmente, a mente ou íntimo. Quan
(punho) nos traz a denotação de um método de combate sem armas. Os exatos detalhes
sobre as origens do Xing Yi Quan são desconhecidos.
A criação desta arte é
atribuída ao famoso general e grande patriota Yue Fei (1103-1141) da dinastia
Sung. Figura histórica de um guerreiro, Yue Fei tem o crédito da criação de
muitos estilos de Wu Shu, no entanto não existe realmente alguma evidência
histórica para dar suporte ao crédito de ter criado o Xing Yi Quan.
O estilo era chamado
original mente de Xing Yi Liu He Quan (seis uniões, ou seis harmonias), embora
alguns estudiosos ainda não estejam bem certos de que o Liu He tenha originado
o Xing Yi ou se ambos estilos, embora muito semelhantes, tenham se desenvolvido
separadamente... Diz-se que as hamonias referem-se às principais articulações
do corpo humano: pulso, cotovelo, ombro, tornozelo, joelho e ilíaco-femural
CHOY LAY FUT
Choy Lay Fut:
Técnica conhecida por desferir de movimentos rápidos e flexíveis, com as pernas
e mãos. Este estilo surgiu da união de três monges com quem Chan-Heung o
aprendeu, e por isto ele deu o nome de seus Mestres ao estilo.
HISTÓRIA DO ESTILO CHOY LAY FUT
A mais de um
século atrás, um jovem chamado Chan-Heung, que amava as artes marciais, já
havia tido uma profunda formação nestas artes sob a paciente orientação de um
monge Shaolin, Choy-Fok, que o apresentou para um famoso artista marcial
chamado Lay Yau-Shan. Chan-Heung então o seguiu para aprender o kung fu de
Lay-Kar Kung Fu, que era renomado por sua ferocidade na luta e movimentos
rápidos.
Por oito anos
Chan-Heung aprendeu os fundamentos daquele estilo. Como Choy-Fok e Lay Yau-Shan
estavam satisfeitos com seu progresso e suas conquistas, e como tinham mente
aberta, eles o encorajaram a percorrer um longo caminho para a montanha Bak-Pai
que ficava na China central, para seguir um monge chamado "Monge Grama
Verde" para aprender o sofisticado estilo "Palmas de Buda" e seu
astuto e poderoso golpe com a palma da mão.
Depois de pedir
muito, Chan-Heung foi aceito pelo Monge Grama Verde, e sob as suas instruções
adquiriu mais conhecimentos sobre arte marcial.Quando Chan-Heung voltou para
casa, de Bak-Pai, suas habilidades no Kung Fu eram soberbas e seu talento
começou a ser admirado.
Como a arte de Chan-Heung englobava o
ensinamentos de seus três professores e também suas próprias descobertas e
experiências, ele estabeleceu um novo estilo de arte marcial que era único e
completo. Para popularizar sua nova arte torná-la fácil de se identificar,
Chan-Heung a chamou de "Choy Lay Fut".
Porque ele escolheu este nome?
A principal razão
foi que Chan-Heung queria expressar o seu respeito e gratidão aos seus
professores. Era exatamente este o espírito de "respeito por seu
professor" que era sempre enfatizado no Kung Fu Chinês. Chan pegou o
primeiro nome de seu primeiro e segundo professor: "Choy" e
"Lay" respectivamente como as duas primeiras palavras, já que o seu
terceiro professor, "Moge Grama Verde", tinha abandonado seu nome
original devido, a sua devoção ao monastério e Chan usou a palavra
"Buddha" (Fut) que era a religião que o monge pregava e a colocou
como a terceira palavra do nome de sua arte. As três palavras,
"Choy", "Lay" e "Fut" juntas se tornaram um
estilo de Kung Fu chinês que veio para o presente e se tornou o mais popular
estilo entre os praticantes.
Qi Xing Tang Lang
Segundo a lenda, Tan
Lang Quan foi criado por Wong Long durante a última dinastia Ming na província
de Shantung. Wong Long, um lutador experiente em diferentes estilos, desafiou
os monges de Shaolin diversas vezes para provar se realmente eles eram tão bons
quanto a fama afirmava. Porém, nunca obteve sucesso.
Após uma de suas
derrotas, enquanto estava treinando numa montanha, observou a luta entre um
louva-a-deus e uma cigarra. Surpreso por ver que o louva-a-deus venceu a
contenda capturou-o e passou a observar seus movimentos para adaptá-los ao
combate. Dessa forma surgia o estilo Louva-a-Deus, com o qual Long conseguiu
finalmente vencer o monge Shaolin.
Pek
Siu Lum (Bei Shao Lin Men)
O Shao Lin Norte foi criado a partir
das técnicas desenvolvidas dentro do tão famoso Mosteiro de Shao Lin. Se você
assiste a filmes de Kung-fu, certamente ouviu falar do mosteiro de Shaolin,
lugar mítico que seria um templo de treinamento físico e espiritual do Extremo
Oriente. Esse mosteiro ainda existe, junto a cidadezinha de Loyan (na provéncia
de Helen, norte da China), ao Norte do Rio Amarelo, no mesmo lugar onde foi
construído há aproximados 1.504 anos.
Foi sem dúvida o
núcleo originário de uma grande quantidade de estilos ainda hoje transmitidos
em todo mundo - o melhor exemplo é sem dúvida o estilo chamado Shaolin do Norte
(Pek Siu Lum), trazido ao Brasil pelo Grão Mestre Chan Kowk Wai nos anos 60).
Suas características são ataques longos e curtos, de mãos, pés, cotovelos,
rasteiras e quedas, sendo o mais completo de todos os estilos de arte marcial
chinesa.
Tie Sha Zhang
Conhecida como Palma de
Ferro e embora seja uma técnica de grande fama em toda a China, raramente é
ensinada nas escolas tradicionais de arte marcial chinesa e é difícil encontrar
bom material sobre o assunto. Com muita utilização de Chi Kug, exercícios
respiratórios que visam desenvolver o cultivo do Qi (energia vital), pode-se
utilizá-lo para os mais diversos fins. Através da canalização e do controle
dessa energia o praticante busca fortalecer/desenvolver não somente as mãos,
como o próprio nome diz, mas também outras áreas do corpo como: cabeça, tórax,
abdomen, cotovelos, braços, pernas e pés. Tornando-se, por isso, mais fortes e
protegidos de um impacto e/ou lesão.
Shuai Jiao
Os primeiros registros
do Shuai Jiao datam de 2697 A.C. sendo utilizado pelo Imperador contra os
rebeldes Chih-Yiu e seu exército. Além de ser uma das artes marciais mais
antigas, acredita-se que tenha dado origem aos estilos modernos como Judô e Jiu
Jitsu pois encontramos nelas os fundamentos básico como chutes, socos, técnicas
de projeção e chaves de formas muito similares.
Assim como o
moderno Judô ("caminho suave") o Suai Jiao já há muito tempo é
baseado no princípio da alavanca e oportunismo; dispensa grande esforço físico
e a técnica permite que qualquer pessoa, independente de força física, possa
pratícá-lo como defesa pessoal de maneira realmente eficiente. Shuai Jiao é
utilizado no treinamento de guarda costas do Imperador, academia de polícia da
China e Taiwan e até mesmo pela policia do Texas - USA.
Hoje, na china, é
incluído como modalidade desportiva, podendo ser o Shuai Jiao tradicional, que
permite técnicas de projeção e chaves a ainda engloba técnicas de socos e
chutes; e o Shuai Jiao desportivo, onde permite-se projeção e chaves apenas. O
uniforme tradicional lembra um kimono, de mangas curtas. Diferente do Judô, a
maioria das técnicas de chaves e projeções independem do uso deste
"kimono", embora sejam sempre utilizados nos treinos e competições.
Técnicas
do Kung Fu
GARRA DE ÁGUIA
Este estilo é inspirado
nos movimentos da Águia em ataques contra suas presas. Assim como o estilo do
Tigre, possui um longo treinamento para o fortalecimento dos dedos, só que com
ênfase no polegar, indicador, médio e anelar, que adiantam-se curvados, formando
o que aparenta ser a garra de uma águia. Em suas técnicas o estilo da aguia é
especialista em torções, que na maioria das vezes antecedem um quebramento.
HISTÓRIA DO ESTILO GARRA DE ÁGUIA
A História do Garra de
Águia começa com um garoto, órfão de pai, criado pela mãe viúva, Seu nome era O
Fei.
Quando pequeno, O’Fei
tinha um padrinho e professor chamado Chow, com o qual estudava caligrafia,
literatura, matemática; Enfim, estudos em geral. Este professor foi aluno dos
monges do Templo Shao Lin e além de outras coisas aprendeu diversas técnicas de
Kung Fu, dentre elas os movimentos de Águia.
Naquela época não
existiam escolas primárias. As crianças aprendiam as coisas básicas com os
pais. Depois era contratado um professor particular, que lhes ensinaria todas
as matérias. O’Fei começou os estudos com a mãe e os terminou com Chow, que o
ensinou também os movimentos de Águia que havia aprendido com os monges Shao
Lin. Em outras palavras, o estilo Garra de Águia tem origem no Templo Shao Lin,
e foi aperfeiçoado por O’Fei, a quem chamamos de Fundador do Estilo Garra de
Águia.
Já adulto, por volta de
1123 d.C., O’Fei tornou-se um General do exército chinês e treinava seus
oficiais na prática do Kung Fu para que estes, por sua vez, ensinassem aos seus
soldados. O’Fei foi um General bem-sucedido, excelente guerreiro, inteligente,
disciplinado e justo.Após O Fei, coube ao monge Lai Tchin a responsabilidade de
preservar a arte.
Lai Tchin, transmitiu o
estilo para o Monge Tao Tchai, que ensinou ao Monge Fa San, que aprimorou o
treinamento, acrescentando saltos e técnicas de perna, e também foi o primeiro
monge a ensinar o estilo Garra de Águia fora do Templo Shao Lin, após o tempo
de O’Fei.
Sob outro império Fa San
ensinou à Lau Si Chang, natural de Hon Wen, norte da China. Lau Si Chang foi um
dos maiores divulgadores do estilo Garra de Águia, pois também era general, e
esses ensinamentos chegaram até o Grão-Mestre Lau Fat Moun, que passou ao seu
discipulo Li Wing Kay, representante do estilo no Brasil desde 1971 quando
chqgou aqui. Começou a praticar Kung Fu com sete anos de idade.
BÊBADO
Essa técnica situa
em como se o praticante estivesse embreagado. Combina movimentos como tropeçar,
balançar e cair exatamente como um bêbado. As mãos se posicionam como se estivesse
segurando uma chicara chinesa ou um copo em que os bêbados tomam suas bebidas.
O estilo do bêbado exige muita habilidade, flexibilidade pois usa-se chutes,
voadoras, semi-mortais, rolamentos para confundir o oponente.
O praticante têm
que ser rápido e fingir defesa enquanto está tentando atacar e apontando em uma
direção mas atacando em outro. Vários graus de embriaguez são demonstrados por
gamas diferentes de movimentos e expressões no olho.
HISTÓRIA DO ESTILO DO BÊBADO
A lenda conta que
existiam oito imortais que dedicavam o tempo á pratica da meditação. Combinavam
as técnicas antigas de Yoga Chinesa (Kai Men / Chi Kung) obtendo habilidades
extraordinárias.Com o passar do tempo eles aprenderam e desenvolveram técnicas
avançadas como o estilo bêbado.Estes oito grandes mestres aprenderam a
dominaram o controle da energia (Chi Kung em seu nível mais avançado).
Dentro deste grupo
havia uma monja que era hábil no manejo de todas as técnicas de pernas que se
desenvolveu através da Chi Kung marcial.
Este estilo foi
levado ao templo Shaolin para ser ensinado aos alunos mais avançados. Após a
destruição do Templo Shaolin vários monges escaparam e se esconderam em
aldeias, e para não serem reconhecidos trocavam seus nomes e se vestiam como
mendigos. Em cada aldeia deixavam ensinamentos que os aldeões os melhoravam
adaptando a seus custumes e estruturas físicas. Nessas transformações surgiu o
estilo do bêbado do sul da China, que não é tão vistoso e sim efetivo na luta,
nesse momento nasce o bastão do mendigo do sul, nome dado em honra a um monge
que caminhava pelas aldeias fazendo-se passar por mendigo cego e que manejava
seu bastão com grande habilidade.
O estilo do bêbado
com o tempo foi aperfeiçoando, mas perdia sua essência por ser um estilo
difícil de aprender e executar. Todos estamos aptos para esta tarefa, mesmo
sendo necessária uma preparação física, mental e espiritual muito refinada.
Este estilo se
destaca pela habilidade de enganar o inimigo ultilizando o desequilíbrio,
giros, saltos, esquivas e acrobacias, ultilizando a força do oponente
confundindo-o.
As técnicas são
ultilizadas com energia interna desde o Tan Tien, força do abdomem, quadris e
ombros, que se combinam para lançar golpes de punhos e pernas seguidos de
rasteiras.
A finalidade do estilo
é manter o corpo em bom estado no plano físico para transformar e armazenar
energia (Chi Kung) que é usada em níveis mais avançados.
À prática do
estilo bêbado é um conjunto de técnicas altamente refinadas, e por isso é
considerada como o limite máximo do plano físico dos lutadores .
HISTÓRIA DO CHIN 'NA
Chin'Na é a arte de
lutar agarrando e controlando o oponente. Suas raízes vêm do Tien Hsueh (ataque
aos pontos vitais) e Shuai Chiao (luta que consiste em lançar o oponente), que
datam de milhares de anos atrás - muito antes do moderno Aikido de hoje e do
Jiu-Jitsu serem organizados na sociedade moderna.
Chin'Na Shaolin é a mãe
de todas as artes que agarram. Desde que os monges de Shaolin se comprometeram
com uma vida de não-violência as técnicas de Chin'Na eram uma forma importante
de defesas para eles.Permitiria neutralizar o ataque de um oponente sem o
golpear! Embora o Chin'Na tenha sido usado de uma forma ou de outra por muitos
anos, os monges de Shaolin o transformaram numa arte ao invés de somente
técnicas.
O Chin'Na é uma técnica
altamente efetiva que é ensinada atualmente as polícias em todo o mundo. No
início de 1600 os funcionários do governo buscaram métodos mais coercivos para
subjugar os criminosos sem os matar. O Chin' Na evoluiu em um sistema completo
de capturar e deter, que foram desenvolvidos na dinastia Ch'ing (1644-1911
d.C.). Foi quando o Chin'Na se tornou parte do programa de treino básico para o
exército chinês e policia da província.
O Shuai Chiao é uma
forma de lutar na qual é combinada a força física com a técnica para lançar os
oponentes de uma posição parada. O Chin'Na usa manipulação para lançar o
oponente. Chin'Na é usado para imobilizar qualquer parte do corpo de uma
posição em pé ou de uma posição no chão.
Ao contrário da
convicção popular, o Chin'Na trabalha no chão. Na realidade é melhor no chão do
que de pé porque não há como o oponente se esquivar, uma vez que suas
articulações foram imobilizadas.
O Chin'Na não tem
formas, só técnicas de apresamento básicas e avançadas (Tsouh Guu - deslocando
os ossos) executadas com muitas variações. Acrescente a isso,técnicas de
dividir o músculo/tendão (Fen Gin) impedindo a respiração (Bih Chi), impedindo
ou bloqueando a veia/artéria (Duann Mie), pressionar a artéria, e pressionar as
cavidades (Tien Hsueh), e você tem um sistema extremamente efetivo de controlar
seu oponente. Na realidade, é um sistema muito científico baseado nos
movimentos mecânicos.
Em geral, dividir o
músculo/tendão, deslocar o osso e algumas técnicas de impedir a respiração são
relativamente fáceis de aprender, e a teoria que os envolve é fácil de
entender. Já bloquear a veia/artéria e cavidades são técnicas altamente
avançadas que exigem conhecimento detalhado do local onde são aplicadas. Estas
técnicas podem causar a morte, assim o instrutor deve ser muito cuidadoso a
quem passar este conhecimento.
Chin'Na
("Chin" significa apresar, agarrar, Na significa controlar) é uma
técnica Chinesa muito antiga, desenvolvida principalmente pelos monges Shaolin
e aperfeiçoada posteriormente pelo famoso guerreiro Yeuh Fei, que visava
principalmente o controle e domínio do adversário, sem ser necessário matá-lo
DRAGÃO
O Dragão é um
animal mistico com poderes incríveis sobre o céu e a terra. É conhecido por
suas formas de ataques e defesas fechadas e pegadas muito perigosas e
destrutivas, como ataques ao joelho, tornozelo, juntas e cotovelo. Os
movimentos são longos, contínuos e coerentes.
HISTÓRIA DO ESTILO DO DRAGÃO
A origem deste
estilo enigmático é freqüentemente questionado, muitos estudiosos dizem que o
estilo teve origem nos anos 1750 - 1800 e foi desenvolvido pelo monge Budista
tailandês - Yuk.
Durante um
festival chamado Yue Shen, para qual vinha lutadores de Kung Fu de toda a
China, Yuk conheceu Lan Yiu Kwai que fazia demonstrações neste festival. Yuk
lhe diisse que o seu Kung Fu era bonito mas não tinha uso pratico. A Monja Lan
ao ouvir isso ordenou que 11 estudantes o atacassem, mas os mesmos não foram
capazes nem de tocar Yuk.
Impressionada ela
própria o ataca e ordenou também que seus estudantes atacassem novamente. Mas
desta vez Yuk derruba todos os estudantes menos Lan. Diante desta pura
demonstração de Kung Fu a monja Lan cai ao pé de Yuk e pede que a aceite como
discípulo.
Yuk aceitou e
começou a ensinar a Monja que se tornou um dos "5 tigres de Cantão" e
Yuk ficou conhecido como um Mestre de Dragão. Este estilo é conhecido por
defesas e ataques fechados e "Mok Kiu" (entrelaçar os braços). Possui
cinco formas que mostram o poder do Dragão, que são conhecidas como: NGAN (olhos),
SUN, (mente), SAU ( palma), YIU (cintura), MA (posição de cavalo).
O praticante
precisa dominar estas cinco formas que correpondem externamente a Oração, Ar,
Fogo, Água e Terra e internamente ínicio, espirito, respiração(Chi), fluência e
estabilidade interior.
Quando o
praticante domina estas cinco formas associadas externa e internamente ele está
apto a perceber o poder do Dragão.
TREINAMENTO
O treinamento
deste estilo é complexo, pois utiliza diversas transições de posições. Em
aprendendo os movimentos, o estudante golpeará duro em bloco,fazendo com que o
seu corpo fique fortalecido. Este estilo tende a desenvolver exaustivamente o
Chi (Energia Interna).
FEI HOK PHAI
O Fei Hok Phai, o Estilo
da Garça Voando, é caracterizado na linha Shaolin do Sul pelos movimentos da
Garça, que são ágeis, harmoniosos e perigosos. Nesse estilo também são
realizados movimentos do dragão, serpente, tigre , elefante, leão, macaco,
leopardo e raposa
HISTÓRIA DO ESTILO FEI HOK PHAI
Para chegar a origem do
estilo Fei Hok Phai temos que retornar ao século XVII em meados do ano 1650,
com a invasão Manchu já concretizada e a dinastia Ming expurgada e a dinastia
Ching instalada. A cultura e a religião chinesas foram mantidas nos mosteiros,
principalmente o mosteiro Shaolin na província de Honan, que se transformou
também em foco de rebelde que lutavam pela restauração da dinastia Ming.
Graças a um informante,
o imperador Manchu K’ang-hsi descobriu essa conspiração e mandou um exército
destruir o templo shaolin deste morticínio escaparam cinco monges que foram
responsáveis pela restauração do templo shaolin e das suas técnicas. Destes
monges dois são de grande importância para nós: Fong Si Yui e Hung Hei Kun. Foi
por intermédio destes monges que surgiram os estilos da garça e do tigre: Hok
Phai e Hung Gar.
Alguns anos depois, em
Kwantung (Cantão), encontramos Hung Kei Kun (herói do cantão). Ele foi um dos
maiores lutadores que a china conheceu. Criador do estilo Hung, Hung Kei Kun se
notabilizou por inúmeros campeonatos vencidos e lutadores derrotados, Hung Kei
Kun ensinou sete discípulos especializando-os numa determinada técnica, destas
sete técnicas, cinco são muito importantes para nós, são elas:
- Hung ká
- Lao ká
- Choi ká
- Lei ká
- Mo ká
Estas cinco técnicas
foram aprendidas por um chinês de cantão, que após imigrar para Hong-Kong se
transformou num dos grandes expoentes desta nobre arte do Kung Fu. Esse chinês
é Chiu Ping Lok (Lope Chiu) foi o introdutor destas cinco técnicas compiladas
num único estilo denominado Fei Hok Phai.
Mestre Lope, também
aprendeu a arte de Tai Chi Chuan e Hatha Yoga, dessa forma no Fei Hok Phai há
uma mistura da escola interna Nei Chia com a escola externa Wai Chia.
GARÇA BRANCA
Garça Branca
conhecido por seus movimentos ágeis de chutes, torções e ataques perigosos.
HISTÓRIA DO ESTILO DA GARÇA BRANCA
O sistema Pai Ho
de Kung Fu (Garça Branca) foi originado na Dinastia Ming (1368-1644), por um
lama Tibetano, Adato (Orddoto, Atatuojun, Ah Dat Ta, etc.), nascido em 1.426
antes de Cristo no começo do reino Hsun Chung na dinastia Ming. Adato estava
meditando pacificamente no outro lado da montanha do Tibete, e durante sua
meditação ele, avistou uma elegante Garça Branca, aquecendo-se ao sol quando,
subitamente, um macaco selvagem apareceu da floresta próxima e atacou a Garça
agarrando-a pelas asas.
O pássaro estava
assustado, mas este fugiu do ataque do macaco e vingou-se usando seu longo bico
para bica-lo.Seguiu-se uma batalha violenta. O macaco que era normalmente
considerado ativo e ágil não era par para a Garça. Adato observou a luta muito
atentamente.
Ele estava
fascinado pela esperteza exibida pelos dois animais. A luta terminou
completamente por um tempo e o macaco estava começando a demonstrar sinais de
cansaço quando subitamente, como um raio, o bico da Garça golpeia um dos olhos
do macaco que proferiu um grito agudo de dor enquanto o sangue fluía do olho
danificado.
O macaco começou a
saltar e fugiu para o abrigo na floresta de onde havia saído.
No início da luta,
Adato apenas observou mas não pensou muito sobre ela. Porém, quando ele
observou mais atentamente, começou a notar que os dois animais usavam métodos
diferentes de luta e que suas técnicas eram sistemáticas e meticulosas. Os
movimentos da Garça Branca eram particularmente evasivos, anulando cada
movimento de ataque do macaco, não importando a velocidade em que eram
desferidos.
Depois de observar
os movimentos de luta dos dois animais, Adato formou um sistema de técnicas de
punhos e pernas em sua mente. Como resultado de muita experimentação e prática,
o Kung Fu Garça Branca começou a se formar.
Após terminada a
pesquisa e analise, foram criadas 8 (oito) técnicas fundamentais dos movimentos
naturais da Garça Branca e adotado alguns jogos dos pés do macaco. Adato
incorporou as técnicas novas ao arsenal marcial que ele havia aprendido no
templo e a isto deu o nome de "O rugir do leão", mais tarde o estilo
foi renomeado para Kung Fu Pai Ho ou Pak Hok no dialeto cantonês.
O Kung Fu da Garça
Branca é conhecido como a arte Imperial durante a dinastia Ching (1644-1912),
porque os guardas reais treinaram o Kung Fu Garça Branca para proteger a
família real. Também é considerado como um dos mais elegantes e bonitos estilos
do Kung Fu Chinês.
Com o passar dos
séculos, o Kung Fu Garça Branca teve muitos mestres famosos que o desenvolveram
em vários sistemas diferentes: Lama Pai, Hop Gar, o Rugido de Leão, Pak Hok, Si
Jih Hao, Garça Branca e Lama Kung Fu.
Nos anos entre 1.850
e 1.865 durante a dinastia Ching, o grande Monge Hsing Lung Lo Jung, um dos
primeiros discípulos de Adato, viajou para o sul da China com seus quatro
discípulos monges Ta Chi, Ta Wei, Ta Yuan e Ta Chueh. Eles começaram a propagar
as técnicas de mãos da estrela cadente e estilo do norte de Kung Fu segundo seu
atual título de estilo "Pai Ho".
O grande Hsing
Lung e seus quatro discípulos estavam enclausurados no mosteiro Lótus, na
montanha Ting Hu, do distrito de Chao Ching, Kwang Tung. Foi lá que o Monge Hsing
Lung aceitou quatro alunos, os quais não eram monges, e passou para eles os
segredos do Kung Fu Pai Ho. Esses quatro discípulos eram Wong Yan Lam, Chan
Yun, Chou Heung Yuen e Chu Chi Yiu. Depois um outro, chamado Wong Lam Hoi, se
juntou aos quatro. Wong Lam Hoi era irmão de sangue de Wong Yan Lam e era de
Nan Hai distrito de Kwang Tung.
Eles foram os
cinco grão-mestres que ficaram responsáveis pela propagação do Kung Fu Pai Ho
no Sul da China, logo após sua criação. Os seguidores acima mencionados como os
cinco grão-mestres, haviam nomeado Ng Siu Chung como o principal expoente do
estilo Pai Ho.
Uma estatueta do
Buda feita de ouro foi dada juntamente por Wong Yan Lam e Chu Chi Yiu à Ng Siu
Chung. Esta estatueta foi herança do estilo Pai Ho e somente o grão-mestre do
estilo estava incumbido da responsabilidade de guardá-la. Naquele tempo, Ng Siu
Chung tornou-se o guardião ou timoneiro do estilo Pai Ho de Kung Fu. Os
grão-mestres Chan Yun e Chou Heung Yuen morreram cedo. A tarefa de propagação
da arte marcial Pai Ho estava principalmente sobre Wong Yan Lam e Chu Chi Yiu.
Chan Hak Fu (Chen
Ke Fu): Um dos mestres mais famosos de Kung Fu Garça Branca, apresentou ao
mundo sua organização: a Federação Internacional de Kung Fu Pak Hok (White
Crane) na Austrália em 1972. Ele abriu suas escolas em Hong Kong, Macau,
Austrália e vários locais nos Estados Unidos, como Nova Iorque, Califórnia, San
Francisco etc.
O monge Ah Dat Ta,
eventualmente, ensinou o estilo a outro monge do templo esse monge era o grande
Sing Lung o qual, mais tarde, ampliou o sistema criando as técnicas de mãos da
estrela cadente (Lau Sing Kuen). Muitas técnicas dentro da forma Fei Hok Sau
(mãos de garça voadora) estavam extremamente avançadas para principiantes e
assim a divisão "punhos da estrela cadente" foi criada para conter as
formas mais básicas.
Elas são: Luk Lek
Kuen (Forma das seis forças), Chuit Yap Bo Kuen (Forma avançar e recuar o
passo), Tit Lin Kuen (Forma da cadeia de ferro), Siu Ng Ying Kuen (Forma dos
cinco pequenos animais), Tin Gong Kuen (Forma da ursa maior), Lo Han Kuen
(Forma de Bodhisattva, Santo Budista), Siu Kam Kongo Kuen (Forma do pequeno
diamante), Tai Kam Kongo Kuen, (Forma do maior diamante), Tai Ng Ying Kuen
(Forma dos cinco grandes animais), Kun Na Sau Kuen (Forma de agarramento com as
mãos), Tsui Ba Hsien Kuen (Forma dos oito imortais bêbedos), Tsui Lo Han Kuen
(Forma de Bodhisattva bêbedo), Lo Han Chut Dong Kuen (Forma Bodhisattva encerra
a caverna), Kuai Jih Kuen (Forma do Bandoleiro), Lo Han Yi Sap Sei Jang Kuen (Forma
de vinte e quatro cotovelos de Bodhisattva) e Tsui Kam Kongo Kuen (Forma de
diamante bêbedo).
Os movimentos das
formas acima são principalmente circulares e muito compactos. Porém, essas são,
portanto, as principais formas do estilo. As técnicas mais avançadas são as
formas:
· Mui Fa Kuen
(Forma da flor de ameixa), a execução dessa forma simboliza a flor de ameixa
abrindo suas pétalas, mostrando sua beleza (conhecimento) e perfume (Chi), e
incorpora a essência dos movimentos da garça combinados com o Kung Fu clássico.
Fei Hok Sau (Mão
de garça voadora), essa forma foi dedicada a todo o nível fundamental das
técnicas de luta do sistema Pai Ho e estava composta de ambos os golpes de
punhos e técnicas de mãos abertas.
· Nei Lah Sau,
essa forma foi dedicada às técnicas de luta avançadas e estava composta de
agarramento e técnicas de torções. Com especialização em combate nos pontos
vitais do oponente.
Dou Lo Sau, essa
forma é fundamental no Kung Fu Pai Ho e está inclusa na forma intitulada
"Agulha envolvida no algodão".
Min Loi Jam Kuen
(Forma agulha envolvida no algodão), essa forma é um pouco do Kung Fu estático
que enfatiza a função da mente. A mente controla os movimentos do corpo e
membros. De modo que a forma "agulha envolvida em algodão" pode ser considerada,
de certa forma, Kung Fu interno o qual é o ponto de partida para os mais altos
estágios de trabalho interno chamado "trabalho interno Pai Ho".
Aquele que é bastante preparado para praticar estes trabalhos internos será
capaz de usar sua mente para controlar não só a respiração mas também a
circulação sangüínea e o metabolismo do corpo, executando, dessa forma, em
perfeita harmonia com o universo.
Além das formas
mencionadas acima são realizados movimentos como técnicas complementares das
formas do macaco (Hou Chuen), do tigre (Fu Jiao), do leopardo (Pao Ch'uan), do
dragão (Long Chuen) e da serpente (She Chuen).
O estilo Pai Ho
(garça branca) também utiliza armas em suas formas. No total são mais de 10
(dez) as principais armas ensinada no estilo Pai Ho. São elas: Bastão normal
(Shang Kuan Shu), Nunchaku de duas partes (Lan Tih Kuan), Facão de gume simples
(Tan Tao Kuen), Faca de borboleta (Wu Tip Tao), Lança de uma ponta ou uma
cabeça (Tan Tou Ch'iang), Gancho orelha ou cabeça de tigre (Hu Tou Kou), Facão
em forma de meia-lua ou facão de Kwan Kun (Kuan Tao), Nunchaku de três partes
(San Tih Kuan), Punhal duplo (Erh Pi Shou), Garfo de três pontas - tridente com
bastão (San Ch'a Kuan) e espada simples e dupla (Chien Tao).
AS OITO CARACTERISTICAS DO ESTILO PAK HOK
O espirito ou filosofia
do estilo Pai Ho (Pak Hok) de Kung Fu Shaolin está baseado em 8 (oito)
características: Chan, Shang, Chuan, Tsieh, Hok Pu, Hok Chuei, Hok Sau e Hok
Kou Sau.
A primeira
característica, Chan, significa literalmente forma de crueldade. Entendemos que
o objetivo fundamental das artes marciais é a auto-defesa. Para fazer isso, é
necessário estar mentalmente preparado. O praticante precisa ter um espírito de
lutador para o qual não há limite, seja qual for o estilo de arte marcial, será
de alguma ajuda.
A segunda
característica, Shang, significa literalmente formas de esquivas, inclui
movimentos rápidos de esquerda e direita, avançando e recuando, pulando e
esquivando. Em resumo, deve-se evitar o uso de força brusca para enfrentar o
golpe do oponente. A idéia é a de que se o oponente é mais forte do que você é,
e você tentar interceptar ou bloquear seu golpe com força brusca, você não
estará na melhor posição.
Mas se você desviar ou
esquivar, então não importa o quanto seja violento ou forte o golpe do
oponente, ele perderá seu impacto quando alcançar o pico deste momento. Você
estará em vantagem em fração de segundos para revidar.
A terceira
característica, Chuan, são formas de perfuração e penetração. A idéia é a de
ataque no momento e no ponto onde o oponente menos espera. Essas
características significam o espírito da perfuração ou penetração através de um
espaço de tempo.
A quarta característica,
Tsieh, são formas de interceptar. Há quatro maneiras de interceptação, duas são
rígidas e flexíveis e duas são de mãos e de pernas. A interceptação rígida é
para deter o golpe do oponente antes ou após ele tê-lo lançado de maneira que o
oponente não possa golpear o alvo. Interceptação flexível é para anular o
impacto do golpe do oponente por desviar o curso do impacto e fazer o oponente
perder o seu equilíbrio, se possível.
Interceptar com as mãos
dificulta o ataque do seu oponente em todos os planos (superior, médio e inferior).
O oponente está, deste modo, em um dilema e ele provavelmente precisará
retirar-se. Sob essas circunstâncias você empurra para frente ao avança a
postura e tem seu oponente sobre controle. A vitória não tardará se você
estiver decidido.
A quinta característica,
Hok T'ui Bu, que significa postura da garça sobre uma só perna, essa postura
seria derivada do Muy Far Chong (um termo cantonês), que é um sistema de
treinamento em cima de tocos de madeira. Essa técnica exige um maior grau de
habilidade pela dificuldade em se manter o equilíbrio e se baseia em métodos e
técnicas para fortalecer os tendões.
A sexta característica,
Hok Chuei, corresponde ao golpe mais poderoso do Kung Fu Pai Ho: o bico de
garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar nas
partes vulneráveis do oponente, principalmente os olhos.
A sétima característica,
Hok Sau, quer dizer bloqueio rápido executado com as palmas das mãos abertas no
formato das asas da garça.
A oitava característica,
Hok Kou Sau, é baseada no ataque, bloqueio e esquiva reunindo força e
agilidade, executados com o pulso em forma de gancho ou pescoço da garça.
HUNG GAR
Hung Gar é um dos
principais estilos de Kung Fu. O estilo Hung Gar é formado por cinco técnicas
principais:dragão, serpente, tigre, leopardo e garça. O estilo é caracterizado
com base de pernas e mãos fortes. Sua pricinpal característica é a utilização
do ataques e defesas ao mesmo tempo.
HISTÓRIA DO HUNG GAR
Surgiu na Dinastia
Ching, no ano de 1734, época em que o imperador Yung Jing Ordenou a destruição
dos Templos Shaolin .
Depois da
destruição dos templos, somente cinco monges sobreviveram ao massacre, sendo
eles: NQ Mui, Gee Sin, Pak Mei, Miu Hin, Fung To Tak.
Desses
sobreviventes, o monge Gee Sin teve como discípulo um rapaz de nome Hung Hei
Kun, que mais tarde construiu um novo templo Shaolin onde ensinava o Kung Fu
nos moldes tradicionais, sendo o seu estilo conhecido mais tarde como Hung Gar
(Familia Hung).
Nos ultimos cem
anos em Cantão, região Sul da China, existiram dez mestres que se destacaram
por sua habilidade inigualavel.
Por alcançarem
grande fama, chegando a ser conhecidos como os Dez Tigres de Cantão. Dentre
eles, cinco eram eram mestres de Hung Gar: Tii Kiu San, Sou Rak Fuú, Wong Fei
Hung.
O introdutor do
estilo na America do Sul e Brasil, foi o Mestre Lee Hon Kay(Li Hon Ki).
KUNG FU SHAOLIN
Kung Fu Shaolin é conhecido por movimentos
tanto rígidos, suaves, compactos, rápidos e sólidos. São todos realizados em
posturas naturais e flexiveis juntamente com o trabalho de pernas firme e leve.
No Shaolin Kung Fu, é necessário ser: hábil, discreto, corajoso, rápido e
prático.
SOBRE O ESTILO SHAOLIN KUNG FU
O Kung Fu Shaolin é
assim chamado em virtude de ter sido criado no Monastério Shaolin nas montanhas
Song (Songshan), no munícipio de Degfeng, na província de Henan. Ao redor
destas montanhas existem muitos lugares de interesse histórico como túmulos
antigos, pagodes, placas de pedra com inscrições de templos construidos em
diferentes épocas. Dentre as muitas relíquias, o Monastério Shaolin é
parcialmente preservado e o mais famoso.
O Monstastério Shaolin
teve uma história turbulenta. Foi seriamente afetado por incêndios em três
guerras, sendo o primeiro incêndio na Dinastia Sui, o segundo na Dinastia Qing
e o terceiro e catastrofico em 1928, quando o fogo destruiu valiosos documentos
que relatavam o estudo do desenvolvimento do Shaolin Kung Fu
Não há evidências
conclusivas de quem criou o Shaolin Kung Fu, nem quando foi criado. Algumas
pessoas dizem que foi desenvolvida por Bodhidharma, um monge indiano que veio a
China 30 anos depois de Batuo, outros dizem que a prática iniciou-se antes de
Bodhidharma. Mas estudiosos dizem que o Shaolin Kung Fu não deve ser atribuido
a uma só pessoa, pois foi criado e desenvolvido pelos monges do monastério ao
longo dos anos, com base em formas populares antigas.
LOUVA A DEUS
O inseto cuja
aparência é de maior devoto do mundo, tem que ser o Louva-a-Deus. Com as patas
dianteiras costumeiramente posicionadas de forma a sugerir as mãos juntas de um
devoto, ele se tornou o inseto mais referido em todas as artes marciais. Esse
inseto se tornou tão venerado, não por causa da sua aparente aura de
religiosidade, mas por causa de sua reconhecida ferocidade, combatividade e
tenacidade de vida. Há trezentos e cinqüenta anos um mestre de luta, Wang Lang,
exaltava a pequena mas ativa criatura, criando o estilo Louva-a-Deus de auto
defesa.
SOBRE O ESTILO LOUVA A DEUS
Wang um notável
guerreio que tinha habilidades com espada foi ao Templo Shaolin e publicou um
desafio aos monges para testar suas habilidades contra ele em duelo amigável.
Devido á sua insistência, o monge mestre permitiu a Wang que um monge novato
foi enviado para lutar contra ele.
Para a surpresa e
vexame de Wang, ele foi decisivamente derrotado por um noviço. Se isolando nas
montanhas Wang estava determinado a provar suas habilidades aos monges.
Ele treinou diligentemente
seu estilo "Caminho da Espada" (Tsien Tao) enquanto constantemente se
exercitava e fortalecia seu corpo. Ele voltou ao monastério convencido que
estava pronto a mostrar aos monges sua superioridade. Os monges aceitaram mais
uma vez o convite para testar suas habilidades.
Novamente ele
enfrentou o monge mais novo. Com um sentimento de entusiasmo ele venceu o jovem
monge principiante. Derrotou ainda outro monge, de baixa graduação, e outro de
categoria mais elevada. Wang estava começando a sentir confiança em sua
invencibilidade, até que enfrentou o monge mestre. Com a ordem Shaolin
observando, Wang não foi capaz de tocar o mestre. Novamente, para tratar de seu
corpo e do seu orgulho ferido, Wang desapareceu na floresta para contemplação.
Um dia, enquanto descansava debaixo de uma árvore, Wang ouviu a longa nota
aguda de uma cigarra em um galho baixo no arbusto acima dele. Olhando para o
alto, Wang reparou em um frágil e com aparência quase quebradiça Louva-a-Deus
engajado em uma luta de vida ou morte com a grande cigarra.
A cigarra estava
fazendo o máximo. Sua cabeça contra o Louva-a-Deus quase o imobilizava com sua
tenacidade. Foi quando o Louva-a-Deus reagiu com ferocidade usando sua forte
virada de patas e mordendo a boca para agarrar a robusta cigarra e desfaze-la
da posição em que estava.
O carnívoro
Louva-a-Deus consumiu a sua vítima. Altamente impressionado com o que vira Wang
decidiu capturar o inseto vitorioso e então observar os seus movimentos
defensivos e ofensivos. Usando um graveto de pequeno comprimento ele cutucava e
provocava o Louva-a-Deus em todas as direções. Invariavelmente o Louva-a-Deus,
com sua cabeça capaz de virar para qualquer direção, se defendia quando
provocado de frente ou de costas. O perseverante inseto tornou-se a inspiração
de Wang para o seu novo sistema de combate.
Com cuidado
meticuloso, ele ordenava os movimentos defensivos e ofensivos do inseto em
umaarte de luta humana. Ele a dividiu em três principais categorias: Peng Pu,
método importante de bater ou tirar o antagonista de seu balanço; Lan T’seh,
usado para restringir ou reduzir a força do oponente; e Pa Tsou, a defesa
"oito cotovelos".
Depois de sua
preparação pessoal, ele finalmente acreditou que estava pronto para testar seu
novo estilo de luta contra o mestre dos monges. Armado com seus movimentos
inspirados no Louva-a-Deus, Wang extraordinariamente derrotou o mestre dos
monges com suas táticas de inseto selvagem nunca antes usadas por um homem.
Os monges
aceitaram respeitosamente a sua derrota, mesmo com surpresa, e procuraram
aprender o novo e estranho sistema. A palavra de sua vitória se espalhou pelas
províncias. Wang Lang era o novo herói das artes marciais. Sendo logo rodeado
por discípulos. O sonho das artes marciais de Wang Lang foi finalmente realizado.
Sua escola de auto defesa do Louva-a-Deus se tornou extremamente proeminente no
Nordeste da China, considerada por alguns como sendo a maior durante seu tempo
de vida.
O venerável Wang
morreu anos mais tarde, feliz e famoso mestre de luta. De qualquer forma, sua
cuidadosa herança do estilo Louva-a-Deus se dividiu na dinastia Ch’ing quando
quatro discípulos, cada um desejando fazer inovações e se desligaram da escola
fundadora. O Mestre Louva-a-Deus disse então que seus desejos poderiam ser
satisfeitos com uma condição, que cada discípulo nomeasse seu sistema
individualmente, de acordo com as marcas das costas de um Louva-a-Deus
capturado por cada um.
Um tinha a
aparência do símbolo Yin-Yang (Tai T’si), outro parecia com uma flor de ameixa
(Mei Hua) e no outro um conjunto de marcas que tinham a aparência de sete
estrelas (Tsi T’sing) .
Houve um
Louva-a-Deus que não tinha marca aparente. Este estilo ficou conhecido como
estilo despido (estilo sem marca - Kwong P’an).
LOU HAN
O estilo Louhan Quan foi
criado por monges no Templo de Shaolin a partir da observação das diferentes
posturas e expressões das estátuas do Templo e da meditação. Eles acrescentaram
a essas posturas as habilidades de combate. No período contemporâneo vivia
Mestre Miao Xing,que tinha sido chamado "Ouro Arhat ". Ele era um
nativo de Dengfeng na Província de Henan, e soube das habilidades de combate
como também estando apaixonado por artes literais, especialmente Budismo.
Ele trabalhava e
praticava a o budismo e artes marciais. Depois ele viajou ao longo do país e
reuniu muitos mestres de Wushu. Desse modo ele dominou as artes marciais de
estilos diferentes. Vários anos depois Miao Xing raspou a cabeça para se tornar
monge do Templo de Shaolin, mas continuou a praticar a arte marcial no tempo
excedente.
Uma vez ele foi visto
praticando a arte marcial pelo abade do templo que o elogiou e lhe ensinou o
Shaolin. O abade também ensinou para Miao Xing o estilo de Lou Han.
Sempre que surgiam
desafiantes para enfrentar as artes marciais de Shaolin, o abade designaria
Miao Xing para enfrentar. E sempre Miao era o vencedor, assim foi ganhando o
respeito entre outros monges. Eventualmente Miao foi promovido a supervisor do
templo e foi requisitado que ensinasse as artes marciais a outros monges.
Depois da morte do abade, Miao Xing o sucedeu e também serviu como o chefe de
Shaolin. Ele teve uns 5.000 discípulos monges e 200 discípulos leigos. Em 1939,
Mestre Miao Xing faleceu com a idade de 58 anos.
CARACTERÍSTICAS DO ESTILO LOU HAN
Bodhidharma foi o
introdutor da filosofia Cha`n (Zen) e transmitiu técnicas de exercícios
internos e respiratórios além de métodos inéditos de artes marciais aos monges
que viviam no Monastério Shaolin. Com os conceitos do Wu De (virtude marcial) ele
deu um novo rumo às artes de guerra do oriente, utilizando-as também para a
elevação espiritual dos seus praticantes.
O Templo Shaolin foi o
berço de praticamente todos os estilos de luta originários do oriente, bem como
um dos maiores centros de desenvolvimento do budismo na China. Nele se
originaram todos os estilos de Wushu Chinês que se espalharam por todo o
território da antiga China, inclusive o sistema Lou Han (guardião de Buda).
O Shaolin Wushu tem
características únicas, e resíduos de seus movimentos podem ser encontrados em
praticamente todos os estilos de Wushu. Suas origens provém da tradições
budistas do Monastério, religião que exige dos seus praticantes grande
disciplina e controle físico e emocional.
Os monges também
obtiveram suas experiências em campos de batalha e o Shaolin Wushu obteve
características militares. A forma embrionária do Shaolin Wushu são as 18 mãos
de Lo Han, técnica criada pelo patriarca Bodidarma e batizada em homenagem aos
seus dezoito principais discípulos, sendo que 16 deles eram indianos e somente
dois chineses.
Seus movimentos são
lineares, compactos, poderosos, simples, com técnicas voltadas para o combate
real. Em todo o momento é trabalhada a energia interna Chi, projetando a força
para a frente e utilizando-se da do adversário.
LEOPARDO / PANTERA
Leopardo: O
principal golpe do leopardo é um punho veloz e penetrante, semelhante a uma
machadada, para atacar pontos vitais e costelas. Sua técnica desenvolve a força
muscular e a velocidade. Os movimentos são rápidos, poderosos e procuram a
imobilização.
SOBRE O ESTILO DO LEOPARDO / PANTERA
Desenvolvido pelo
monge Mot, o estilo do leopadro vem da familia do estilo do tigre e é usado
para desenvolver velocidade e força. Esse estilo tem movimentos não ortodoxos, ritmo
quebrado, e técnicas rápidas. Sua característica principal é o ataque com o
punho de maneira rápida e veloz.
MACACO
Macaco: Estilo do norte
de Kungfu chinês e é considerado por muitos ser um dos estilos mais incomuns e
não ortodoxos das artes marciais. É composto dos movimentos, características, e
o espírito dos macacos. Este estilo é muito forte nas pernas e saltos.
SOBRE O ESTILO DO MACACO
A história de Ta Sheng
Homens, ou Kung Fu de Macaco começa próximo ao fim da Dinastia Ching
(1644-1911), quando um lutador do norte da China, Kou Sze estava preso por
matar um aldeão. O castigo para esse crime era morte ou prisão perpétua. Para
salvar Kou Sze de qualquer penalidade um amigo íntimo e influente conseguiu
subornar o juiz para reduzir a pena de Kou Sze a oito anos de prisão. Para Kou
Sze, a prisão se tornou uma bênção.
A prisão ficava situada
em uma floresta nos arredores de cidade. Por um estranho destino a janela da
cela dava de frente para um bosque de árvores altas que abrigaram uma colônia
de macacos tagarelando brincando e balançando de árvore em árvore.
Fascinado pelas
artimanhas brincalhonas dos macacos entre a árvore, Kou Sze gastou horas os
observando todos os dias no hábitat natural deles. Ele cuidadosamente estudou o
comportamento deles em situações diferentes, e depois de longos anos era capaz
de distinguir as características diferentes dos macacos.
Depois de categorizar
cada macaco por sua habilidade e técnicas, Kou Sze percebeu que estas ações
eram compatíveis com o Tei Tong , um Kung Fu que ele tinha aprendido de
infância. Kou Sze decidiu combinar então este o Tei Tong com os movimentos de
macaco.
O fim do termo de prisão
dele marcou o verdadeiro começo da arte de Ta Sheng (o Grande Salva). Kou Sze
nomeou este macaco especial que luta em honra de Sol Wu Kung, o Rei de Macaco
legendário na Viagem de folclore "chinesa para o Oeste ". Kou Sze
fundou a arte de Ta Sheng em vários princípios de manobras que incluem
agilidade, agarrar, cair e saltar.
Através do estudo
cuidadoso dos hábitos do macaco Kou Sze pôde destiguir as reações dos macacos e
os categoriza-los em cinco personalidades diferentes, criando as cinco formas
do macaco:
O Macaco alto
O Macaco de madeira
O Macaco Perdido
O Macaco de Pedra
O Macaco Bêbedo
Esse estilo foi passado
de geração em geração até que o Mestre Chat de Cho Ling decidiu passar no
inteiro Arte de Pekkwar e todas as cinco formas do macaco e ensinou a Paulie
Zink que passou ao seu amigo intimo Mestre Michael Matsuda.
Um grande mestre tambem
que conheceu esta arte do Macaco foi Wang Lang, criador do sistema
Louva-a-Deus, que aproveitou algumas características do macaco para aperfeiçoar
o seu estilo.
SHAOLIN DO NORTE
Shaolin do Norte - Pek Siu Lum ou Bei Shaolin - é
um estilo de Kung-Fu originário do mosteiro budista de Shaolin ("Floresta
Jovem"), no norte da China. Segundo os registros históricos, é um dos mais
completos dentre os estilos originários do mosteiro.
Este estilo enfatiza técnicas avanços rápidos e
retiradas, posições largas, chutes altos, rapidez, agilidade e ataques
agressivos.
SOBRE O ESTILO SHAOLIN DO NORTE
Os movimentos do Shaolin do Norte foram criados
com base nos animais e elementos da natureza. O Estilo Shaolin do norte é
composto de onze katis, divididos em dois grupos: cinco curtos e seis longos.
Sua prática que todas as partes do corpo, foram desenvolvidas para aumentar a
resistência, força, velocidade, equilibrio e elasticidade, além de aprimorar a
capacidade de concentração e respiração. O estilo também envolve o combate
livre e técnicas de quebramento, possibilitando uma evolução maior do
praticante através de exercicios altamente elaborados e de eficiência logamente
comprovada.
O Shaolin do Norte foi "trazido" ao
século XX pelo grão-mestre Ku Nei Chang (também conhecido como Ku Lu Zan ou Ku
Yu Cheung), herdeiro direto das técnicas ensinadas aos monges desde o século VI
d.C.
Mestre Ku, foi viajou ao longo do norte da China
para aprender o máximo dos sistemas de Kung Fu do Norte, e aprendendo estes
estilos ele o organizou e fez com que o estilo fique conhecido como é hoje.
Mestre Ku Nei Chang foi professor de Yang Sheung
Mo. que por sua vez teve como seu principal aluno Chan Kowk Way, introdutor do
estilo no Brasil (1960).
SERPENTE DIVINA
O estilo Shen She Chuen
(serpente divina) originou-se na província de Fujien quando um Monge do Templo
do Bambu ministrou a Hsu Yin Fong uma técnica particular do templo chamada Hok
She Tchu (união da Garça e da Serpente).
SOBRE O ESTILO DA SERPENTE DIVINA
Após a morte do Monge
Hsu estas técnicas foram aprimoradas e em homenagem ao Monge, o estilo foi
batizado de Shen She Chuen, que significa "Punho da Serpente Divina",
uma vez que o Ideograma "Shen" para os chineses significa Deus.
Consiste em defesa e
trabalha movimentos ofensivos com apunhalar e movimentos de espada cortantes.
Há foco na velocidade dos giros e movimentos de corpo contínuos.
O estilo Shen She Chuen
é executado com as mãos esculpindo a cabeça de uma serpente em uma mistura de
"duro" e "suave". Contando com movimentos lentos e suaves,
o adversário pode surpreender-se com sua flexibilidade, velocidade e força,
desde que bem concentrado chi (Energia Interior).Seu objetivo nos ataques é a
busca dos pontos vitais como olhos, garganta, plexos, vão entre as côxas e
abdômem.
O estilo chegou ao Brasil
em 1980 sob supervisão do Mestre Hu Chao Tien, discipulo e filho do Mestre Hu
Shi Wen. Hoje o estilo tem a supervisão do Mestre Dani Hu (Hu Chao Hsil), filho
do Mestre Hu Chao Tien. "O Punho da Serpente" possui seis fases afim
de desenvolver os cinco conceitos do estilo, que são:
- Velocidade: atacar com
batidas rápidas e inesperadas, usando passos rápidos, ágeis e leves;
- Envolvimento: a curta
distância, envolver os membros do oponente confundindo suas posturas e
usando-as a seu favor. Quando a longa distância, aguardar a abertura de uma
postura adequadamente contida;
- Surpresa: atacar em
diferentes ângulos continuamente;
- Saltos: para trás ou
para os lados, evitando ataques desnecessários e não comprometendo os membros
principais para locomoção e equilíbrio;
- Fuga: quebrando o
contato e escapando quando o golpe não obtiver a penetração adequada;
É representado no Brasil
por Dani Hu que começou a praticar o estilo com seis anos de idade em Macao, um
porto territorio português no Mar da China.
WING TSUN
O Wing Chun tem sua origem como um sistema de arte
marcial chinesa durante a dinastia Ching, e cujas as idéias básicas foram
formuladas pela monja budista do templo Siu Lum (Shao Lim), Ng Mui.
SOBRE O ESTILO WING CHUN
Com bastante experiência em todos os tipos de
pugilismo da época, Ng Mui era reputada como ‘’ lutador número um’’ do templo e
famosa por sua grande habilidade no mui fah jong, aparelho de treino utilizado
para aperfeiçoar a postura e o equilíbrio. O sistema em desenvolvimento que
seria chamado mais tarde de Wing Chun não fora ensinado ou mostrado por Ng Mui
a outros monjes ou possíveis alunos do templo. Acredita-se na possibilidade de
Ng Mui criar este estilo para que fossem treinados rebeldes em um espaço de
tempo mais curto que os demais estilos do templo.
Ng Mui incorporou características da garça e da
serpente, tais como a agressividade de maneira precisa e o emboscar para a
captura da presa. Ng Mui viajou no anonimato, trabalhou como simples membro de
uma companhia de ópera chinesa até chegar ao mosteiro Tai Lung, onde se fixou.
Nesse mosteiro continuou sua prática, e conheceu
uma jovem chamada Yim Wing Chun que havia aprendido algumas artes marciais Siu
Lum, por ter seu pai treinado num templo próximo a Cantão, local que tivera que
deixar devido a problemas com o império de Ching. Yim por ser uma mulher bela,
chamava a anteção, até que um dia Wong, exigiu casar-se com ela, que já
comprometida recusou-se.
Wong não gostando disso travou uma luta com o pai de
Yim machucando-o muito. Foi então que Yim Wing Chun buscou auxílio com Ng Mui e
esta decidiu ensinar-lhe o sistema de luta que havia criado. Yim Wing Chun
passou a treinar sem descanso. No dia em que Wong apareceu para levá-la, Yim
Wing Chun o desafiou para uma luta. Rindo, Wong lhe disse para dar o primeiro
ataque.
A jovem lutadora sem ficar intimidada, desferiu
então um único soco no peito de Wong e este caiu por terra. Registrou-se que
mais tarde o tirano faleceria em consequência do ferimento interno causado por
aquele soco.
Mais tarde, Yim Wing Chun casou-se com quem estava
comprometida, Leung Bok Chau. Este praticava artes marciais, porém achou que a
habilidade que a mulher apresentava era muito superior aos estilos conhecidos e
quis praticar o sistema ao qual deu o nome de "Wing Chun" em
homenagem à esposa.
FONTE https://mundufc.jimdo.com/estilos-de-kung-fu/
As graduações do Choy Lay Fut são divididas, basicamente, em dez fases. Após a décima fase, a graduação de faixa preta passa a ser por grau.
As graduações
1ª- Branca |
2ª- Amarela |
3ª- Laranja |
4ª- Verde Jade |
5ª- Verde |
6ª- Roxa |
7ª- Azul |
8ª- Vermelha |
9ª- Marrom |
10ª- Preta |
Mandamentos
Algo muito interessante sobre o Choy Lay Fut são os seus mandamentos. São regras que norteiam os aprendizes, permeando o ambiente de treino com respeito, determinação e fraternidade:- Os praticantes de Choy Lay Fut treinam com a finalidade de desenvolver uma base forte e saudável para seus corpos. Portanto o praticante deve continuar treinando e nunca desviar de seu caminho.
- Assim como nos ensinamentos Budistas, com o alto nível de habilidade obtido no Kung Fu é necessário um coração bondoso, gentil e paciente, pois também se desenvolverá a habilidade para cometer injustiça ou ferir. Você nunca deve usar outros para defender-se. Cometendo injustiça com o único propósito de ferir outras pessoas, você estará indo contra as regras e regulamentos da sociedade e governo.
- Respeite e obedeça a todos os praticantes anteriores de Choy Lay Fut, pois estes são seus superiores, isto se refletirá em sua educação e seu bom coração.
- Todos os seus colegas de classe são seus irmãos no Choy Lay Fut e pertencem à mesma geração. Aja com todos de maneira gentil, bondosa e confiável. Respeite a cada um através da confiança, amizade e honestidade. Não intimide irmãos mais fracos de maneira alguma.
- Irmãos no Choy Lay Fut não estão permitidos a lutar entre si. Para distinguir um praticante de Choy Lay Fut, é usado o movimento da garra de tigre.
- Não beba álcool e não coma carne em excesso. Álcool e carne em excesso farão com que você fique desorientado. Fazendo sua mente e seu espírito se tornarem confusos como resultado, acidentes podem acontecer que poderão causar danos ao seu corpo.
- Alunos não estão permitidos a ensinar pessoas de fora da escola, pois isso pode atrair problemas a você e aos outros. A exceção é se você considera essa pessoa de coração bondoso e gentil, então você poderá ensiná-la e passar seu conhecimento.
- Nunca use suas habilidades de maneira errada em outras pessoas acreditando que você é melhor do que os outros, pois isso só causará problemas. Não lute ou intimide outros apenas para mostrar que é melhor.
- Quando usando o Kung Fu que você aprendeu, você deve pensar em como se manter humilde e não ter orgulho do seu sucesso, nunca se colocando a frente dos outros. Se você usar seu conhecimento de maneira errada para ganhar dinheiro, então você estará no Choy Lay Fut como um traidor dos desejos dos fundadores e trará abaixo o nome da família.
- Se você não pode agir sob essas regras então deve partir, ou se quebrar ou se opor às regras, o Mestre deverá expulsá-lo da escola.
FONTE: http://orecursivo.blogspot.com.br
GRADUAÇÃO EM OUTROS ESTILOS:
Graduação Oficial do Sistema Hung Gar Linhagem Lam Jo – Mestre Li Hon Ki Brasil
Apresentando as formas de cada nível do sistema Hung Gar, sendo este padrão adotado pelo Mestre Li Hon Ki. A relação será utilizada para efeitos de exame/avaliação dos alunos quando realizadas pelo Mestre Li Hon Ki, ou ainda pelos professores qualificados.
Faixa Branca – Taolu Lau Gar, Técnicas de bastão curto.
Faixa Branca Ponta Verde – Tao lu Gong Zhi Fok Fu Kuan 1ª Parte, Básico de bastão longo, Aplicação do básico de bastão longo, Básico de Facão
Faixa Verde – Tao lu Gong Zhi Fok Fu Kuan completo, Tao lu de Lien Tin Kwan
Faixa Verde Ponta Marrom – Tao lu de Bastão Longo do Lau Gar, Tuicha Gong Zhi Fok Fu Kuan
Faixa Marrom – Tao lu de Facão Chinês e Tao lu de Lança
Faixa Marrom Ponta Preta – Tao lu Fu Hock, Tuicha Fu Hock
Faixa Preta 1º Grau (Duen)-Tao lu 10 Estilos, Tao lu Espada Reta
Faixa Preta 2º Grau (Duen) Conteúdo Técnico (sob consulta) Resultado do Trabalho/relação Mestre discípulo (conceito subjetivo), mínimo de 2 anos na faixa preta 1º Duen para habilitação.
Faixa Preta 3º Grau (Duen) - Conteúdo Técnico (sob consulta) Resultado do Trabalho/relação Mestre Discípulo (conceito subjetivo), mínimo de 3 anos na faixa preta 2º Duen para habilitação.
Faixa Preta 4º Grau (Duen) - Conteúdo Técnico (sob consulta) Resultado do Trabalho / relação Mestre Discípulo (conceito subjetivo), mínimo de 4 anos na faixa preta 3º Duen para habilitação.
O conteúdo técnico, bem como os demais requisitos objetivos e subjetivos para a graduação a partir do 2º Grau é fornecido sob consulta direta com o Mestre Li Hon Ki, para os candidatos habilitados.
O sistema Hung Gar possui 10 Graus de Faixa Preta, sendo que na família Lam, o único 10º grau é o Grão Mestre Lam Jo, sendo os demais Mestres antigos formados por ele graduados 9º Grau.
A terminologia empregada para os praticantes que alcançaram graduações elevadas são as seguintes:
Instrutor (Sihing): Faixa Marrom Ponta Preta
Professor( Shifu): Faixa Preta 1º Duen
Professor Sênior (Shifu): Faixa Preta 2º Duen
FONTE: http://tigresedragoes.com.br
PERSONAGENS
Tema
: Os dez maiores mestres de kung fu da historia chinesa
Os dez maiores mestres de kung fu da historia chinesa. Uma lista de dez
lendários mestres do Kung Fu
A
arte marcial chinesa é muito antiga e é quase impossível listar quais foram os
melhores mestres de todos os tempos, mas com certeza alguns se destacam graças
às famas que eles conquistaram na época que eles viveram. Aqui vai a lista dos
dez melhores mestres de Kung Fu segundo os estudiosos das artes marciais:
Ele nasceu em 1142 e foi criador de uma arte marcial chamada Hsing-I
Chuan também conhecido como ”boxe dos cinco elementos”. Yei Fei foi também um
excelente general e ficou famoso por vencer vinte mil homens com apenas um
exército de apenas quinhentos soldados.
Mestre Zhang Sanfeng.
Não se sabe ao certo a data de seu nascimento e nem se ele de fato existiu. Tudo que sabe dele que ele era um monge taoista. A lenda diz que ele alcançou a imortalidade. Dizem ser o criador de vários estilos de kun fu shaolin.
Não se sabe ao certo a data de seu nascimento e nem se ele de fato existiu. Tudo que sabe dele que ele era um monge taoista. A lenda diz que ele alcançou a imortalidade. Dizem ser o criador de vários estilos de kun fu shaolin.
Mestre Wang Lang .
Quem já assistiu vários filmes de kung fu já deve ter visto algum mestre lutando no estilo louva-a-deus , foi ele o criado desse famoso estilo.
Quem já assistiu vários filmes de kung fu já deve ter visto algum mestre lutando no estilo louva-a-deus , foi ele o criado desse famoso estilo.
Wang
Lang, conhecido como Wang Wencheng-王文成, foi ele o criador do
estilo Wushu louva-a-deus. Ele foi treinado nos templos de Shaolin na dinastia
Ming . A historia diz que após ter perdido a luta , ele voltou para sua cidade
e no caminho observou um louva-a-deus lutando contra alguns pássaros e começou
a desenvolver um novo estilo baseado no inseto. Quando voltou ao templo ele
desafiou todos os mestres vencendo todos eles.
Mestre Chen Wangting ou Chen Wang Ting
Foi o criador do estilo Tai Chi Chuan. Foi um respeitável general na época da dinastia Ming e quando se aposentou começou a desenvolver esse estilo. Chen Wangting também foi conhecido por caçar bandidos na China.
Mestre
Zhang Songxi foi tão altamente respeitado por suas habilidades de artes
marciais tanto que até o grande secretário do imperador, Shen Yiguan
(1531-1616), foi inspirado a escrever a biografia do estilo do mestre Zhang
Songxi. Mais tarde, o historiador Huang Zongxi (1610-1695) escreveu um epitáfio
(música para ouvir e letra da música com legenda) para um lutador
da resistência chamado Wang Zhengnan. Na biografia Zhang era praticante da
"escola interna de boxe", contra o que ele chamou de Shaolin ou
"escola externa" Desde Shen Yiguan nunca mencionou Zhang como um
praticante da escola interna, parece que Huang foi utilizando o conceito
interno-externo para expressar simbolicamente sua insatisfação com Manchu
governantes da época na China. A biografia Zhang Songxi fornece algumas
evidências de que o conceito de escola interno-externo-externa foi mais
político do que artes marciais.
Mestre
Gan Fengchi tornou-se um mestre de Wushu conhecido durante o reinado do
imperador Yong Zheng da dinastia Qing (1662-1723) Ele era inteligente e
extremamente corajoso , ele raramente lutou, e se recusou a se curvar ao poder.
Gan
Gengchi, era nativo de Ningxian município na província de Jiangsu, nasceu
pequeno e frágil. Mas ele amava Wushu desde começo. Depois ele aprendeu Wushu
de Monk Chao Yuan no monastério de Shaolin.
Monk Chao Yuan, cujo nome secular era Zhu
Fu, era da família real da dinastia Ming, que foi sucedido pela dinastia Qing.
Tornou-se monge e mudou seu nome, na esperança de aprender Wushu por uma chance
de restaurar o domínio da dinastia Ming,
Depois de 12 anos, ele aprendeu todos os segredos do Shaolin Wushu. Sob a influência de Monk Chao Yuan, Gan Fengchi Cultivado uma personalidade de honestidade e retidão. Gan FengChi foi criador do estilo Bak SiL Lum (Shaolin do Norte) e Hua Quan (punho da flor) .
Depois de 12 anos, ele aprendeu todos os segredos do Shaolin Wushu. Sob a influência de Monk Chao Yuan, Gan Fengchi Cultivado uma personalidade de honestidade e retidão. Gan FengChi foi criador do estilo Bak SiL Lum (Shaolin do Norte) e Hua Quan (punho da flor) .
Mestre Dong Haichuan.
Dong Haichuan (1797-1882) Nascido em Hebi e foi aprendiz de grandes mestres nas artes marciais. Atribui se a ele a criação do estilo conhecido como "andar em torno do círculo". Depois de algum tempo ele se tornou instrutor de artes marciais em Beijm na corte.
Dong Haichuan (1797-1882) Nascido em Hebi e foi aprendiz de grandes mestres nas artes marciais. Atribui se a ele a criação do estilo conhecido como "andar em torno do círculo". Depois de algum tempo ele se tornou instrutor de artes marciais em Beijm na corte.
Mestre Yang Luchan foi criador do Tai Chi
Chuan estilo Yang e importante divulgador dessa arte. Antigamente a maioria das
artes marciais era transmitida apenas por familiares e na época a família Chen
era a detentora do estilo Tai Chi Chuan. Como em uma obra do destino, Yang
Luchan defendeu a família Chen contra um forte adversário ganhado assim o
direito de aprender o estilo mesmo ele não sendo da família.
Mestre Wong Fei-hung talvez o mais
conhecido de todos eles, ele é um herói Chinês que defendeu seu país da
ocupação dos ingleses. No cinema foi representado por artistas famosos como Jeu
Lee. Foi um médico e grande lutador de artes marciais. Para saber mais click no
link disponível
Mestre Huo Yuanjia
Em minha opinião foi um exemplo de vida, também foi um herói em seu país na época da ocupação dos estrangeiros. Huo Yuanjia era doente e fraco, tanto que mesmo sendo de família tradicional nas artes marciais não teve permissão de aprender como seus irmãos , mas graças a sua perseverança ele aprendeu secretamente observando seu pai e seus irmãos praticarem. Huo Yuanjia só foi aceito quando um de seus irmãos perdeu para um oponente e se levantou para desafia-lo para surpresa de pai que depois de vê-lo vencer aceitou como aluno. Mais tarde ficou famoso por lutar contra estrangeiros que viviam zombando dos chineses de “ Homens doentes da Ásia” . “Huo Yuanjia teve sua linda historia no filme ‘O mestre das armas”.
Em minha opinião foi um exemplo de vida, também foi um herói em seu país na época da ocupação dos estrangeiros. Huo Yuanjia era doente e fraco, tanto que mesmo sendo de família tradicional nas artes marciais não teve permissão de aprender como seus irmãos , mas graças a sua perseverança ele aprendeu secretamente observando seu pai e seus irmãos praticarem. Huo Yuanjia só foi aceito quando um de seus irmãos perdeu para um oponente e se levantou para desafia-lo para surpresa de pai que depois de vê-lo vencer aceitou como aluno. Mais tarde ficou famoso por lutar contra estrangeiros que viviam zombando dos chineses de “ Homens doentes da Ásia” . “Huo Yuanjia teve sua linda historia no filme ‘O mestre das armas”.
http://www.herofactory.com.br/10mestres.html
MESTRES MODERNOS
Chan-Heung
MESTRES MODERNOS
Chan-Heung
A ORIGEM DO CHOY LAY FUT
A mais de um século atrás, um jovem chamado Chan-Heung, que amava as artes marciais, já havia tido uma profunda formação nestas artes sob a orientação de um monge Shaolin, Choy-Fok.
Choy-Fok o apresentou para um famoso artista marcial chamado Lay Yau-Shan. Chan-Heung então, o seguiu para aprender Lay-Kar Kung Fu, que era renomado por sua bravura em combate e movimentos rápidos.
Como Choy-Fok e Lay Yau-Shan estavam satisfeitos com seu progresso e suas conquistas, eles o encorajaram a percorrer um longo caminho até a montanha Bak-Pai que ficava na China central, para seguir um Monge chamado “Grama Verde” e aprender o sofisticado estilo Palmas de Buda e seu poderoso golpe com a palma da mão.
Chan-Heung foi aceito pelo Monge Grama Verde e, sob sua instrução, Chan adquiriu mais conhecimentos. Quando Chan-Heung voltou para casa, suas habilidades no Kung Fu eram soberbas e seu talento começou a ser admirado.
Como o estilo de Chan-Heung englobava o de seus três professores e também suas próprias descobertas e experiências, ele havia desenvolvido um novo estilo de Kung Fu que era único e completo. Para popularizar sua arte e torná-la fácil de se identificar, Chan-Heung a chamou de “Choy Lay Fut”.
Porque ele escolheu este nome?
A principal razão foi que Chan-Heung queria expressar o seu respeito e gratidão aos seus professores. Chan pegou o nome de seu primeiro e segundo professores, “Choy” e “Lay” respectivamente como as duas primeiras palavras, já que o seu terceiro professor, “Monge Grama Verde” tinha abandonado seu nome original devido a sua devoção ao monastério. Chan usou a palavra “Buddha” (Fut) que era a religião que o monge pregava e a colocou como a terceira palavra do nome de seu estilo. As três palavras, “Choy”, “Lay” e “Fut” juntas, se tornaram um estilo de Kung Fu que vem até nossos dias e que se tornou um dos estilos mais praticados na atualidade.
Bruce Lee é fruto de várias concordâncias. Esteve quando e onde tinha
de estar, no momento certo e no tempo correto. Uma dessas felizes coincidências
foi ter aprendido a lutar com Yip Man. O mestre, aos 13 anos, segundo a lenda,
foi aceito como o último aluno de Chan Wah-Shun, outro mito nas artes da defesa
pessoal, e Ng Chung-Sok. Quando chegou ao ápice, passou décadas ensinando quase
tudo o que sabia para Bruce Lee.
A biografia oficial diz que em 1908, quando tinha 15 anos, Yip Man
mudou-se para Hong Kong com a ajuda de um parente. De acordo com os dois
filhos, ele mudou de vida após presenciar um policial batendo em uma mulher
estrangeira. A história diz que o policial tentou atacá-lo quando interveio em
defesa da mulher, e que Yip Man usou suas técnicas. A cena teria sido vista por
um homem mais velho, que perguntou qual arte marcial era aquela. O velho pediu
a Yip Man que lhe mostrasse as primeiras duas formas – Sil Lim Tao e Chun Kiu.
Ele gostou do que viu. E então desafiou Yip Man a enfrentá-lo. O homem de mais
de 50 anos venceu, e Yip Man percebeu que tinha muito a aprender. Foi convidado
para treinar Chi Sau (uma forma que envolve o ataque controlando a defesa). E
então descobriu que aquele homem era companheiro de seu mestre, Leung Bik,
filho de outro mestre seu, Leung Jan, para quem tinha prometido que jamais
ensinaria os golpes, por temer que fossem usados para o mal. Treinou e, com 24
anos, Yip Man voltou a Foshan com as habilidades de wing chun tremendamente
aprimoradas.
Conhecido por ser uma pessoa modesta e sempre alegre, Yip Man passou a
ser admirado pelo jeito simples, prova de que o verdadeiro wing chun amadureceu
o seu modo de pensar. Esse era outro motivo pelo qual era querido na cidade:
Foshan era um centro de artes marciais, e ele era um mestre sem igual. Tanta
admiração fez com que recebesse o cargo de chefe de polícia da cidade, que
aceitou com entusiasmo. Na corporação, ensinou a arte para vários subordinados,
e também a amigos e parentes deles.
Mas os japoneses invadiram a China e Yip Man, buscando tranquilidade,
voltou para a casa em que morou, na aldeia Kwok Fu. O ano era 1937. Sua fama
chegou aos ouvidos dos japoneses, que, achando serem racialmente invencíveis, o
testavam. Lutavam com ele e perdiam. Queriam que Yip Man lhes ensinasse a
técnica, mas ele se negou e acabou com todos os bens confiscados pelo exército
imperial japonês. Por sorte não foi executado. Sua mansão foi transformada em
quartel-general. Teve de viver em extrema pobreza e, como só sabia artes
marciais, viu-se obrigado a quebrar a promessa que fez para Leung Bik e começou
a ensinar wing chun para chineses que buscavam defesa contra o exército
japonês. A esposa adoeceu nesse período e morreu, deixando Yip Man sozinho para
cuidar dos quatro filhos.
Ele só retornou a Foshan depois da guerra, novamente como policial. No
final de 1949, depois que o Partido Comunista venceu a guerra civil chinesa e
tomou a cidade, sendo ainda um oficial Kuomingtang (do Partido Nacionalista
Chinês, o que hoje governa a dissidente Taiwan), ele decidiu fugir sem a
família para Hong Kong, que na época era colônia britânica.
Com poucos recursos, abriu uma escola de artes marciais. As vitórias
dos alunos ajudaram a reforçar a reputação de Yip Man. Em 1967, ele e alguns
dos alunos fundaram a Kong Ving Tsun Athletic Association Hong, que prosperou.
A frase mais conhecida dele é uma espécie de homenagem não declarada a Bruce
Lee: “É difícil para o aluno escolher um bom professor, mas é ainda mais
difícil para um professor pegar um bom aluno”. Em 1972, Yip Man morreu de
câncer na garganta por causa do fumo. Mas, nas três décadas de sua carreira,
ele estabeleceu um sistema de treinamento para o wing chun que se espalhou pelo
mundo, graças à fama do principal pupilo.
A lenda de Yip Man passou a
ser mais amplamente conhecida a partir de 2008, quando foi lançado o elogiado O Grande Mestre, protagonizado por Donnie Yen, dirigido
por Wilson Yip e com cenas de luta coreografadas pelo ator e especialista em
cenas de ação Sammo Hung (que trabalhou com Bruce Lee em Operação Dragão). O filho mais velho de Yip Man, Ip
Chun, aparece no longa, além de ser o principal consultor do roteiro. Em 2010,
foi lançada a segunda parte, que retrata o início do contato de Yip Man com
Bruce Lee. O sucesso do filme ajudou a alavancar uma mania que gerou inúmeros
longas sobre o mestre. Mais recentemente, o diretor de arte Wong Kar-wai (de Amor à Flor da Pele)
elaborou uma visão mais particular sobre o mito em The Grandmaster, ainda
sem previsão de estreia no Brasil. Nele, o galã Tony Leung interpreta Yip Man.
Fontes:
http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-82/a-historia-de-yip-man-mestre-de-bruce-http://www.institutodekungfu.com.br/site/modalidades/kung-fu/choy-lay-fut/
O KUNG FU NO BRASIL
FONTE: http://www.scielo.br
Embora presente em todos os estilos da milenar arte marcial chinesa, são poucos os que, ao executarem, conhecem os significados tradicionais e históricos que envolvem essa saudação.Ching (敬) significa saudar ou reverenciar, enquanto li (禮) significa cerimônia ou cortesia, ou seja, podemos entender esse termo como “saudação de cortesia”.
O KUNG FU NO BRASIL
Construindo o cenário
Inicialmente trazemos alguns esclarecimentos acerca do termo "Kung Fu" (功夫), sua origem e aplicação, o que facilitará a compreensão acerca de nosso objeto de estudo. Devemos inicialmente salientar que a apropriação do termo pelos meios midiáticos (livros, filmes, etc.) foi marcanted. De acordo com o estudo de Apolloni4, o termo "Kung Fu" teria chegado ao Ocidente no século XVIII, transportado por padres jesuítas que estavam na China. Conforme aponta Cheng5, o termo se desenvolve na Escola Taoístae, onde se relacionaria a toda prática que fosse ao mesmo tempo física e espiritual, designando, portanto, tempo e energia dedicados à determinada atividade almejando-se certo nível de desenvolvimento e excelência. Trata-se de um termo de ampla aplicabilidade, embora bastante favorável e mesmo eficaz para se designar as práticas marciais. De acordo com Henning6 por terem tais práticas origens bastante remotas dentro da cultura chinesa, seria necessário nos atentarmos para o fato de que podem ter sido denominadas e tratadas de diferentes formas ao longo desta sua longevidade, fruto das transformações e significados que caracteres chineses possuíram ao longo destes períodos.
Conforme aponta Imamura7, cabe ao ideograma "Kung" a tradução como sendo algo realizado dentro de certo campo ou área de atividade. Já o ideograma "Fu" significaria homem maduro ou marido, podendo ser traduzido por um alto grau de perfeição (maturidade) alcançado em qualquer área. Ou seja, de forma simplista uma pessoa que se torna um expoente dentro de sua área de atuação seja ela qual for, após inúmeros esforços para a construção de tal reputação ou resultado, pode ser visto como alguém que possui ou exerce "Kung Fu". No entanto, ainda segundo Imamura7 dentro do cenário marcial, a representação é mais ampla, ou seja, quando "Kung" e "Fu" se juntam apontam para uma pessoa que possui "WuDe" (武德) (princípios morais elevados combinados com a habilidade marcial).
Encontramos também, para designar as práticas marciais chinesas, as terminologias "Wushu" (武術) e "Kuoshu" (國術). "Wushu" seria de acordo com Imamura7, o termo formal utilizado pelos chineses para designar suas práticas marciais. O ideograma "Wu" significaria marcial ou militar, e é um ideograma composto por dois caracteres, "Zhi" e "Ge". Este último representa uma das armas mais utilizadas na China antiga, o machado, e "Zhi" significaria pé, sendo também posteriormente utilizado para designar parar ou estacionar. Desta forma, "Wu" pode ser entendido como a defesa contra (parar) uma arma, uma ação contra a violência, uma defesa contra as diferentes formas de agressão.
A ênfase dada com a fundação da República Popular da China tornou de certa forma oficializada a transcrição do termo "Wushu" para designar as práticas marciais, inclusive reformulando e adaptando-as com o objetivo de torná-las modalidade olímpica4 , 7. Já o termo "Kuoshu" foi especialmente adotado em 1928, significando arte nacional. Essa mudança se justificava no objetivo do governo republicano de disseminar tais práticas visando fortalecer o sentimento nacionalista no povo chinêsf.
Analisar a história do "Kung Fu" requer certa dose de cautela e desprendimento, afinal estamos tratando de uma prática marcial antiquíssima, relacionada com a própria cultura milenar chinesa, pautado na sua forma peculiar de se transmitir e perpetuar. Durante longo tempo a forma tradicional de transmissão histórica (bem como técnica e de valores) no "Kung Fu" esteve baseada em uma forma direta e de poucas fontes documentais. Tratava-se basicamente da transmissão feita diretamente do mestre para o discípulo, de forma oral e muitas vezes carregada de simbolismos, permanecendo esta no seio da própria família marcial por longos anos.
Assim, ao pensarmos em transitar pela história do "Kung Fu" precisamos saber que trilharemos um caminho repleto de lacunas e dificuldades, o que logicamente não desvaloriza ou desmerece a longínqua história desta prática marcial, apenas nos coloca de sobreaviso para possíveis questionamentos. Esta questão torna ainda mais fecunda a possibilidade da utilização da História Oral como ferramenta metodológica, onde podemos buscar uma compreensão do porquê de determinados conceitos serem preservados em detrimento a outros.
Mas, antes disto, precisamos ainda conhecer um pouco sobre a cultura e formação daqueles que tratamos por mestres pioneiros, e o processo de imigração ao qual se expuseram ao deixarem a China e se dirigirem ao Brasil, e mais, deixarem o Oriente para se inserirem na cultura ocidental.
Imigração, Oriente e Ocidente
Ao entrevistarmos mestres pioneiros oriundos da China, precisamos considerar suas peculiaridades, bem como as adaptações, objetivos e dificuldades que possam ter enfrentado. Embora Pollak8 apresente uma análise de uma situação extrema como o Holocausto, podemos buscar neste seu trabalho uma aproximação com as questões imigratórias as quais os mestres pioneiros enfrentaram. Ou seja, não podemos inferir sistematicamente, a não ser a luz de seus próprios relatos (dos mestres), as dificuldades (que podem ou não, terem sido bastante marcantes para eles) pelas quais passaram ao virem para cá. Podemos sim, considerando este referencial, buscar compreender seus silêncios e a construção de suas identidades, suas opções por falar sobre algo e calar-se em determinados momentos. Conforme aponta Marta9:
... é necessário dizer que, ao imigrar, cada grupo traz consigo mais do que apenas bens materiais; traz, antes de tudo, um grande arcabouço cultural reafirmador de sua identidade, que irá influenciar o modo como irão se relacionar com o novo ambiente (p.7).
Ou seja, podemos entender que a aproximação entre imigrantes chineses e os países ocidentais aos quais se dirigiram não foi um processo simples e de fácil adaptação. O sinólogo frânces François Jullien10 chega inclusive a alertar para a fragilidade possivelmente encontrada na relação que se procura estabelecer (tal qual uma ponte) entre as culturas, onde se espera uma aproximação em que estas se olhem frente a frente (em certa igualdade de posição e interesse). Tal dificuldade não estaria na distância entre estas, mas principalmente residiria no fato de "não se falarem e nem se olharem", por uma falta de interesse em se construir tal suposta relação. Ainda segundo Jullien10:
... descreveram-se muitas vezes o cidadão cultural do mundo do futuro como alguém que faria suas compras em lojas de atacado, nessa espécie de "supermercado" mundial da cultura, e escolheria à vontade produtos nos expositores, passando de uma prateleira a outra, para carregá-los em seu carrinho... Mas a imagem é falsa: as noções e representações culturais não são dessa forma dissociáveis de seu contexto para se deixarem organizar lado a lado, na prateleira do "racionalismo" ou do "hedonismo", ou da "salvação" (uma pitada de zen - uma pitada de epicurismo - uma pitada de teologia negativa - uma pitada de... e vocês preparam, ao voltarem para casa, sua felicidade). Pois como não nos damos conta de que essas prateleiras foram erguidas exclusivamente pelas categorias da razão européia, de que é a cultura ocidental, doravante globalizada, que concebeu suas embalagens, suas classificações e até seus rótulos - e até mesmo construiu integralmente essa imensa loja que se tornou um grande bazar - dispostos como são agora, com seus circuitos projetados para o consumo? (p.158).
O processo de vinda de imigrantes chineses para o Brasil é muito mais remoto do que o processo de transmissão do "Kung Fu" em nosso país. Segundo Lesser11, os primeiros registros de interesse brasileiro pela mão de obra chinesa datam de 1807, quando as discussões sobre a possibilidade ou não de se utilizar chineses para trabalhar substituindo a mão de obra originaria da África se tornaram mais enfáticas. Efetivamente, em 1812 chegam às primeiras centenas de chineses ao Rio de Janeiro para o plantio de chág. Este processo tornou-se fonte de inúmeras discussões, onde governantes e fazendeiros, prós e contra a vinda de chineses ao Brasil, davam suas opiniões apoiados em critérios complexos, fruto na maioria das vezes de seus preconceitosh e interesses comerciais.
Atualmente, aponta-se para uma população chinesa no Brasil entre 100 mil e 200 mil imigrantes e descendentes (algo entre 0,05% e 0,11% do total da população do país), sendo São Paulo o Estado com a maior colônia. Conforme aponta Freitas12, foi em 15 de agosto de 1900 que os primeiros chineses chegaram a São Paulo, trazidos a bordo do barco Malange, oriundo de Lisboa. Levados então a Hospedaria do Imigrante em São Paulo, se dirigiram posteriormente ao interior, mais precisamente Matão, para trabalharem junto às linhas férreas da região. Embora os primeiros registros apontem para experiências rurais de imigrantes chineses no Estado de São Paulo, o que acabou por identificá-los foi o caráter urbano, dedicados na maioria das vezes ao comércio, como bares, bazares, restaurantes, pastelarias, entre outros.
Um conceito importante surge ao abordarmos a imigração chinesa ao Ocidente. Definido como diásporai chinesa, compreende os milhões de pessoas com origem na China que se espalharam pelo mundo nestes dois últimos séculos. Este contato trouxe um doloroso choque cultural, ao se aproximarem de línguas e culturas que muitas vezes desconheciam, e onde seus costumes também eram vistos com estranheza. De acordo com Trevisan13, dois momentos são marcantes neste processo, o primeiro no início do século XIX, devido ao enfraquecimento e empobrecimento chinês, que conduziu milhões de chineses para países como Estados Unidos, Austrália e África do Sul e a segunda grande onda quando da Revolução Comunista de 1949, quando cerca de três milhões de pessoas fugiram para Hong Kong e Taiwan.
Este foi um período bastante significativo para a formação da comunidade chinesa no Brasil e, como vimos anteriormente, para a disseminação do "Kung Fu". De acordo com Freitas12 em 1950 o Brasil inicia um amplo programa industrial e a escassez de mão de obra qualificada facilita a vinda de imigrantes com formação técnico industrial. A maioria dos imigrantes chineses que para cá vieram neste período partiram do porto de Hong Kongjem uma viagem que, devido às inúmeras paradas para reabastecimento, durava aproximadamente 50 dias.
Ainda em relação à diáspora chinesa no Brasil podemos apontar apoiados em Véras14, que ela não é homogênea e apresenta ainda uma falta de coesão não encontrada em outros povos asiáticos que para cá imigraram, como o caso dos imigrantes japoneses. Não se encontra em São Paulo um reduto exclusivo de chineses como podem ser caracterizados os "Chinatowns"k. Embora o bairro da Liberdadel traga inúmeras semelhanças com estes, os chineses que habitam em São Paulo não estão restritos somente a esta localidade. Conclui Véras14 que "[...] o ramo desta diáspora destinada ao Brasil se apresenta fragmentado, disperso, desconexo, vindo em ondas de diferentes temporalidades, e com múltiplas identidades" (p.193).
O imigrante, incluindo o chinês, carrega aspectos importantes de sua cultura que lhe dão características peculiares e que precisam ser, mesmo que minimamente, considerados. O "Ocidente" costuma não ter forças (ou na maioria das vezes interesse) para desfazer-se da visão particular que apresenta sobre as questões do "Oriente". Estes aspectos acabam por construir, ou mesmo preservar valores que comumente são reconhecidos como "tradicionais" de determinada cultura. Conforme Hall15:
Possuir uma identidade cultural nesse sentido é estar primordialmente em contato com um núcleo imutável e atemporal, ligando ao passado o futuro e o presente numa linha ininterrupta. Esse cordão umbilical é o que chamamos de "tradição", cujo teste é o de sua fidelidade às origens, sua presença consciente diante de si mesma, sua "autenticidade". É, claro, um mito - com todo o potencial real dos nossos mitos dominantes de moldar nossos imaginários, influenciar nossas ações, conferir significado às nossas vidas e dar sentido à nossa história (p.29).
Hall16 se aprofunda ainda na discussão da imigração nos tempos atuais. Segundo este autor houve um significativo declínio relacionado às velhas identidades, que fez surgir novas identidades que fragmentam o indivíduo moderno, ou seja, abalaram-se significativamente os quadros de referência que davam aos indivíduos uma estabilidade no mundo social, haja vista que as culturas onde nascem sempre foram uma fonte fundamental de identidade cultural. Para Hall16 "As nações modernas são, todas, híbridos culturais" (p.62).
Desta forma mostra-se necessário estarmos atentos as peculiaridades desta tentativa de aproximação, ou de "diálogo entre as culturas" como bem descreveu François Jullien10. Segundo nos alerta Jullien10:
Como prova dessa defasagem, em todo caso, o fato de que chineses e japoneses viram-se obrigados a traduzir a noção ocidental de "tempo" quando encontraram o pensamento e a ciência ocidentais, no fim do século XIX ("tempo" sendo então traduzido pelo "entre-momentos", shi-jian em chinês, ji-kan, em japonês); e o mesmo acontece com a tradução difícil, e às vezes ainda debatida atualmente, do "ser", ou do "ontológico", ou da "verdade", ou do "ideal", ou da "vontade"etc., como frequentemente ocorre, não é que o termo chinês deva ser, evidentemente, traduzido dessa forma, mas que uma assimilação já se realizou para melhor cunhar o sentido estrangeiro em nossa língua, já nos fazendo entrar no quadro mental de suas possibilidades e de nossas expectativas teóricas, gerando assim, a baixo custo, mas indevidamente, a ilusão de universalidade (p.110-11).
A noção de indivíduo e de pertencimento, da relação nós e eu (que Norbert Elias tão bem exploram) precisam ser consideradas. A percepção que tais mestres possuem de si, as influências oriundas de sua sensação de pertencimento em nossa sociedade, ou o que ainda carregam de sua cultura ancestral, dará tons diferentes as suas respostas. Conforme Elias17:
A maneira acrítica como o termo "indivíduo" é usado na conversação nas sociedades mais desenvolvidas de nossa época para expressar a primazia da identidade - eu, pode levar-nos a presumir, equivocadamente, que essa ênfase seja a mesma nas sociedades em todos os estágios de desenvolvimento e que tenham existido conceitos equivalentes em todas as épocas e línguas. Não é esse o caso. (p.130).
A noção do indivíduo oriental foi fruto de inúmeras discussões oriundas do trabalho e da abordagem corriqueiramente adotada pelos Orientalistasn. Conforme ilustra Said18:
Pois a categoria geral oferece de antemão ao exemplo específico um terreno limitado em que operar: não importa quão profunda seja a exceção específica, não importa o quanto um único oriental possa escapar das cercas colocadas ao seu redor; ele é primeiro um oriental, segundo um ser humano, e por último mais uma vez um oriental (p.152).
Outras questões precisam ainda ser consideradas, se levarmos em conta a transposição de valores e conceitos da cultura chinesa que tais mestres trouxeram impregnados em sua maneira de ser, traduziram e adaptaram as necessidades e exigências apresentadas por uma cultura tão distante como a nossa. De acordo com Coury19:
Essas questões são declinadas desse modo: de que maneira os indivíduos garantem seus comportamentos nos diferentes lugares que frequentam, quando das relações sociais que os ligam uns aos outros e nos campos em que estão inseridos , sem confundir os lugares, os indivíduos, os campos e os comportamentos que devem ter aí? Essa questão é ainda mais sensível quando os indivíduos são estigmatizados socialmente: de que maneira eles se deslocam socialmente, se ligam com outros mesmo quando são considerados e olhados como relativamente incapazes, como indivíduos deslocados? De que maneira, enfim, o processo de conversão dos recursos e dos capitais individuais permite tornar eficientes aqui e agora recursos constituídos em outra parte? (p.127).
Estes apontamentos se mostrarão fundamentais para a compreensão da possibilidade de diálogo entre as culturas, e na perspectiva do "Kung Fu" ter sido um instrumento útil e de papel importante na disseminação da própria cultura chinesa no Brasil. Cabe agora, portanto, verificarmos as perspectivas e possibilidades da História Oral para os objetivos que almejamos cotejar, quais sejam, discutirmos e resgatarmos a memória dos mestres pioneiros acerca do processo de disseminação do "Kung Fu"em nosso país.
Relembrando o distante
Relembrar o distante significa remexer num passado ainda latente, na memória que mestres pioneiros carregam da gênese do ensino do "Kung Fu" no Brasil. Mais distante ainda é buscar fazer com que se lembrem de sua pátria mãe, a China, onde na maioria das vezes ainda na infância deram seus primeiros passos na senda desta arte marcialo. Para isto, as entrevistas que se descortinam na História Oral mostraram-se instrumento bastante útil.
Ao esboçarmos características da História Oral, resgatamos o trabalho de Paul Thompson2, que apresenta inicialmente dois problemas típicos desta abordagem, que precisamos considerar. O primeiro estaria voltado para a falta de problematização e discussão dos dados obtidos, que serviriam apenas como dados armazenados ou até expostos, sem a pretensão de construção de uma análise mais apurada. Algo como uma busca incessante do conhecimento apenas pelo conhecimento. O segundo problema se fundamenta na construção de verdades ou tradições, de uma história necessária, que não existe ou não se pode comprová-la, mas que se necessita dela para a construção de afirmações importantes (seja para quem a transcreve, seja para quem a relata). Ora, o que Thompson2 apresenta pode ser facilmente atribuído também a outros tipos de fontes e pesquisas, mas interessam particularmente ao nosso instrumento metodológico.
Não se trata, portanto, de uma característica fundamental e particular da História Oral, mas certamente, não podem ser (por aqueles que dela fazem uso) ignoradas. Em relação ao primeiro problema apontado pelo autor, precisamos desde o início ter consciência de saber o que buscamos e como faremos. Certamente haverá um grande desperdício se não discutirmos a fala do entrevistado, se não a levarmos a luz de um conhecimento maior, se não lhe conjugarmos na perspectiva de aproximar (ou afastar) o que foi dito de determinadas "realidades". A segunda dificuldade está em se tomar a fala como verdade, de engessá-la como algo verídico, quando a entrevista deixa de ser fonte para ser a "verdade".
Problemas como este podem ser oriundos do envolvimento do pesquisador com o entrevistado ou com o objeto, que permitem a construção de uma história tendenciosa, mesmo que o mesmo não a perceba como tal. O envolvimento e as relações podem deixá-lo cego para fatos fundamentais de discussão. Como relata Bourdieu20: "A história que eu precisaria para meu trabalho muitas vezes não existe" (p.58). E isto pode nos levar a construí-la, mas não de forma empírica e com os cuidados rigorosos que mereceria. Assim, a orientação de Paul Thompson2 parece ser fundamental para se colocar diante do entrevistado de forma aberta, disposta e disponível. Segundo este:
A história oral não é necessariamente um instrumento de mudança; isso depende do espírito com que seja utilizada. Não obstante, a história oral pode certamente ser um meio de transformar tanto o conteúdo quanto a finalidade da história. Pode ser utilizada para alterar o enfoque da própria história e revelar novos campos de investigação; pode derrubar barreiras que existam entre professores e alunos, entre gerações, entre instituições educacionais e o mundo exterior; e na produção da história - seja em livros, museus, rádio ou cinema - pode devolver às pessoas que fizeram e vivenciaram a história um lugar fundamental, mediante suas próprias palavras (p.22).
Alberti3 enfatiza uma investigação exaustiva sobre o objeto e sobre o entrevistado (quando possível). Seria decorrente deste a qualidade das perguntas formuladas, bem como o desenvolvimento da própria entrevista, haja vista que o entrevistado perceberá seu cuidado e conhecimento prévio acerca do assunto apresentado. No entanto, este trabalho não é conclusivo, pois se assim fosse não haveria necessidade da entrevista. Ele é sim, fundamental e pode ser realizado junto a diferentes tipos de fontes, como os dados que os próprios mestres fornecem em sites oficiais, revistas relacionadas à temática, ou ainda dados obtidos junto a órgãos oficiais como Confederações e Federações, por exemplo.
As artes marciais chinesas apresentam algumas peculiaridades em sua forma de transmissão e preservação histórica como anteriormente apontamos. Como salientam Reid e Croucher21 os mestres de antigamente não costumavam transmitir de forma aberta seus conhecimentos, e na maioria das vezes não se utilizavam de registros para preservação. Neste sentido, entrevistar mestres pioneiros é uma tarefa bastante importante, não apenas de preservação, mas também de construção de uma historicidade. Conforme aponta Thompson2 "A história oral devolve a história às pessoas em suas próprias palavras. E ao lhes dar um passado, ajuda-as também a caminhar para um futuro construído por elas mesmas" (p.337).
Trata-se, portanto, da construção da relação dos mestres com o cenário, com o meio, com o mundo, e não a construção cronológica da história do "Kung Fu". Assim, nos afastamos da visão positivista de Halbwacks1 onde diz que: "A história é uma e se pode dizer que só existe uma história. É isso que entendemos por história" (p.105). Contrariando esta afirmação nos apoiamos na metáfora citada por Dosse22, que apresenta a visão heterogênea do exército que oficiais e soldados teriam, em relação aos valores e preceitos militares. Ou seja, não podemos esperar que os relatos de mestres, oriundos de diferentes regiões da China, que desembarcaram em nosso país em diferentes momentos e com diferentes objetivos, que transmitem estilos diferentes de "Kung Fu", apresentarão uma história homogênea e cronológica do processo de disseminação das artes marciais chinesas no Brasil.
Precisamos considerar ainda que carregam aquilo que de mais intimo possuem, conforme Lejeune23 relata, ou seja, uma versão oficial de suas próprias histórias. Possivelmente tais mestres já devam ter relatado episódios que nos transmitirão dando-lhes cores necessárias para obter mais brilho, ou um verniz que lhes permitam uma maior durabilidade e credibilidade. Devemos recordar também que, como aponta Namer24, a reconstrução do passado é feita no momento presente, porém, sendo algo que sofreu influências para se tornar memória. Desta forma, lembrar não significa pontualmente o que efetivamente aconteceu, mas o que o entrevistado interpreta do ocorrido. Assim como os seus esquecimentos podem ter um caráter involuntário, mas também voluntário, que precisa ser interpretado. Embora não possamos fazer tal questionamento "a priori", devemos estar atentos a tais possibilidades.
Apolloni4 e Marta9 construíram discussões interessantes acerca das artes marciais e do "Kung Fu" a partir do uso de entrevistas. Apolloni4 entrevistou diferentes gerações de mestres e praticantes do estilo Shaolin do Norte, desde o primeiro mestre a ensinar no Brasil, Mestre Chan Kwok Wai, até discípulos deste que espalharam sua arte pelo país. Marta9 discutiu o papel das práticas marciais em São Paulo a partir de entrevistas com mestres eminentes de diferentes modalidades. No entanto, embora ambos tenham feito uso de entrevistas, uma discussão acerca desta metodologia na perspectiva da História Oral não foi enfaticamente construída. Porém, o exercício e os resultados obtidos por ambos dão mostras significativas de um uso promissor de entrevistas para a discussão das práticas marciais.
Neste sentido, Delgado25 e Alberti3 fazem considerações bastante didáticas em relação ao uso de entrevistas, que vão desde o início do processo (construção de um projeto e um problema de pesquisa, escolha dos entrevistados, pesquisa prévia sobre o entrevistado e a temática, estruturação de um roteiro geral, etc.) até os aspectos conclusivos do percurso (encerramento da entrevista, transcrição, armazenamento, etc.). Conforme aponta Delgado25 temos:
Em primeiro lugar, o bom entrevistador deve ser hábil tanto no primeiro momento de contato com seus entrevistados como no decorrer das entrevistas e depoimentos, buscando respeitar ao máximo as idiossincrasias e características da personalidade de cada depoente, além de considerar suas limitações estruturais, por exemplo: dificuldades em abordar determinados temas, idade, origem social. Além disso, deve respeitar também limitações conjunturais, como enfermidades, indisposições, dificuldades de mobilidade, compromissos profissionais, entre outras (p.23).
Alberti3 e Delgado25 fazem ainda ressalvas importantes relacionados aos primeiros contatos com os entrevistados. Explicar e apresentar o projeto, a instituição a que pertence, destacar a relevância do depoimento, apontar os objetivos da pesquisa e as possíveis formas de divulgá-los, são alguns dos cuidados que Delgado25aponta. Alberti3 irá indicar ainda a necessidade de evidenciar o respeito que nutre pelo entrevistado e pelo seu depoimento e desta forma, por se tratar de uma amostra qualitativa, evitar problemas que poderiam deflagrar na perda de um depoente/depoimento de suma importância.
Em relação ao aspecto qualitativo da amostra e o número de entrevistados, Delgado25 aponta que "[...] deve ser tal que acumule uma quantidade de material que permita comparações, a fim de se destacarem conteúdos divergentes e convergentes" (p.25), ou, como aponta Alberti3 o número de entrevistados deve ser suficiente para se chegar a certo grau de generalização dos resultados, e que a escolha destes deve estar pautada nos objetivos da pesquisa, chegando a nomeá-los de "unidades qualitativas". Segundo a autora:
Escolher essas "unidades qualitativas" entre os integrantes de uma determinada categoria de pessoas requer um conhecimento prévio do objeto de estudo. É preciso conhecer o tema, o papel dos grupos que dele participam ou que o testemunharam e as pessoas que, nesses grupos, se destacaram, para identificar aqueles que, em princípio, seriam mais representativos em função da questão que se pretende investigar - os atores e/ ou testemunhas que, por sua biografia e por sua participação no tema estudado, justifiquem o investimento que os transformará em entrevistados no decorrer da pesquisa (p.32).
Precisamos ainda recordar que a entrevista (boa ou ruim) é fruto da relação construída entre o entrevistador e o entrevistado. Conforme Alberti3 trata-se de uma relação de pessoas, "[...] com experiências diferentes e opiniões também diferentes, que têm em comum o interesse por determinado tema, por determinados acontecimentos e conjunturas do passado" (p.101). Uma relação que precisa ser construída entre sujeitos distintos, de gerações diferentes, linguagem e culturas diferentes, mas tratando de um mesmo assunto.
Apontar exaustivamente a importância da participação de cada um, bem como o caráter acadêmico da pesquisa, que não permite incursões depreciativas oriundas de uma visão que pudesse ser distorcida pelo envolvimento do pesquisador com a temática, serve para desmistificar ressalvas prévias, e sedimentar uma relação de confiança mútua. Como conclui Alberti3 "[...] o que se diz depende sempre a quem se diz" (p.105).
Precisamos estar abertos, despojados e atentos para que possamos ouvir e interpretar as falas dos imigrantes. Precisamos também tratar com extremo cuidado as questões que permearão a tradução que faremos destas falas, sem incorrer no erro de colocarmos pitadas de nossa visão ocidental outrora desenvolvida, ou mesmo da visão de Oriente que carregamos. Melhor dizendo, precisamos tomar o cuidado para não darmos a nossa visão a uma fala, a não construirmos a história que gostaríamos de ouvir, de tentar conservar valores míticos e filosóficos de uma cultura como tradicionalmente e comumente a concebemos, ou pelo menos inicialmente a reconhecemos. Conforme orienta Bourdieu20:
O encontro de dois grupos muito afastados é o encontro de duas séries causais independentes. Entre pessoas de um mesmo grupo, dotadas de um mesmo habitus, logo, espontaneamente orquestradas, tudo é evidente, mesmo os conflitos: elas se compreendem com meias palavras, etc. Mas com habitus diferentes, surge a possibilidade do acidente, da colisão, do conflito... A codificação é capital porque assegura uma comunicação mínima (p.101).
Assim, o problema da tradução precisa ser considerado. Quando, por exemplo, um mestre fala de algo, rememoriza um evento, tenta transmitir um conceito oriundo da sabedoria confuciana ou taoísta, um nome de um determinado movimento, ele pode se deparar com barreiras linguísticas de difícil transposição. Segundo Jullien10:
O primeiro caso é aquele cuja experiência fazemos incessantemente, sobretudo entre culturas que se desenvolveram sem relações entre si, de língua ou de história. Exemplo: traduzo (só posso traduzir) shen ( em chinês; kami, em japonês) por "espírito" ("the spiritual"), mas, ao fazê-lo, mobilizo de ambos os lados setores latentes de significação que não se recortam senão parcialmente e cuja confusão desnorteia ( ou, exemplo, precedente: se traduzo tian por "céu", "celestial", ou tian shi por "alimento celestial", o que efetivamente é a única tradução possível. Esta é mesmo a experiência pedagógica que faço com bastante frequência: o texto chinês está corretamente traduzido, e não pode ser traduzido de outra forma, mas nem por isso ele significa em francês o que significa em chinês (p.164).
Podemos tentar transpor tais barreiras fazendo não somente a tradução literal, mas a busca pela significância e das possíveis relações. Como orienta Elias16 devemos não pensar e enxergar nosso entrevistado como sendo algo isolado e único, mas começarmos a pensá-lo em termos de relações e funções. Torna-se, pois, de fundamental importância um conhecimento (mesmo que breve) sobre a cultura chinesa. Ao realizarmos esta transposição, poderemos efetivamente se instrumentalizar para uma maior e mais significativa compreensão.
Devemos ainda almejar algo semelhante ao que buscava François Jullien26, quando pretendia transpor o conhecimento e a sabedoria chinesa de seu patamar místico onde é tradicionalmente colocado. Esta mesma colocação serve na maioria das vezes para assegurar um "status" que muitas práticas marciais fazem questão de manter, ou seja, de artes belicosas, portadoras de segredos e técnicas milenares, repletas de simbolismos que acabam por despertar um interesse complexo em praticantes menos atento. Precisamos sempre lembrar, que esta pessoa que ora entrevistamos é fruto de duas culturas distintas, ou da relação que ele, por si e pela influência do meio, precisou construir para transitar entre elas. Apresenta uma interpretação que lhe é peculiar, que não é padronizada e nem transferível, com cujas consequências ele e nós, enquanto pesquisadores precisaremos lidar.
Podemos ainda buscar transpor questões interessantes apresentadas por Guérios27 ao abordar a busca de legitimidade do compositor Villa-Lobos e sua arte em solo francês, adaptando-as ao nosso objeto de estudo. Por exemplo: Será que a visão de prática desportiva e/ou marcial apresentada pelos praticantes brasileiros (oriundas de suas fontes, mesmo que escassas pautadas em filmes e em modalidades por aqui já disseminadas quando do inicio da transmissão do "Kung Fu" em nosso país) atribuíram valores ao "Kung Fu" que foram aceitos pelos mestres pioneiros, e que, por conseguinte, geraram uma série de adaptações ao modelo de ensino e combate que conheciam? Estes mestres precisaram seguir um padrão de orientalidade determinado pela sociedade brasileira (incluindo certos paradigmas e até mesmo preconceitos) para se perceberem ainda como chineses, ou mesmo serem aceitos em nosso país? Foi dada aos praticantes brasileiros (pelos mestres pioneiros) alguma legitimidade em relação ao modelo de como deveria ser disseminado o "Kung Fu"? Ou os mestres se mantiveram fiéis à prática que outrora conheceram na China? Expandindo ainda mais este raciocínio, (mesmo sob o risco de que os relatos apresentados nas entrevistas não nos forneçam dados pontuais a respeito), saber se estas práticas marciais chinesas já haviam sofrido influências ocidentais na própria China, haja vista as várias (mesmo que na maioria das vezes não de forma pacífica) ocasiões em que a China foi invadida ou teve alguma relação com países ocidentais e mesmo de outras partes do Orientep? Tais questionamentos podem ampliar ainda mais a compreensão do cenário marcial chinês no Brasil, considerando novamente que este se constituirá dos relatos destes mestres e da construção que fazem de suas próprias histórias.
Muitas vezes o olhar do Ocidente, ou mesmo do pesquisador, acaba por contribuir em uma problemática historicamente constituída. Devemos ter bastante claro o que buscamos entender, respeitando as dificuldades de transposição de conceitos e valores apresentados pelo entrevistado. Conforme Said18 apresenta: "Existe, afinal, uma profunda diferença entre o desejo de compreender por razões de coexistência e de alargamento de horizontes, e o desejo de conhecimento por razões de controle e dominação externa" (p.15). Este deve ser certamente, o nosso cuidado, como nos posicionaremos para fazer tal investigação.
A SAUDAÇÃO NO KUNG FU WUSHU
Embora presente em todos os estilos da milenar arte marcial chinesa, são poucos os que, ao executarem, conhecem os significados tradicionais e históricos que envolvem essa saudação.Ching (敬) significa saudar ou reverenciar, enquanto li (禮) significa cerimônia ou cortesia, ou seja, podemos entender esse termo como “saudação de cortesia”.
O gesto de pousar a palma da mão esquerda estendida sobre o punho direito cerrado tem, a princípio, a interpretação de que a “mão educada” cobre a “mão agressiva”.Por essa razão, essa saudação é também compreendida como um gesto de respeito e humildade. Na tradição do sul (KwangTung, Fujian, principalmente), essa saudação é chamada de Kin lai, a mão esquerda representa o “Dragão verde” (綠龍) que simboliza a energia yang, a energia masculina, a primavera, a direção leste, e claro, o seu significado milenar de coragem e perseverança. A mão direita representa o “Tigre branco” (白虎) que simboliza a energia ying, a energia feminina, o outono, a direção oeste, bem como o seu milenar atributo de força e proteção. Um antigo conto chinês narra o encontro de Lu Long (dragão verde) e Pai Hu (tigre branco), de cujo acasalamento gerou-se muito poder, prosperidade e uma abundante energia que foi emanada por todo o universo tornando-os, por isso, inseparáveis. Outra variação histórica se refere ao fato da mão esquerda aberta simbolizar a lua (月), ao passo que a mão direita fechada simboliza o sol (日), e ao se unirem as duas simbolizam a clareza (明) no universo do aprendizado.
Na realidade, essa interpretação se originou na época das “sociedades secretas”, que tinham como objetivo lutar pela restauração da Dinastia Ming (明朝), esta derrubada pela DinastiaChing (清朝). Os membros dessas sociedades executavam essa saudação com as mãos invertidas, ou seja, direita em palma (月) e esquerda em punho (日), sendo que a união das duas geravam a mesma interpretação. Ou seja, Ming (明), mas nesse caso referindo-se à dinastia pela qual lutavam para restaurar, cujo o lema era fan Ching fu Ming (翻清復明), algo que podemos traduzir como “Derrubar Ching e restaurar Ming”. Mais tarde, uma contra-senha derivada desta saudação chamada Wu pai xiang (五拜香), “os cinco incensos”, foi criada para proteger a integridade e manter o anonimato dos membros destas sociedades secretas. Hoje, o Ching li, seguindo as tradições sulistas chinesas, são executados ao adentrar no Wu kwan (武 館) para o Shi Fu, para os membros da família ou da associação, assim como para aqueles que tomam parte da comunidade marcial. Executá-lo antes de iniciar e ao encerrar os treinamentos técnicos demonstra respeito e gratidão, da mesma forma quando trocada entre parceiros de treino.
Claro que muitos praticantes continuaram executando essa saudação, digamos que no “automático”, porém ele só será verdadeiramente Chin li se estiver imbuído de cortesia, respeito ou gratidão.
Na realidade, essa interpretação se originou na época das “sociedades secretas”, que tinham como objetivo lutar pela restauração da Dinastia Ming (明朝), esta derrubada pela DinastiaChing (清朝). Os membros dessas sociedades executavam essa saudação com as mãos invertidas, ou seja, direita em palma (月) e esquerda em punho (日), sendo que a união das duas geravam a mesma interpretação. Ou seja, Ming (明), mas nesse caso referindo-se à dinastia pela qual lutavam para restaurar, cujo o lema era fan Ching fu Ming (翻清復明), algo que podemos traduzir como “Derrubar Ching e restaurar Ming”. Mais tarde, uma contra-senha derivada desta saudação chamada Wu pai xiang (五拜香), “os cinco incensos”, foi criada para proteger a integridade e manter o anonimato dos membros destas sociedades secretas. Hoje, o Ching li, seguindo as tradições sulistas chinesas, são executados ao adentrar no Wu kwan (武 館) para o Shi Fu, para os membros da família ou da associação, assim como para aqueles que tomam parte da comunidade marcial. Executá-lo antes de iniciar e ao encerrar os treinamentos técnicos demonstra respeito e gratidão, da mesma forma quando trocada entre parceiros de treino.
Claro que muitos praticantes continuaram executando essa saudação, digamos que no “automático”, porém ele só será verdadeiramente Chin li se estiver imbuído de cortesia, respeito ou gratidão.
CINEMA
O Grande Mestre Beberrão (1966)
Os anos 1960 e 1970 foram a Era Áurea dos Filmes de Kung Fu produzidos em Hong Kong, então colônia britânica, que desde 1999 retornou à China.
Esse período é chamado, por alguns de western soja, mas os chineses o chamam de wuxia.
Espadachim de Um Braço (1967)
Desde os anos 1920 já eram produzidos filmes de kung fu em Hong Kong, mas foi apenas a partir dos anos 1960 que eles ganharam o mundo, com coreografias de lutas, referências a fatos ou personagens da história da China - sempre no melhor estilo desse movimento cinematográfico: pessoas voando, andando no ar, alcançando o topo de altas árvores, perfurando troncos com as pontas dos dedos etc.
Quase todos esses filmes passaram numa sessão de cinema da Rede Globo de Televisão, nos anos 1980, chamada Faixa Preta, que fez muito sucesso.
A Garota do Chute Trovão (1968)
O principal estúdio a produzir esse gênero de filmes em Hong Kong era o Shaw Brothers, de onde saiu, mais tarde, Raymond Chow, para fundar seu próprio estúdio, o Golden Harvest.
Foi nessa época que foram produzidos os primeiros filmes de astros hoje consagrados, como Jackie Chan (O Mestre Invencível) e Sammo Hung (Operação Dragão Gordo)
A Vingança do Kung Fu (1970)
Justiça seja feita: muitas acrobacias que eram mostradas nesses filmes eram mesmo dos atores, pois pelo menos três deles haviam feito parte da renomada Ópera de Pequim, que monta espetáculos que misturam música, artes circenses e, claro, kung fu.
Outras façanhas, porém, vistas nessas películas, como: voos, andar no ar e, com um só salto, atingir o topo de uma alta árvore, eram produto de efeitos especiais, com o uso de cabos, truques de câmera, montagens de cenas etc.
Duelo de Punhos (1971)
E mais: atores como Sammo Hung, Jackie Chan e Yuen Biao, além de terem trabalhado na Ópera de Pequim, também treinaram o hapkido, arte marcial coreana, o que permitiu que seus chutes ultrapassassem a ortodoxia das artes marciais chinesas e atingissem surpreendentes efeitos estéticos, nas belas coregrafias elaboradas pelo próprio Sammo Hung.
O Boxeador De Um Braço Só (Outro nome: O Boxeador Chinês De Um Braço Só) - 1971
É bom que se diga que a Wuxia influenciou muitos cineastas que vieram anos mais tarde, tanto no Oriente quanto no mundo Ocidental.
O filme O Tigre e o Dragão (2000), dirigido pelo taiwanês Ang Lee, segue a fórmula usada pelos lendários filmes chineses dos anos 1960 e 1970, com coreografias de lutas de grande plasticidade de movimentos, gente andando no ar, voando etc.
Curiosamente, o mesmo Ocidente que tratava os filmes de kung fu como um gênero menor do cinema, premiou esse filme com quatro Oscars, o que não deixa de ser um fenômeno, já que não há nenhum ator ou atriz americano na película e esse filme, o Tigre e o Dragão, é inteiramente falado em Mandarim.
O elenco é encabeçado por Michelle Yeoh e Chow-Yun-Fat, que já eram famosos por terem participado de filmes americanos.
Michelle
já havia sido bond girl no filme 007: O Amanhã Nunca Morre (1997) e Chow Yun-Fat havia feito o
papel do rei do Sião em Anna e
o Rei (1999) remake do famoso filme com Yul Brynner no
papel principal.
Tanto os dois quanto os demais atores e atrizes mais conhecidos do elenco, tiveram suas carreiras catapultadas pelo grande sucesso de O Tigre e o Dragão, que lhes abriu, de uma vez, as portas de Hollywood.
O Assassino de Shantung (1972)
O próprio diretor norte-americano Quentin Tarantino foi muito influenciado pelo cinema chinês daqueles bons tempos, tanto que os dois filmes da franquia Kill Bill mostram cenas e personagens (como por exemplo, o Mestre Pai Mei) bem conhecidas dos fãs dos filmes de kung fu dos anos 1960 e 1970. A mocinha do filme, vivida pela ariz Uma Turman, usa uma roupa idêntica àquela usada por Bruce Lee no filme O Jogo da Morte e, como não poderia deixar de ser, há as tradicionais cenas com voos e as inevitáveis coregrafias de lutas.
5 Mestres de Shaolin (1974)
Tanto os dois quanto os demais atores e atrizes mais conhecidos do elenco, tiveram suas carreiras catapultadas pelo grande sucesso de O Tigre e o Dragão, que lhes abriu, de uma vez, as portas de Hollywood.
O Assassino de Shantung (1972)
O próprio diretor norte-americano Quentin Tarantino foi muito influenciado pelo cinema chinês daqueles bons tempos, tanto que os dois filmes da franquia Kill Bill mostram cenas e personagens (como por exemplo, o Mestre Pai Mei) bem conhecidas dos fãs dos filmes de kung fu dos anos 1960 e 1970. A mocinha do filme, vivida pela ariz Uma Turman, usa uma roupa idêntica àquela usada por Bruce Lee no filme O Jogo da Morte e, como não poderia deixar de ser, há as tradicionais cenas com voos e as inevitáveis coregrafias de lutas.
5 Mestres de Shaolin (1974)
Note-se que, dos filmes mais conhecidos de Bruce
Lee, apenas O Dragão Chinês (1971) possui, e em grau bem menor,
algumas características dos filmes de kung fu desse período.
Os demais, têm um nivel de coreografia de lutas bem acima de qualquer outro filme de lutas, seja da época, de antes ou depois.
Curiosamente, Jackie Chan fez pontas ou foi dublê em filmes de Bruce Lee.
O Mestre da Guilhotina Voadora (1975)
Alguns filmes da Wuxia eram livres adaptações de episódios da história da China; outros, eram baseados em lendas, mas havia os que ultrapassavam todo e qualquer limite, misturando kung fu com vampiros e até mesmo, pasmem, ninjaversus shaolin, sendo que esses dois tipos de personagens históricos jamais se encontraram, salvo engano.
Os 5 Venenos de Shaolin (1976)
Os demais, têm um nivel de coreografia de lutas bem acima de qualquer outro filme de lutas, seja da época, de antes ou depois.
Curiosamente, Jackie Chan fez pontas ou foi dublê em filmes de Bruce Lee.
O Mestre da Guilhotina Voadora (1975)
Alguns filmes da Wuxia eram livres adaptações de episódios da história da China; outros, eram baseados em lendas, mas havia os que ultrapassavam todo e qualquer limite, misturando kung fu com vampiros e até mesmo, pasmem, ninjaversus shaolin, sendo que esses dois tipos de personagens históricos jamais se encontraram, salvo engano.
Os 5 Venenos de Shaolin (1976)
De tanto esses filmes de Hong Kong divulgarem o
Templo Shaolin e seu estilo de luta, a Warner Brothers, estúdio
norte-americano, lançou, em 1972, a série Kung
Fu, com o ator David Carradine, em que ele interpretava um monge shaolin
que deixara a China para procurar seu irmão no Velho Oeste Americano.
Apesar das coreografias de lutas não serem absurdas como as do gênero Wuxia, a filosofia das artes marciais e outros elementos da tradição oriental das artes marciais estavam presentes na série.
No entanto, é pouco provável que os produtores norte-americanos se interessassem em filmar essa série se o público não tivesse se interessado pelos vários filmes de kung fu de Hong Kong que eram exibidos nos EUA.
Carrascos de Shaolin (1977)
Apesar das coreografias de lutas não serem absurdas como as do gênero Wuxia, a filosofia das artes marciais e outros elementos da tradição oriental das artes marciais estavam presentes na série.
No entanto, é pouco provável que os produtores norte-americanos se interessassem em filmar essa série se o público não tivesse se interessado pelos vários filmes de kung fu de Hong Kong que eram exibidos nos EUA.
Carrascos de Shaolin (1977)
Um
grande problema - e como, para escrevermos este artigo, é que a quantidade de
filmes desse gênero produzidos em Hong Kong, nessa época, foi tão grande, que
seria virtualmente impossível abordar um a um.
Basta recordar que, em salas ao lado, no mesmo estúdio, chegavam a ser filmadas duas produções ao mesmo tempo e havia atores que atuavam em ambas!!!
Um filme lendário, que inspirou até a criação de um personagem de video game que esticava muito seus braços para atacar o adversário, foi O Mestre da Guilhotina Voadora (1975), em que o tal mestre usava essa arma para eliminar seus inimigos.
Apesar de todos os esforços dos pesquisadores chineses, até hoje não se conseguiu comprovar a existência histórica dessa arma chamada guilhotina voadora.
Operação Dragão Gordo (1978)
O filme Operação Dragão Gordo (Enter the Fat Dragon, 1978), com Sammo Hung, era uma espécie de homenagem humorística ao sucesso Operação Dragão (Enter the Dragon, 1973), que teve Bruce Lee no papel principal. As habilidades acrobáticas e em coreografias de lutas, que Sammo Hung apresenta nesse filme, chegam a ser quase inacrediáveis, principalmente se considerarmos que ele sempre foi um ator obeso.
Essa forma humorística de fazer filmes de kung fu teve - e ainda tem, o ator Jackie Chan como seu principal representante.
O Mestre Invencível (1978)
Após atuar em diversos filmes do gênero Wuxia em Hong Kong, Jackie Chan começou a ser convidado para trabalhar em produções de Hollywood e, assim, o Ocidente reconheceu, uma vez mais - e não foi a primeira nem será a última vez, o talento de um grande astro do cinema chinês.
Câmara 36 de Shaolin (1978)
Hoje em dia, em pleno século XXI, muitos filmes de lutas ainda são produzidos em Hong Kong, mas são bem diferentes daqueles que encantaram muitas gerações com um jeito todo especial, exótico e diveritdo de se fazer cinema.
Basta recordar que, em salas ao lado, no mesmo estúdio, chegavam a ser filmadas duas produções ao mesmo tempo e havia atores que atuavam em ambas!!!
Um filme lendário, que inspirou até a criação de um personagem de video game que esticava muito seus braços para atacar o adversário, foi O Mestre da Guilhotina Voadora (1975), em que o tal mestre usava essa arma para eliminar seus inimigos.
Apesar de todos os esforços dos pesquisadores chineses, até hoje não se conseguiu comprovar a existência histórica dessa arma chamada guilhotina voadora.
Operação Dragão Gordo (1978)
O filme Operação Dragão Gordo (Enter the Fat Dragon, 1978), com Sammo Hung, era uma espécie de homenagem humorística ao sucesso Operação Dragão (Enter the Dragon, 1973), que teve Bruce Lee no papel principal. As habilidades acrobáticas e em coreografias de lutas, que Sammo Hung apresenta nesse filme, chegam a ser quase inacrediáveis, principalmente se considerarmos que ele sempre foi um ator obeso.
Essa forma humorística de fazer filmes de kung fu teve - e ainda tem, o ator Jackie Chan como seu principal representante.
O Mestre Invencível (1978)
Após atuar em diversos filmes do gênero Wuxia em Hong Kong, Jackie Chan começou a ser convidado para trabalhar em produções de Hollywood e, assim, o Ocidente reconheceu, uma vez mais - e não foi a primeira nem será a última vez, o talento de um grande astro do cinema chinês.
Câmara 36 de Shaolin (1978)
Hoje em dia, em pleno século XXI, muitos filmes de lutas ainda são produzidos em Hong Kong, mas são bem diferentes daqueles que encantaram muitas gerações com um jeito todo especial, exótico e diveritdo de se fazer cinema.
Fonte:
http://forcaeluta.blogspot.com.br/2016/04/cinema-e-artes-marciais-era-de-ouro-dos.html
FILMES DO BRUCE LEE
FILMES DO BRUCE LEE
O DRAGÃO CHINÊS
Hong Kong, 1971
Título original: Tang Shan Da Xiong
Título internacional: The Big Boss
Duração: 100 minutos
Direção e Roteiro: Wei Lo
Com Bruce Lee, Maria Yi, James Tien.
Classificação indicativa 14 anos
Título original: Tang Shan Da Xiong
Título internacional: The Big Boss
Duração: 100 minutos
Direção e Roteiro: Wei Lo
Com Bruce Lee, Maria Yi, James Tien.
Classificação indicativa 14 anos
Misteriosos desaparecimentos perturbam a família do jovem Cheng (Bruce
Lee), que mudou-se junto com seus primos para trabalhar numa fábrica de gelo.
Para resolver o caso, porém, o rapaz será obrigado a quebrar um juramento que
fez à família: o de nunca mais se envolver em brigas.
A FÚRIA DO DRAGÃO
A FÚRIA DO DRAGÃO
Hong Kong, 1972
Título original: Jing Wu Men
Título original: Jing Wu Men
Título internacional: Fist of Fury
Duração: 102 minutos.
Direção e Roteiro: Wei Lo
Com Bruce Lee, Nora Miao, James Tien, Robert Baker.
Classificação indicativa 14 anos
Duração: 102 minutos.
Direção e Roteiro: Wei Lo
Com Bruce Lee, Nora Miao, James Tien, Robert Baker.
Classificação indicativa 14 anos
Ao voltar para sua antiga escola em Xangai, Chen Zhen (Bruce Lee) recebe
a notícia do assassinato de seu velho e querido mestre. Investigando o crime,
ele descobre que uma escola rival, envolvida com contrabando de drogas, está
por trás do assassinato. Para vingar seu professor, Chen será obrigado a se
confrontar com os mais habilidosos e letais campeões de artes marciais.
O VOO DO DRAGÃO
Hong Kong, 1972
Título original: Meng Long Guo Jiang
Título internacional: The Way of the Dragon
Duração: 100 minutos
Direção e Roteiro: Bruce Lee
Com Bruce Lee, Chuck Norris, Nora Miao, Robert Wall.
Classificação indicativa 14 anos
Título original: Meng Long Guo Jiang
Título internacional: The Way of the Dragon
Duração: 100 minutos
Direção e Roteiro: Bruce Lee
Com Bruce Lee, Chuck Norris, Nora Miao, Robert Wall.
Classificação indicativa 14 anos
Quando Tang
Lung (Bruce Lee) chega a Roma para trabalhar no restaurante de seus primos, ele
logo percebe que uma organização criminosa está pressionando a família para que
o local seja vendido. Tang decide então enfrentar os bandidos, que contratam o
famoso lutador norte-americano de artes marciais Colt (Chuc Norris) para tentar
derrotá-lo. A luta final, realizada no Coliseu, é um marco nos filmes do
gênero.
Operação Dragão dublado :
O lendário Bruce
Lee. Desconhecido em 1971. Dois anos mais tarde, um herói internacional... e o
astro de um dos mais populares filmes de artes marciais de todos tempos:
Operação Dragão. Determinado a vingar o assassinato de sua irmã Bruce Lee se
infiltra na fortaleza isolada de um poderoso chefão do crime, que utiliza sua
academia de artes marciais como fachada para tráfico de ópio e prostituição.
Para cumprir sua missão, Lee terá que participar de um torneio de vida ou
morte.
Operação Dragão dublado :
Dados do Filme:
Título Original: Enter the Dragon
Gênero: Ação
Lançamento: 1973
País de Origem: Hong Kong / EUA
Duração: 98 min
Direção: Robert Clouse
Elenco:
Bruce Lee ... Lee
John Saxon ... Roper
Kien Shih ... Han
Ahna Capri ... Tania
Angela Mao ... Su Lin
Jim Kelly ... Williams
Robert Wall ... Oharra
Bolo Yeung ... Bolo
Betty Chung ... Mei Ling
Geoffrey Weeks ... Braithwaite
Peter Archer ... Parsons
Li Jen Ho ... Old Man
Marlene Clark ... Roper's Secretary
Allan Kent ... Golfer
William Keller ... Los Angeles Cop #1
JOGO DA MORTE
Hong Kong/ EUA, 1978
Título original: Game of Death
Direção: Robert Clouse e Bruce Lee (não creditado).
Roteiro: Robert Clouse (assinando como Jan Spears)
Duração: 85 minutos
Com Bruce Lee, Gig Young, Colleen Camp.
Classificação indicativa 14 anos
Título original: Game of Death
Direção: Robert Clouse e Bruce Lee (não creditado).
Roteiro: Robert Clouse (assinando como Jan Spears)
Duração: 85 minutos
Com Bruce Lee, Gig Young, Colleen Camp.
Classificação indicativa 14 anos
Alguém está tentando matar Billy Lo (Bruce Lee), um famoso astro de
filmes de artes marciais. Para descobrir quem deseja assassiná-lo, Billy forja
sua própria morte, e agora planeja sua vingança.
A alma e a filosofia de Bruce Lee reveladas
em três documentários
A misteriosa morte de Bruce Lee, em 20 de julho de 1973, com apenas 32
anos, a apenas seis dias da estréia de Operação Dragão (Enter the Dragon) em Hong Kong, chocou o mundo e o transformou
instantaneamente num mito. Ele havia realizado apenas quatro filmes e deixado
um inacabado, com pouquíssimas cenas gravadas. Os quatro filmes foram
realizados e lançados entre 1971 e 1973 e se transformaram num retumbante
sucesso de bilheteria. Sua carreira deslanchava, finalmente. Mas não por muito
tempo. Ele viraria lenda no auge da carreira e deixou órfãos milhões de fãs por
todo o planeta.
Filmes com similares surgiram aos
montes. O cinema de artes marciais Hong Kong finalmente alcançava fama mundial.
Bruce Lee inspiraria também a criação de personagens de histórias em
quadrinhos, como Shang Chi, o Mestre do Kung Fu, da Marvel Comics. Livros foram
escritos, documentários realizados. Todos para contar um pouco da vida, da
carreira e da filosofia do Pequeno Dragão.
Fonte:
Título Original: Xin shao lin si
Diretor: Benny Chan
Gênero: Ação
Ano de Lançamento: 2012
Qualidade: DVDRip
Formato: AVi e RMVB
Idioma: Português/Mandarim
Legenda: Português -- Separada
Tamanho: 980Mb
Tempo de Duração: 131 Minutos
Qualidade de Áudio: 10
Qualidade de Vídeo: 10
Servidor: Uploaded / Depositfiles
Encoder: 3LT0N
Diretor: Benny Chan
Gênero: Ação
Ano de Lançamento: 2012
Qualidade: DVDRip
Formato: AVi e RMVB
Idioma: Português/Mandarim
Legenda: Português -- Separada
Tamanho: 980Mb
Tempo de Duração: 131 Minutos
Qualidade de Áudio: 10
Qualidade de Vídeo: 10
Servidor: Uploaded / Depositfiles
Encoder: 3LT0N
Sinopse:A China está sendo consumida em lutas entre
clãs para expandir seu poder sobre as terras vencidas. Impulsionado por seu
êxito no campo de batalha, o jovem e arrogante Hão mata um mestre Shaolin. Mas a
glória precede a queda. Sua própria família é aniquilada em uma reviravolta
inesperada dos acontecimentos e Hao se vê obrigado a se refugiar com os monges.
Devido ao sofrimento dos civis, Hao e os mestres de Shaolin se vêem obrigados a
tomar uma posição na batalha contra os clãs e lançam um plano arriscado de
resgate e fuga.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1984
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1984
Sinopse:
Jackie Chan está de volta com muita ação, detonando na linda cidade de Barcelona. Ele e um amigo tentam ajudar um detetive particular a encontrar uma herdeira milionária que está desaparecida. Assim os três iniciam uma movimentada aventura que os colocam em muitas confusões e perigos inesperados. Jackie Chan, que dispensas os dubles nas cenas de perigo, é garantia de grandes cenas de lutas com muita coreografia e agilidade.
Jackie Chan está de volta com muita ação, detonando na linda cidade de Barcelona. Ele e um amigo tentam ajudar um detetive particular a encontrar uma herdeira milionária que está desaparecida. Assim os três iniciam uma movimentada aventura que os colocam em muitas confusões e perigos inesperados. Jackie Chan, que dispensas os dubles nas cenas de perigo, é garantia de grandes cenas de lutas com muita coreografia e agilidade.
Gênero: Aventura/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português/Inglês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1995
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Tvrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2007
Sinopse:
Kung Fu, 7 anos, treina arduamente no templo Shaolin, na China. Não há obstáculo que ele não vença, independente do tamanho do seu oponente. Quando informado que seu “último inimigo” estava no Japão, ele usa seus “poderes” e aparece em Tóquio. Lá é acolhido pela simpática vovó Izumi, mestre em tai chi e dona de um restaurante. A convivência com Izumi e sua neta será muito importante enquanto o pequeno guerreiro sai à procura de seu oponente.
Tamanho: 982Mb
Kung Fu, 7 anos, treina arduamente no templo Shaolin, na China. Não há obstáculo que ele não vença, independente do tamanho do seu oponente. Quando informado que seu “último inimigo” estava no Japão, ele usa seus “poderes” e aparece em Tóquio. Lá é acolhido pela simpática vovó Izumi, mestre em tai chi e dona de um restaurante. A convivência com Izumi e sua neta será muito importante enquanto o pequeno guerreiro sai à procura de seu oponente.
Tamanho: 982Mb
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português/Inglês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2009
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português/Inglês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2009
Sinopse:
Japão, no início dos anos 1990, passa receber um grande número de imigrantes chineses foragidos de seu pais. Um deles é o mecânico Steelhead (Jackie Chan), que entra no Japão ilegalmente para tentar encontrar a namorada Xiu Xiu (Xu Jinglei). Para poder sobreviver, Steelhead e o amigo Jie (Daniel Wu) conseguem alguns trabalhos no perigoso bairro Shinjuku. É quando ele descobre que Xiu Xiu casou-se por conveniência com Eguchi (Ken Watanabe), um líder mafioso da Yakuza. Para ficar mais próximo da amada e ainda obter sua cidadania no país, Steelhead aceita trabalhar para Eguchi como assassino profissional. Mas o que lhe parecia incorreto inicialmente muda de figura quando ele percebe que começa a ganhar poder dentro da Yakuza.
Perdedores e vencedores ( sammo hung, jackie chan )
Japão, no início dos anos 1990, passa receber um grande número de imigrantes chineses foragidos de seu pais. Um deles é o mecânico Steelhead (Jackie Chan), que entra no Japão ilegalmente para tentar encontrar a namorada Xiu Xiu (Xu Jinglei). Para poder sobreviver, Steelhead e o amigo Jie (Daniel Wu) conseguem alguns trabalhos no perigoso bairro Shinjuku. É quando ele descobre que Xiu Xiu casou-se por conveniência com Eguchi (Ken Watanabe), um líder mafioso da Yakuza. Para ficar mais próximo da amada e ainda obter sua cidadania no país, Steelhead aceita trabalhar para Eguchi como assassino profissional. Mas o que lhe parecia incorreto inicialmente muda de figura quando ele percebe que começa a ganhar poder dentro da Yakuza.
Perdedores e vencedores ( sammo hung, jackie chan )
Direção: .............. Sammo Hung Kam-Bo
Gênero: ................. Ação / Comédia / Crime
Runtime: ............... 1h 48mn
País: ............... Hong Kong
Retroceder Nunca, Render-se Jamais Dublado reupado
Sinopse: Jason Stillwell (McKinney) é um jovem
fã de Bruce Lee que acabara de se mudar para Seattle, onde seu pai abrira uma
academia de artes marciais. Mas, uma poderosa e violenta organização criminosa
da cidade não vê com bons olhos esta nova academia, já que o pai de Jason não
aceita se submeter às ordens dos criminosos. Após ver a academia ser
praticamente destruída e de ser surrado impiedosamente por Ivan (Van Damme), o
melhor lutador dos bandidos, Jason começa a treinar avidamente para se vingar
e, para isso, o rapaz conta com a ajuda do espírito do próprio Bruce Lee! O
momento da grande luta entre Jason e Ivan está cada vez mais próximo...
Informações
Título Original: Retroceder Nunca, Render-se Jamais
Formato: AVI
Qualidade: DVD-RMZ
Codec: XviD
Video: 608 x 336 23.98fps
Tamanho Médio: 770 Mb
Idioma Audio: Português / Inglês
Gênero: Acão
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1985
Remasterizador: Rlerois
Lutar ou Morrer
Informações do Arquivo:
Áudio: Português, dublagem classica da Bande
Tamanho: 1Gb
Formato:BluerayRip
Qualidade: RMVB HD alta qualidade
Áudio: Português, dublagem classica da Bande
Tamanho: 1Gb
Formato:BluerayRip
Qualidade: RMVB HD alta qualidade
Resolução 1280x596
Qualidade de Áudio: 10
Qualidade de Video: 10
Informações do Filme:
Ano de Lançamento: 1994
Gênero: Ação
Duração: 1H 43Min
Assistir Online: Indisponivel
Screen do Filme: Clique Aqui
Qualidade de Video: 10
Informações do Filme:
Ano de Lançamento: 1994
Gênero: Ação
Duração: 1H 43Min
Assistir Online: Indisponivel
Screen do Filme: Clique Aqui
Sinopse do Filme: Durante a ocupação japonesa na China,
mestre Hou treina jovens chineses em sua academia para combater a intolerável
situação de abuso de poder dos estrangeiros. Em 1937, o lutador patriota Chen
Zhen (Jet Li), deixa Hong Kong para, em Shangai, se aperfeiçoar na arte da
luta. Lá é informado sobre a morte de seu querido mestre. Intrigado com a
maneira que ele foi morto, Chen Zhen acompanha as investigações e parte para a
vingança contra os japoneses.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2000
Sinopse:
Charles, é um solitário veterano do exército que vive em função de Tony, seu enteado de seis anos a quem trata como filho, Brian é perito em artes marciais chefe de uma equipe de segurança. Quando o pai e a mãe de Tony reaparecem e decidem levar o menino a força para os Estados Unidos, os caminhos de Charles e Brian se cruzam. O resultado é uma seqüência de ação vertiginosa com seqüestros, perseguições e lutas espetaculares.
Charles, é um solitário veterano do exército que vive em função de Tony, seu enteado de seis anos a quem trata como filho, Brian é perito em artes marciais chefe de uma equipe de segurança. Quando o pai e a mãe de Tony reaparecem e decidem levar o menino a força para os Estados Unidos, os caminhos de Charles e Brian se cruzam. O resultado é uma seqüência de ação vertiginosa com seqüestros, perseguições e lutas espetaculares.
Gênero: Ação/Artes Marciais/Comédia
Formato: Rmvb
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1980
Sinopse:
Dirigido e atuado por Jackie Chan, O Jovem Mestre do Kung Fu conta à história de um lutador que descobre a traição de seu melhor amigo. Ambicioso, Tiger (Pai Wei) é acusado de assassinato, mas a culpa pelo crime acaba recaindo sobre Jackie.Para provar sua inocência e a de seu amigo, Jackie decide partir para o contra-ataque. Com grandes cenas de luta marciais, o filme recebeu o prêmio de Melhor Cena de Ação no Hong Kong Film Awards, na época de seu lançamento.
Dirigido e atuado por Jackie Chan, O Jovem Mestre do Kung Fu conta à história de um lutador que descobre a traição de seu melhor amigo. Ambicioso, Tiger (Pai Wei) é acusado de assassinato, mas a culpa pelo crime acaba recaindo sobre Jackie.Para provar sua inocência e a de seu amigo, Jackie decide partir para o contra-ataque. Com grandes cenas de luta marciais, o filme recebeu o prêmio de Melhor Cena de Ação no Hong Kong Film Awards, na época de seu lançamento.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português/Cantonês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2011
Sinopse:
Sete anos após a morte aparente de Chen Zhen que recebeu um tiro depois de descobrir o responsável pela morte de seu professor na Shangai ocupada pelos japoneses, um estranho misterioso chega do exterior e faz amizade com um chefe da máfia local. Esse homem é Chen Zhen disfarçado que pretende se infiltrar na máfia enquanto eles fazem uma aliança com os japoneses. Disfarçado como um lutador encapuzado, Chen intenciona pegar todos os envolvidos, bem como colocar as mãos na lista de assassinatos preparada pelos japoneses.
Sete anos após a morte aparente de Chen Zhen que recebeu um tiro depois de descobrir o responsável pela morte de seu professor na Shangai ocupada pelos japoneses, um estranho misterioso chega do exterior e faz amizade com um chefe da máfia local. Esse homem é Chen Zhen disfarçado que pretende se infiltrar na máfia enquanto eles fazem uma aliança com os japoneses. Disfarçado como um lutador encapuzado, Chen intenciona pegar todos os envolvidos, bem como colocar as mãos na lista de assassinatos preparada pelos japoneses.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português/Tailandês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2010
Sinopse:
Ong Bak 3 começa quando Tien (Tony Jaa) perde a sua capacidade de luta e seu padrasto amado no penhasco Wing Garuda, em um ataque liderado por Jom Rachan. Tien consegue sobreviver com a ajuda de Pim, Mhen e moradores de Qana Khone. Com os ensinamentos do Phra Bua em profunda meditação, Tien, finalmente consegue um “Nathayut”. Seu talento é novamente posto à prova quando seus rivais, incluindo o guardião da armadura dourada do rei, os assassinos negros misteriosos e Bhuti Sangkha retornam para o confronto final.
Ong Bak 3 começa quando Tien (Tony Jaa) perde a sua capacidade de luta e seu padrasto amado no penhasco Wing Garuda, em um ataque liderado por Jom Rachan. Tien consegue sobreviver com a ajuda de Pim, Mhen e moradores de Qana Khone. Com os ensinamentos do Phra Bua em profunda meditação, Tien, finalmente consegue um “Nathayut”. Seu talento é novamente posto à prova quando seus rivais, incluindo o guardião da armadura dourada do rei, os assassinos negros misteriosos e Bhuti Sangkha retornam para o confronto final.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1991
Sinopse:
Três ladrões internacionais de arte que atuam em Paris decidem desistir da vida de crimes. Antes da aposentadoria, decidem dar um último e milionário golpe. São contratados para roubar um valioso quadro, mas acabam vítimas de uma trapaça.
Além da ação e tiroteios sempre presentes nos filmes do mestre John Woo, o diretor se aventurou no terreno das comédias de ladrões de obras de arte, claramente inspirado no cinema americano.
Três ladrões internacionais de arte que atuam em Paris decidem desistir da vida de crimes. Antes da aposentadoria, decidem dar um último e milionário golpe. São contratados para roubar um valioso quadro, mas acabam vítimas de uma trapaça.
Além da ação e tiroteios sempre presentes nos filmes do mestre John Woo, o diretor se aventurou no terreno das comédias de ladrões de obras de arte, claramente inspirado no cinema americano.
Gênero: Ação/Artes Marciais
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1978
Formato: Avi
Qualidade: Dvdrip
Audio: Português
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 1978
Sinopse:
Um assassino invade a casa de um mestre da técnica conhecida como “A Mão de Ferro de Shaolin” e o mata vionlentamente, juntamente com dois de seus discípulos. Cheng-ying, filho do mestre, persegue o assassino até a Tailândia onde descobre que Lin Hao, um homem rico, foi quem pagou pelo assassinato. Buscando descobrir o motivo do crime ele usa todas suas habilidades no Kung-Fu para tornar-se o homem de confiança de Lin e ficar livre de seu perigoso e desconfiado guarda-costas. As coisas se complicam quando sua irmã, inadvertidamente, tenta matar Lin mas fracassa. Um confronto final e explosivo torna-se inevitável e Lin usará todas as suas armas para poder enfrentar Cheng e sua técnica mortal – A Mão de Ferro de Shaolin. Muitas perseguições e lutas, num filme com ação do começo ao fim.
Um assassino invade a casa de um mestre da técnica conhecida como “A Mão de Ferro de Shaolin” e o mata vionlentamente, juntamente com dois de seus discípulos. Cheng-ying, filho do mestre, persegue o assassino até a Tailândia onde descobre que Lin Hao, um homem rico, foi quem pagou pelo assassinato. Buscando descobrir o motivo do crime ele usa todas suas habilidades no Kung-Fu para tornar-se o homem de confiança de Lin e ficar livre de seu perigoso e desconfiado guarda-costas. As coisas se complicam quando sua irmã, inadvertidamente, tenta matar Lin mas fracassa. Um confronto final e explosivo torna-se inevitável e Lin usará todas as suas armas para poder enfrentar Cheng e sua técnica mortal – A Mão de Ferro de Shaolin. Muitas perseguições e lutas, num filme com ação do começo ao fim.
Série de filmes: Ip Man
O filme Ip Man é baseado na
história do homem que disseminou o estilo de Kung Fu Wing Chun - inventado pela
monja N’G Mui (Wu Mei) - e praticado pelo notável Bruce Lee.
Esse filme já possui as versões 1, 2 e 3(Nasce uma Lenda), sendo esse último sobre a história de sua juventude e como se tonou um mestre de Kung Fu. Ademais, apenas os dois primeiros são protagonizados por Donnie Yen. Há ainda um que trata também de uma parte da história de Ip Man que se chama O Grande Mestre.
Esse filme já possui as versões 1, 2 e 3(Nasce uma Lenda), sendo esse último sobre a história de sua juventude e como se tonou um mestre de Kung Fu. Ademais, apenas os dois primeiros são protagonizados por Donnie Yen. Há ainda um que trata também de uma parte da história de Ip Man que se chama O Grande Mestre.
História
do primeiro filme
Por
volta de 1930 a província de Fo Shan vem obtendo espaço entre as escolas de
artes marciais com diversos estilos. Fo Shan é conhecida por ser onde Fong Sai
Yuk aprendeu a sua arte.
Ip Man (Donnie Yen) era um excelente artista marcial, mas guardava suas técnicas para si mesmo e tinha uma vida simples com seus amigos. Até o dia em que venceu o reconhecido mestre Jin (Fan Siu Wong) e se tornou um herói da província de Fo Shan.
Ao final da década de 30, com a invasão da China pelo Japão, Ip Man teve sua propriedade confiscada e tanto ele quanto sua família passaram a viver uma vida miserável.
Um dia o general Miura (Hiroyuki Ikeuchi), fanático praticante de karatê, testemunhou a excelente performance de Ip Man na famosa luta contra os 10 lutadores faixa-preta de karatê. Miura se tornou obsessivo pelo estilo de Wing Chun e queria que fosse ensinado ao exército japonês, mas Ip Man recusou e, ainda, desafiou o general para um duelo. A batalha pelo orgulho nacional chinês está por começar. O filme tem cenas de lutas com pouco uso de efeitos especiais e muito bem montadas, que fazem o telespectador ficar entusiasmado a treinar Kung Fu. Já o ator Donnie Yen, demonstra toda sua habilidade ao interpretar Ip Man - mestre de Bruce Lee - e seu estilo de luta Wing Chun, que visa o ataque eficiente, rápido e contínuo.
Ip Man (Donnie Yen) era um excelente artista marcial, mas guardava suas técnicas para si mesmo e tinha uma vida simples com seus amigos. Até o dia em que venceu o reconhecido mestre Jin (Fan Siu Wong) e se tornou um herói da província de Fo Shan.
Ao final da década de 30, com a invasão da China pelo Japão, Ip Man teve sua propriedade confiscada e tanto ele quanto sua família passaram a viver uma vida miserável.
Um dia o general Miura (Hiroyuki Ikeuchi), fanático praticante de karatê, testemunhou a excelente performance de Ip Man na famosa luta contra os 10 lutadores faixa-preta de karatê. Miura se tornou obsessivo pelo estilo de Wing Chun e queria que fosse ensinado ao exército japonês, mas Ip Man recusou e, ainda, desafiou o general para um duelo. A batalha pelo orgulho nacional chinês está por começar. O filme tem cenas de lutas com pouco uso de efeitos especiais e muito bem montadas, que fazem o telespectador ficar entusiasmado a treinar Kung Fu. Já o ator Donnie Yen, demonstra toda sua habilidade ao interpretar Ip Man - mestre de Bruce Lee - e seu estilo de luta Wing Chun, que visa o ataque eficiente, rápido e contínuo.
Fonte
http://camarashaolin.blogspot.com.br/2014/10/serie-de-filmes-ip-man.html
JOGOS ELETRONICOS INSPIRADOS EM BRUCE LEE
Levando em conta que os jogos de luta geralmente fixam lutadores
especializados em artes marciais existentes, os ícones de cada modalidade
acabam se tornando verdadeiros modelos a serem seguidos pelos criadores dos
games. Talvez o maior exemplo de todos os atores/lutadores que já pisaram sobre
a Terra e que até hoje ainda vive em nossos jogos seja o famoso Lee Jun Fan,
que ficou mais conhecido como Bruce Lee.
Tido como o fundador do estilo marcial conhecido como Jeet Kune Do e reconhecido como o divulgador do kung fu para a parcela oriental do mundo, o baixinho de nacionalidade dividida entre a China e os Estados Unidos era simplesmente obcecado pelo treinamento de seu corpo. Depois de treinar exaustivamente Kung Fu (Wing Chun), Boxe, Jiu-Jitsu, Karatê Shotokan, Savate, Esgrima, Judô, Taekwondo, Wrestling, Hapkido, Aikido e Tai chi chuan, Bruce fez por merecer a imensidão de personagens que foram baseados nele.
Bruce Lee: o mito!Confira os personagens de
games inspirados no poderoso lutador de kung-fu.
Marshall Law e Forest Law (Tekken)
E muitos, mas muitos outros! Além disso, há outra lendária entidade chinesa, que viveu no século 18 durante a Dinastia Qing. Chamado de Pak Mei, Bak Mei, Pai Mei ou “White Eyebrow” (que quer dizer, literalmente, Sombrancelha Branca), o velhinho foi um dos lutadores mais importantes da história das artes marciais, fazendo parte dos lendários “Cinco Anciães”, que sobreviveram à destruição de seu tempo shaolin.
Alguns historiadores afirmam que Pak Mei acabou se mancomunando com o
governo imperial chinês da época e traiu seu templo, causando a destruição de
todos. Mas, fatos incertos a parte, o certo é que o a figura lendária criou o
estilo Pak Mei ou Bak Mei de kung fu, que se baseia mais ou menos naqueles
modos de luta mostrados por Quantin Tarantino na série Kill Bill. “Pai Mei”,
inclusive, é uma alusão ao mestre chinês de sobrancelhas brancas.
Dizem que o próprio Bruce Lee também treinou Pak Mei, depois que
atingiu um nível soberbo em Wing Chun... Enfim, confira alguns personagens dos
jogos de luta que foram inspirados na sensacional figura dos golpes com os as
pontas dos dedos:
Kings of Kung FU foi desenvolvido principalmente para os fãs
de filmes de kung fu clássico e concebido para ser jogado por jogadores do
casual ao mid-core para que qualquer pessoa pode buscá-lo e se divertir.
VESTIMENTAS
Uniforme do Kung Fu
Shaolin
Os monges do Templo Shaolin tradicionalmente vestiam uma camisa branca
sobre calças largas na cor preta. A cabeça era mantida raspada. Alguns
praticantes de Kung Fu moderno, como Fei Long, dispensam a camisa e usam somente a calça
e sapatilhas.
Uniforme do Tai Chi
Chuan/Hsing Yi Chuan
Os praticantes dessas artes costumam
vestir-se com calças largas e casacos compridos com botões, o que por vezes faz
com que seus oponentes subestimem-os. As cores variam de acordo com o gosto ou
escola do praticante, mas Tai Chi Chuan geralmente veste branco ou tons claros,
enquanto que Hsing usa tons mais escuros.
Uniforme do Wu Shu
Existem basicamente três opções mais comuns
de vestimentas para praticantes de Wu Shu: a
roupa tradicional do Kung Fu, a roupa tradicional do Tai Chi Chuan ou ainda uma
terceira e mais original: fantasias acrobáticas. Sim, uma vez que o Wu Shu foi
muito utilizado nos circos chineses, era normal ver escolas em que os
praticantes usavam roupas de acrobatas e ginastas em suas apresentações. A
roupa de Chun Li é um ótimo exemplo de fantasia acrobática
dos circos de Pequim.
http://www.sfrpg.com.br/post/os-uniformes-das-artes-marciais
AS ARMAS DO KUNG FU
De todos os estilos de artes marciais, o kung fu ( e talvez o
ninjútsu ), é o que mais utiliza armas de diferentes tipos, sejam armas de
curto, médio ou longo alcance. As armas do kung fu datam da origem dessa arte
marcial milenar, essas diversas armas foram incorporadas a pratica do kung fu,
por militares e camponeses, conforme a necessidade e a praticidade. Qualquer
praticante de artes marciais, tem como objetivo a qualificação em técnicas,
estilos, e as armas são parte desse aprendizado.
História do usa das armas
Falar de Kung Fu sem mencionar a enorme variedade de armas e a habilidade de seus praticantes necessária em sua execução é praticamente impossível, ao contrário do que se pode pensar, o Kung Fu não se limita a ataques e defesas corporais, pois ao longo de sua história muitas armas foram desenvolvidas. Elas são tão importantes para o atleta de Kung Fu quanto suas armas naturais (pernas e mãos). Tradicionalmente as armas eram ensinadas aos praticantes que já tinha certo nível de habilidade em formas de mãos. As armas devem ser uma extensão natural do corpo e devem ser utilizadas de acordo com as duas características.
Existem basicamente 18 armas chinesas principais, mas existem muitas outras. O treinamento avançado com armas não serve só para se tomar conhecimento dos métodos antigos. mas também para desenvolver os músculos. Tendo um amplo conhecimento em ambas as formas de lutas, armado ou não, o aluno estará preparado para enfrentar qualquer situação. Com o desenvolvimento das armas de fogo, a utilização das armas tradicionais chinesas devem ser vistas principalmente como auxiliares no desenvolvimento nas habilidades motoras dos praticantes.
Podemos classificar as armas nas seguintes categorias:
- Tamanho: curtas, médias e longas.
- Forma: articuladas ou não articuladas.
- Número: simples ou duplas.
Ao todo temos mais de 400 tipos diferentes de armas nos vários estilos de kung fu, não podendo se esquecer da utilização dessas armas nas escolas chamadas internas, como Tai Chi Chuan. Muitas delas são objetos de uso diário que podem ser utilizadas para fins bélicos quando necessário.
Principais armas chinesas utilizadas no kung fu
Gun (Bastão) ou kwan em cantonês
Esse bastão é geralmente feito de bambu na China, por ser um material facilmente encontrado na natureza. O bastão é uma arma simples com golpes de concussão. Por sem uma arma grande, tem grande área de alcance para defesa e ataques.
- Tai Mei Kwân: bastão normal, tem a altura até a sobrancelha do praticante.
- San Ti Kwân: bastão articulado em três partes; três pequenos bastões interligados com correntes. É uma das armas arquetípicas de Kung Fu. Sua criação é atribuída ao primeiro imperador Song. De acordo com a lenda, o imperador tinha um bastão favorito que foi quebrado em três partes durante a batalha. Mas mesmo ele continuou a lutar e bater nos oponentes com os pedações quebrados juntos. O San Ti Kwân hoje é feito de três cabos firmados juntos através de ligações de corrente. Os cabos normalmente têm rolamentos de borracha de espuma para facilitar a prática.
- Lean Ti Kwan: bastão de duas partes, podendo ser de dois tipos: dois pequenos bastões interligados por uma corrente (Nunchaco) ou um bastão maior e outro menor, interligados também por uma corrente.
- Si Mei Kwân: Bastão bastante longo (com aproximadamente três metros de comprimento) chamado de bastão rabo de gato, sendo que uma das extremidades é mais grossa que a outra.
Tchan (Lança)
Feita de maneira semelhante ao bastão (Bo), é uma arma de longo alcance com uma ponta de metal para perfurantes. Era colocada crina de cavalo, pintada de vermelho, logo baixo da lâmina, com os objetivos de distrair o oponente e para que, durante uma batalha, o sangue dos oponentes não atrapalhasse o manuseio da arma ao escorrer até as mãos do usuário. Assim como a jian, busca perfurar para atingir orgãos internos e outras partes sensíveis do corpo.
A lança é chamada de a rainha de todas as armas. É a principal arma longa de wushu. a lança era a arma militar mais utilizada antigamente, e com isso sua téxnica foi desenvolvida. As características principais da lança são flexibilidade junto com movimentos de corpo, leveza e agilidade, rapidez e firmeza em saltos e cambalhotas. Os movimentos são claros e os truques são práticos. A lança é comparada ao”dragão” voador. Praticar com a lança é muito difícil, mas tem um grande efeito no fortalecimento físico.
As técnicas básicas de lança incluem estocar, empurrar, circular, bloquear, apontar e cutucar. Quando se pratica é aconselhável segurar a lança firmemente e flexibilidade dando estocadas rápidas e focados nos pontos fitais. Este é uma das habilidades básicas importantes de lança. Quando segurar a lança, ela deve estar perto de sua cintura para melhor apoio de forma que se possa executar os movimentos mais facilmente.
- Tan tau Tchan: lança de uma ponta ou uma cabeça.
- Chan Tau Tchan: lança de ponta de cobre.
- Gi Nga Tchan: lança meia lua.
Jian (Espada)
A espada chinesa é uma das mais belas armas do kung fu. Usando movimentos circulares como forma de defesa, de manter o adversário na defensiva e a distância, ela possui um “enfeite” preso ao punho desviar a atenção do oponente dos movimentos da lâmina. Possui dois gumes e uma triangular, sendo seu principal ataque a estocada em direção aos orgãos internos, olhos e pescoço.
- Tan Kim: espada simples.
- Sheang Kim: espada dupla.
- Tuim Kim/Pei Sao: espada curta ou punhal.
- Keq: espada grossa, cheia de espinhos.
Dao ou Tou (cantonês): Facão chinês ou Espada Larga Chinesa
Usada com a mesma leveza e controle da Espada Chinesa, a Espada Wushu, ao contrário da jian, tem como principal forma de ataque os cortes. Os lenços no cabo são para tirar a atenção do adversário da lamina durante o combate. Além disso, a lâmina mais resistente permite não apenas que os golpes do oponente sejam conduzidos, mas, também, bloqueados. O Facão é chamado o marechal de todas as armas. Ele é vigoroso, e rápido em defesa e ataque assim é comparado a um “tigre feroz”. As técnicas principais do Facão incluem mudança, corte, furar, erguer, perfurar, bloquear, empurrar e bater. Quando você tem prática de facão à cooperação entre o facão e as mãos são muito importantes e ambas as mãos têm que estar coordenadas para manter o equilíbrio. O Facão exige treinamento rigoroso e constante prática. O facão e o corpo também devem ser consistentes. O facão necessita sempre estar ao redor seu corpo, e suas mãos, pés, ombros, e braços viram junto com ele.
- Tan Tou: facão simples. Arma muito utilizada devido à sua eficácia nos golpes cortantes.
- Sheang Tou: facão duplo
- Tai Ma Tou: facão grande de cabo curvo, muito utilizado à cavalo
- Wu Tip Tou: facão duplo borboleta, facão mais curto que o tan tou, usado normalmente aos pares e muito eficaz contra armas maiores como a lança. É colocada ao lado do tambor nas festividades.
- Kan Van Tou: facão de nove argolas.
- Kwan Tou: facão do Kwan Kun, arma tradicional chinesa, ensinada a alunos especiais.
Guan Dao, ou Kwan Tou (cantonês)
Com lâmina larga na extremidade e ponteira na base, era manipulado de forma semelhante ao bastão longo, contudo o corte com a lâmina é a principal forma de ataque da arma. Utiliza-se, também, o corpo da arma para a defesa e a ponteira para perfuração.
Leque
Comumente usado por mulheres, transformado em arma, as hastes de metal, com pontas afiadas serviam tanto para defesa quanto para ataques cortantes, com o leque aberto, ou perfurantes, com o leque fechado. Contudo, seu maior trunfo é a sua sutileza e facilidade de ocultar a arma como um objeto de uso comum. O lutador possuía seu leque com varetas de bambu ou ferro e sua utilização era bem parecida com a do punhal.
Kwan (cantonês), ou Nunchaku (japonês): Bastão de Duas Fases Curto, ou Bastão Biseccionado
O nunchaku tem origem em uma ferramenta antiga usada por camponeses no trato do arroz. Quando usado em combate, o nunchaku provê primeiramente a vantagem de um alcance maior para os ataques, se comparado a um combate desarmado, e grande capacidade de danos por concussão. Apesar de considerado dificil de controlar por muitos, a corda ou a corrente do Nunchaku tem o beneficio de permitir ataques de vários ângulos, tornando-o uma arma versátil. bastão articulado em três partes; três pequenos bastões interligados com correntes. É uma das armas arquetípicas de kungfu.
Tchen Tan (Pequeno Banco Comprido)
Constituído por uma tábua e quatro pés, também é muito popular na China. Para os ocidentais pode parecer estranho o uso desses tipos de armas, mas na China elas são normais.
Constituído por uma tábua e quatro pés, também é muito popular na China. Para os ocidentais pode parecer estranho o uso desses tipos de armas, mas na China elas são normais.
Sai (Adaga)
Arma típica do leste da china utilizada antigamente como ferramenta na medida de cercas e construções chinesas, acreditava-se anteriormente ter origem no japão. A finalidade do sai como arma reflete de suas formas distintas. Com perícia, pode ser empregada eficazmente contra urna espada longa, aprisionando a lâmina da espada no tsuba (guarda, extremidades laterais menores do que a central) do sai. Usuários habilidosos são capazes de quebrar lâmina presa com um movimento de suas mãos.
Punhal (Bi Shou)
Arma curta, perfurante e cortante. Produzida em pedra, bronze, ferro e aço. Por seu caráter de arma “oculta”, foi associada a boêmios e bandidos.
Arma curta, perfurante e cortante. Produzida em pedra, bronze, ferro e aço. Por seu caráter de arma “oculta”, foi associada a boêmios e bandidos.
Corrente (Ji Bian)
Arma articulada, produzida em metal. Consiste, essencialmente, de um conjunto de cadeias unidas (corrente) dotado de pesos nas extremidades. As técnicas incluem giros longos, arremesos e defesas amplas – sua principal característica ofensiva é a de enrolamento de partes do corpo do adversário com a produção de múltiplas lesões. Próxima vez postarei mais armas.
FONTE: http://kungfusga.com/armas/
QUADRINHOS
A revista foi
lançada pela EBAL em setembro de 1974, inspirada no formato da Deadly Hands of Kung Fu da Marvel Comics, uma revista em formato magazine e em preto e branco destinada ao
público adulto e publicou pela primeira vez no Brasil os personagens Shang-Chi, o Mestre do Kung Fu e Filhos do Tigre[1] no mesmo ano, os direitos da Marvel são
adquiridos pela Bloch Editores,[2] após cinco edições, a EBAL encomenda ao escritor Hélio do
Soveral a criação de
uma série de aventura para a revista,
assim como a revista O Judoka, que deu origem a um herói de mesmo nome criado após o termino das
histórias do Judomaster da Charlton Comics que eram publicadas na revista, o nome do
novo personagem foi o mesmo da revista, a série foi desenhada por José Menezes[3] e Oliveira, a editora publicou também Yang
e House of Yang, da Charlton,[4][5] tanto Shang-Chi, quando Kung Fu e Yang
foram inspirados nas feições do ator David Carradine, astro da série de televisão Kung Fu, contudo, Shang-Chi passaria a ser inspirado
em Bruce Lee, graças ao ilustrador americano Paul Gulacy.[6] A revista também publicou Richard Dragon da DC Comics e histórias do estúdio espanhol Seleciones
Ilustradas.[1] House of Yang era sobre o primo de Yang,
Sun, boa parte das histórias foram desenhadas pelo coreano Sanho Kim, primeiro artista de manhwa (quadrinho
coreano), publicado no Ocidente, Kim também colaborou com a Deadly Hands of
Kung Fu da Marvel.
A revista foi uma
das maiores divulgadores do Tae-Kwon-Do, ao lado da revista do
Mestre Kim, publicada pela Bloch, que após perder os direitos da Marvel para a Editora Abril e Rio Gráfica
Editora, também publicou Yang da
Charlton, o personagem principal de Mestre Kim era inspirado no mestre coreano
de Tae-Kwon-Do, Yong Min Kim.
Fonte wikipedia
MUSICA
DANÇA DO LEÃO
Dança do leão (chinês: 舞獅; pinyin: wǔshī) é uma forma de dança tradicional na cultura chinesa, na qual os participantes imitam os movimentos de um leão usando uma fantasia do animal.
MUSICA
Data de lançamento: 1974
Gêneros: Reggae, R&B/soul, Dance/Eletrônica, Pop
DANÇA DO LEÃO
O traje de leão pode ser manejado por um único dançarino, que salta e movimenta energicamente a cabeça, as mandíbulas e olhos da fantasia, ou por um par de dançarinos, que constituem as pernas dianteiras e traseiras do animal. O uso do par de dançarinos é visto em exibições de acrobatas chineses, com os dois dançarinos agindo em conjunto para movimentar o animal entre plataformas de várias alturas. A dança é tradicionalmente acompanhada por gongos, tambores e fogos-de-artifício, representando uma chuva de boa sorte.
O leão é tradicionalmente considerado como uma criatura guardiã em muitas culturas asiáticas. Ele é representado na tradição budista como a montaria de Manjusri. A dança do leão é realizada em muitas culturas asiáticas, incluindo China, Japão, Vietnã, Coreia, Taiwan e Tailândia, entre outros, cada país possuindo seu estilo e propósitos próprios.
A dança do leão é especialmente popular na cultura chinesa, com uma história que remonta a mais de mil anos. Existem vários estilos de dança do leão, mas a mais popular são a nortista e a sulista. A dança nortista se originou nas regiões setentrionais da China, onde era usada para o entretenimento da corte imperial. O leão nortista é geralmente de cor vermelha, laranja e amarela (às vezes com pelagem verde para a leoa), é de aparência desgrenhada e têm uma cabeça dourada. A dança nortista é muito acrobática e é realizada principalmente como entretenimento.
A dança do leão sulista é de natureza mais simbólica. Ela é realizada geralmente como uma cerimônia para exorcizar espíritos maléficos e para invocar sorte e felicidade. O leão sulista exibe uma vasta variedade de cores e tem uma cabeça peculiar com grandes olhos, um espelho na testa e um chifre único no centro da cabeça.
No norte, os leões geralmente aparecem em pares. Leões nortistas geralmente têm pêlo longo e desgrenhado de cor laranja e amarela, com um arco vermelho ou verde na cabeça para indicar se se trata de um macho ou uma fêmea.
Durante uma apresentação, os leões nortistas se parecem com um cão pequinês ou Cão Fu, e seus movimentos são muito realistas. Acrobacias são muito comuns, com proezas como se equilibrar ou se balançar sobre uma bola gigante. Leões nortistas às vezes aparecem como uma família, com dois grandes leões "adultos" e um par de "leãozinhos". Ninghai, em Ningbo, é chamado de "Lar da Dança do Leão" (狮舞之乡) para a variedade nortista.
No Sul
O estilo sulista pode ser subdividido em Fut San (Montanha do Buda), Hok San (Montanha do Grou), Fut-Hok (estilo menor que é quase um híbrido de Fut San e Hock San), Chow Gar (estilo menor praticado pelos participantes do estilo de Kung Fu da família Chow) e o Qing Shi (Leão Verde - popular entre os Fujianos/Hokkianos e Taiwaneses).
Fut San é o estilo que muitas escolas de Kung Fu adoptam. Ele requer movimentos poderosos e resistência quando em espera. O leão se torna a representação da escola de Kung Fu e somente os estudantes mais avançados podem realizá-lo.
O estilo Hok San é mais comumente conhecido como um estilo contemporâneo. O estilo contemporâneo Hok San combina uma cabeça de leão sulista com os movimentos do leão nortista. O estilo Hok San tenta reproduzir um aspecto e movimentos mais realistas, bem como performances acrobáticas. Sua cauda curta é também favorita entre as trupes que fazem o salto da baliza (jong) [1].
Quando o leão que dança entra numa vila ou jurisdição, imagina-se que ele preste seus respeitos ao templo budista local, em seguida aos ancestrais e finalmente atravesse as ruas para trazer felicidade ao povo. Existem três tipos de leão: o leão dourado, representando vigor; o leão vermelho, representando coragem; e o leão verde, representando amizade.
DANÇA DO DRAGÃO
A Dança do Dragão (chinês simplificado: 舞龙; Chinês Tradicional: 舞龍 ; Pinyin: wu long) é uma forma de dança e de espetáculotradicionais na cultura chinesa. Como a, dança do leão, vê-se mais frequentemente em celebrações festivas. Os chinesesfrequentemente usam o termo "Descendentes do Dragão” (龍的傳人 ou 龙的传人, lóng de chuán rén) como um sinal de identidade étnica.
Em ocasiões de bom augúrio, incluindo o ano novo chinês, abertura das lojas e residências, os festivais incluem frequentemente dança com fantoches de dragão, até em carros alegóricos. Estes fantoches são feitos "sob medida" de pano e madeira e manipulados por uma equipe de pessoas. Elas carregam o dragão com varas no centro de atração e executam movimentos coreografados ao acompanhamento de tambor e música. Os dançarinos levantam, mergulham, empurram, e movem a cabeça, que pode conter as características animadas controladas por um dançarino e às vezes é equipada para soltar o fumo dos dispositivos pirotécnicos. A equipe de dança imita os supostos movimentos deste espírito do rio em uma maneira sinuosa, ondulada. Os movimentos tradicionais no espetáculo simbolizam papeis históricos dos dragões que demonstram o poder e a dignidade. A dança do dragão é um destaque das celebrações Ano Novo Chinês espalhado pelo mundo inteiro em bairros chineses. Ela tem presente muitos pulos e giros com o fantoche.
Acredita-se que os dragões trazem boa sorte as pessoas, que é refletida em suas qualidades que incluem o poder, a dignidade, a fertilidade, a sabedoria e o bom augúrio . A aparência de um dragão é assustadora e audaciosa mas tem uma disposição benevolente, e se transformou algumas vezes então num emblema para representar a autoridade imperial.
A Dança do Dragão foi originada durante a Dinastia Han e começou pelo chinês que mostrou grande respeito para o dragão chinês. Acredita-se tenha começado a fazer parte da cultura para o cultivo e colheita, também com as origens como método de cura e de impedir a doença. Era um evento popular durante a Dinastia Song onde se tinha virado uma atividade popular e, como a Dança do Leão, era mais frequentemente vista em celebrações festivas.
Sua forma física é uma combinação de muitos animais, incluindo os chifres de veado, de orelhas de touro, de olhos de coelho, de garras de tigre e das escamas de peixe, tudo no corpo de uma serpente longa. Com estes traços, acreditou-se que os dragões eram anfíbios com a habilidade de se mover na terra, para voar e a nadar no mar, reger os papéis de reguladores da nuvem, da chuva e do clima.
Pelo dragão dar as pessoas um sentimento do grande respeito, é chamado frequentemente de Dragão sagrado. Os imperadores da China Antiga se consideraram como dragões. O dragão também é o emblema da autoridade imperial. Ele simboliza o poder sobrenatural, a benevolência, a fertilidade, a vigilância e a dignidade.
A Dança do Dragão é importante na cultura e tradição chinesas e se espalhou por toda a China e pelo mundo inteiro. Virou um espetáculo artístico especial nas atividades físicas chinesas. Simboliza trazer boa sorte e prosperidade no ano vindouro a para todos os seres humanos na Terra. De acordo com a antiga história, durante o período de Chun Chiu, a aprendizagem de Artes Marciais Chinesas era muito popular e no tempo extra, a dança do dragão era ensinada também aos estudantes para dar mais incentivo.
Na Dinastia Qing, a equipe da Dança do Dragão da província de Foochow tinha sido convidada a se apresentar em Pequim e foi extremamente elogiada e admirada pelo imperador Ching, que ganhou grande fama para a equipe.
Fonte wikipedia
O grande
filósofo chinês Lao-Tzu disse um dia: “Governar uma grande nação é como
cozinhar um peixe pequeno”.
30
de novembro de 2012
A alimentação chinesa pode ser dividida em estilos de
cozinhar do norte e do sul. Em geral, os pratos do norte são oleosos, sem ser
enjoativos, e os sabores do vinagre e do alho tendem a ser mais acentuados. As
massas desempenham um papel importante na cozinha do norte: talharim, pastéis
do tipo ravióli, bolos recheados no vapor, bolinhos de carne, e pão assado no
vapor são prazeres favoritos feitos de farinha. As cozinhas de Pequim, Tientsin
e Shantung talvez sejam os estilos mais conhecidos da cozinha chinesa do norte.
Os estilos que representam a cozinha do sul são: Szechwan e
o Hunan, famosos por seu uso liberal de pimenta; os estilos Kiangsun e
Chekiang, os quais enfatizam o frescor e a suavidade; e a comida cantonesa, que
tende a ser um pouco doce e bastante variada. O arroz e seu derivado, tais como
talharim de arroz, bolo de arroz e mingau de arroz são os acompanhamentos usuais
do estilo da cozinha do sul. Na cozinha chinesa, a cor, o aroma e o sabor
dividem a mesma importância no preparo de cada prato. Normalmente, qualquer
entrada combinará de três a cinco cores, selecionadas de ingredientes que sejam
de cor verde clara, verde escura, vermelha, amarela, branca, preta ou
caramelada. Geralmente, um prato de carne e verduras é preparado com um
ingrediente principal e com dois ou três ingredientes secundários de cores
contrastantes. Então ele é preparado da maneira apropriada, com temperos e com
o molho certo, o que resultará em um prato esteticamente atraente.
Um prato aromático abrirá o apetite. Os ingredientes que
contribuem para um aroma de dar água na boca são: alho-poró, gengibre fresco,
alho, pimenta, vinho, anis, canela em pau, óleo de gergelim, cogumelos chineses
pretos frescos, etc. Preservar o frescor, o sabor natural dos ingredientes, e
remover os odores indesejáveis de peixe ou da carne de caça, são itens de
fundamental importância no preparo de qualquer prato. Na cozinha ocidental, o
limão é bastante utilizado para remover o cheiro de peixe; na cozinha chinesa,
o alho-poró e o gengibre servem para a mesma finalidade. Molho de soja, açúcar,
vinagre e outros temperos enriquecem um prato sem tirar o sabor natural dos
ingredientes. Um prato bem preparado será saboroso para aqueles que apreciam
sabores fortes, sem excesso de tempero, para aqueles que preferem um gosto
suave, doce para aqueles que gostam de doce, e apimentado para aqueles que
gostam de um sabor picante. Um prato que é tudo isso para todas essas pessoas é
um verdadeiro sucesso.
Cor, aroma e sabor não são os únicos princípios a serem
seguidos na cozinha chinesa; é claro que a nutrição vem em primeiro lugar. Uma
teoria da “harmonia dos alimentos” pode ser atribuída ao intelectual Yi Yin da
dinastia Shang (séc. 16 ao 11 a.C.). Ele relaciona os cinco sabores doce,
azedo, amargo, picante e salgado às necessidades nutricionais dos cinco
principais sistemas de órgãos do corpo (coração, fígado, baço, pâncreas,
pulmões e rins) e enfatiza seu papel na manutenção da boa saúde física. Na
realidade, muitas plantas utilizadas na cozinha chinesa tais como alho-poró,
gengibre fresco, alho, botões secos de margaridas, cogumelos, etc., têm
propriedades de prevenção e alívio de várias doenças.
Os chineses têm uma crença tradicional no valor medicinal
dos alimentos e que os alimentos e os remédios têm a mesma origem. Este ponto
de vista poderia ser considerado o antecessor da ciência nutricional da China.
Notável nesta teoria é o conceito segundo o qual uma proporção correta de carne
e ingredientes de verduras deveria ser mantida. Um terço dos pratos feitos de
carne deveria ser ingredientes de verduras; e um terço do prato de verduras
deveria ser carne. No preparo de sopas, a quantidade de água deveria totalizar
sete décimos do volume da tigela. Resumindo, as proporções corretas de
ingredientes devem ser observadas no preparo de cada prato ou sopa para
assegurar o absoluto valor nutricional.
Os chineses têm várias regras e costumes associados ao ato
de comer. Por exemplo, deve-se comer sentado; há uma ordem estabelecida de quem
pode sentar-se primeiro entre os homens, mulheres, velhos e jovens; e os pratos
principais deverão ser consumidos com os palitos e a sopa deverá ser tomada com
colher. Os banquetes chineses são preparados num sistema de mesas e cada mesa
deverá acomodar entre dez e doze pessoas. Um banquete típico consiste de quatro
pratos de entrada, tais como pratos de frios ou hors-d’oeuvres quentes; seis a
oito pratos principais; então, um prato saboroso de petiscos e sobremesa. Os
métodos de preparo incluem mexidos, cozidos, vapor, fritura-profunda, fritura
rápida, fritura de panela, etc. Um prato pode ser saboroso, doce, azedo ou
picante. As cores principais de um prato poderão incluir o vermelho, amarelo,
verde, branco e a cor de caramelo. As guarnições, tais como tomates cortados ou
em forma de escultura, rabanetes chineses brancos, pepinos, etc., poderão ser
usadas para aumentar a atração visual de um prato. Todos esses elementos
contribuem para fazer da comida chinesa uma verdadeira festa para os olhos e narinas,
bem como para o paladar
Neste mundo cosmopolita, a comida chinesa pode ser
encontrada em praticamente todas as importantes – e não tão importantes –
cidades do mundo. Contudo, os especialistas tendem a concordar que Taipei é o
único lugar do mundo onde se encontra a versão “genuína” de praticamente
qualquer versão imaginável de comida chinesa. Na realidade, em qualquer grande
cidade ou pequeno vilarejo em Taiwan, não é necessário caminhar muito para
encontrar um pequeno restaurante. Uns poucos passos a mais lhe levarão a um
grande e fino restaurante. Mesmo na cozinha caseira, quer seja para as
refeições familiares do dia-a-dia, ou para servir convidados, a comida é
preparada com sofisticação e variedade. Pratos típicos do norte incluem o pato
de Pequim, galinha defumada, rescaldeiro com cordeiro fatiado, postas de peixe
ao molho, carne bovina com pimenta verde e escalopes secos com almôndegas de
rabanete branco chinês. Exemplos da típica cozinha do sul são o pato defumado
com cânfora e chá, galinha assada no sal, presunto no mel, camarão frito,
berinjela com molho de soja, queijo de soja ao estilo Szechwan… a variedade é
interminável. A rápida expansão da indústria e do comércio trouxe uma nova
tendência à tradicional comida chinesa: franquias de comida rápida (fast food)
chinesa. Ao mesmo tempo, restaurante servindo comida de todo o mundo aparecem
em todos os lugares em Taipei: hambúrguer americano, pizza italiana, sashimi
japonês, cerveja alemã e queijo suíço, são encontrados facilmente em praticamente
toda a cidade. Uma visita a Taipei é uma experiência culinária difícil de se
esquecer!
Essa postagem foi um apanhado de informações de diversos
sites, em uma tentativa de contar um pouco sobre a rica história do Kung Fu, ao
longo dos séculos, diversos mestres, praticantes, estudiosos, historiadores e
simpatizantes desse cultura, foram responsáveis pelo desenvolvimento e
conservação do kung fu, cabe a todos os praticantes dessa arte a memória do
kung fu.
obrigado